A Marca do Mal

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Eu desci as escadas daquela casa gigantesca e foi quando me dei conta do quão grande ela era. Changyo era dono de uma empresa. Ele já havia sido casado e sua esposa havia fugido com outro homem o deixando para trás. Ouvindo essa história dessa forma parece até mesmo que ela não tinha motivos para deixar aquele monstro.

— Meu pequeno ômega — ouvi sua voz enquanto ele descia as escadas e me escorei na parede, me virei para ele e assenti na mesma hora.

— Sou eu.

— Você desceu rápido.

Ele falava, mas a minha mente só ficava repetindo a frase de Jungkook. Ele vai me odiar pelo resto da vida, eu sei. Eu nem quero imaginar Jimin, que nunca teve paciência comigo.

— Venha até aqui.

Ele pegou minha mão me puxando em direção a uma sala enorme, ali haviam várias roupas. Algumas eram lindas, outras eram bem... estranhas, mas todas eram roupas feitas para ômegas. Bem, como posso traduzir isso. Se 99% dos ômegas são mulheres, logo só tinham roupas femininas ali.

— Vista o que quiser, comprei tudo para você.

— Changyo... eu não sei se você percebeu, mas eu sou um ômega macho e não uma ômega fêmea. Então, acho que você devia me comprar roupas adequadas para mim.

Ele cobriu a boca, mas logo depois começou a gargalhar da minha cara como se eu tivesse dito a coisa mais absurda desse mundo. Mas que inferno, aquele cara só sabia abusar de mim?

— Você vai vestir o que eu mandar, você é o meu noivo, ômega! Não desafie o seu alfa.

Ele pegou a roupa mais feminina que encontrou e jogou em minhas mãos, mas de um jeito que ela caiu no chão. Era uma humilhação, eu sabia, ele queria me ver me arrastando na sua frente. Me abaixei para pegar a roupa e senti seu pé contra meu corpo me fazendo cair de uma vez no chão. Sorte minha que eu já esperava por isso.

Ele se agachou na minha frente e estendeu a mão para mim. Sem alternativa, eu peguei e ele me ergueu sem eu fazer praticamente impulso nenhum.

— Estamos ligados por nossas almas agora — ele começou a cheirar meu pescoço. Mesmo que eu estivesse marcado, eu não conseguia me sentir ligado a ele. Eu apenas conseguia me sentir mais enjaulado e mais depressivo. — Você é só meu... — ele continuava a repetir isso, mas que caralho, eu já tinha entendido.

Apertei meus olhos querendo me afastar quando ele começou a beijar meu pescoço, era agoniante ter que aceitar algo que me deixava mal. Ter que aceitar para proteger duas pessoas que me jogaram nos braços daquele demônio. Na realidade, eu só estava fazendo isso por Taejin e por meus alfas. Meus pais que se fodam.

— Eu não vejo a hora de estar inteiro dentro de você...

— Changyo — o empurrei de uma vez o afastando de mim e sorri, tentando mostrar uma alegria falsa. — Eu sou seu ômega agora, nenhum outro alfa pode me tocar, por isso, espere até que eu esteja no cio para me... para... para... aquilo! — Eu estava tremendo enquanto eu falava. — Esse é o momento certo de tirar a virgindade de um ômega.

Ele tocou o queixo e ergueu sua mão. Fechei meus olhos já esperando que ele fosse me dar um tapa na cara, mas ele bagunçou meus cabelos e sorriu para mim. Meu coração quase saiu pela boca de tanto medo que eu senti.

— Você quer que eu sele sua marca como uma marca de casamento no cio. —Ele sorriu, ele parecia feliz, mas sabia dos meus planos. Eu não sei como ele sempre conseguia saber tudo. — Agora, vá se vestir.

Eu assenti como se fosse a pessoa mais obediente do mundo. Peguei o máximo de roupas possível, quanto mais tempo eu pudesse enrolar dizendo que estava vestindo roupa, melhor para mim.

My Sweet ÔmegaWhere stories live. Discover now