Tudo menos isso, por favor!

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Peguei o pulso de Jimin e escrevi o número da minha casa e depois fiz o mesmo no pulso de Jungkook. Suas peles eram tão brancas que pareciam uma folha de papel. Tombei minha cabeça para o lado sorrindo para ambos enquanto eu tampava a caneta.

— Eu não pretendo perder meu contato com vocês dois, mas nesse momento... acho que é melhor cada um de nós seguir seu caminho.

— De todos os ômegas que eu já conheci, você é o mais idiota — Jimin simplesmente se virou de uma vez de uma forma um tanto violenta, quase batendo em mim com a sua roupa. Ainda de costas, ele finalizou: — Você vai se arrepender das suas escolhas.

Ele saiu andando, deixou que Jungkook e eu ficássemos para trás. Olhei para baixo, realmente, eu poderia me arrepender da minha escolha, mas eu não podia fazer outra. Não seria justo nem comigo e nem com eles.

— Você realmente abraçou o Jimin e não eu?

— Jungkook — toquei minha testa, eu estava sentindo meu corpo meio zonzo. Ele queria discutir sobre aquilo? — Eu realmente não quero que você brigue comigo.

— Se eu te marcar agora...

— Não! — Arregalei meus olhos me afastando dele e tocando meu pescoço. Ele apenas assentiu colocando as mãos nos bolsos.

— Acho que eu estava errado sobre o meu verdadeiro amor e minha alma gêmea. O mais engraçado é que eu nunca erro — fiquei o observando enquanto ele falava de um jeito distraído, mas fui surpreendido por seus lábios nos meus, eu não evitei ficar de olhos abertos por alguns instantes, mas aos poucos eu me entreguei a ele novamente. Jungkook sabia como me deixar em seus braços.

Jungkook tocou o meu pulso, eu sabia o que ele pretendia fazer, mas eu não podia deixar que ele me marcasse, se meus pais vissem aquela marca, me expulsariam de casa imediatamente. Toquei minhas duas mãos em seu peito, afastei meus lábios e meu rosto do seu.

— Não faça isso, alfa!

Ele deu seu famoso sorrisinho e assentiu, com a cabeça um pouco baixa. Um alfa com a cabeça baixa? Jungkook era único.

— Se cuide, ômega. Não deixe que outras pessoas te machuquem e... se precisar de mim — ele falou zanzando de um lado para o outro, balançando seu corpo de uma forma realmente graciosa — grite por mim em seus pensamentos. Se eu não responder na hora, deixe recado! — Fez um sinal de arminha com os dedos e atirou imaginariamente em mim.

Ele assim como Jimin saiu andando sem me dar uma despedida de verdade. Alfas eram tão orgulhosos que eu conseguia entender o porquê de simplesmente saírem daquele jeito. Era até mesmo sexy.

Voltei para casa, e assim que entrei na lanchonete, ouvi algumas pessoas cochichando ao meu respeito. Estranhei, por que estavam falando de mim? Minha audição era perfeita, menos quando eu estava no cio. Entrei em casa e me sentei no sofá. Minha irmã correu até mim e me abraçou.

— Oppa, eu não acredito que você foi embora — eu acabei me deitando no sofá deixando ela por cima de mim. — Por que você me deixou?

— Eu não te deixei — sorri — eu tive que ir.

— A mamãe me disse que você ficou com a vovó, deve ter sido bem legal, não é?

— Espera — me sentei no sofá, mas não por completo por ela estar ainda em cima de mim. — O que foi que eles contaram?

— Isso, que você ficou com a vovó.

— Taehyung! — Minha mãe me chamou na cozinha. Ela estava com uma expressão realmente séria. Minha irmã e eu nos entreolhamos, ela estava preocupada e beijou minha bochecha antes que eu fosse.

My Sweet ÔmegaWhere stories live. Discover now