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POV'S ANY

Coloco minha última mala na traseira do tão querido carro que minha mãe não permite ninguém além dela dirigir. Me questiono pela décima vez se não teria sido uma idéia melhor eu chamar um táxi, não me parece uma boa contar com minha mãe pra ser minha motorista hoje, a probabilidade dela me trancar nesse carro até eu perder meu vôo é imensa.

Retorno ao meu quarto conferir se não havia esquecido nada, tudo que encontro é dona Priscila chorando abraçada a um travesseiro olhando pra meu armário agora vazio, reviro os olhos e respiro fundo. Não estou fazendo pouco caso dela e do que está sentindo, mas a conheço bem demais pra saber que nem é tudo isso. A atriz a minha frente sabe bem fazer uma ceninha.

— Eu vou sentir sua falta, você sabe disso. - Digo sincera, eu anseio pela oportunidade de morar um tempo fora não em ficar longe dela, eu a amo demais e não tê-la ao meu lado vai ser a parte mais difícil.

Desde que decidi ir para L.A ela não tem falado muito comigo, diz que estou a abandonando e que não sou capaz de me virar sozinha, mas no fundo eu sei que ela me entende e é por isso que está me deixando ir, ela só é orgulhosa demais pra assumir que não preciso mais dela grudada no meu pé.

— Mãe por favor não deixe isso mais dificil do que já está sendo. - Ela não fala nada nem se quer me olha, me aproximo esticando os braços pra toca-la mas ela hesita então desisto. Se ela quer ser a imatura dessa vez que seja, apenas sinto muito ir embora com nossa relação dessa forma. — Vou me despedir de Belinha e te encontro no carro. - Anúncio de forma dura mostrando estar brava com sua reação.

Minha mãe sempre foi estremamente liberal; tatuagens, pintar o cabelo, ir a festas e voltar de madrugada nunca foram o problemas desde que eu fosse 100% honesta em tudo que rolava na minha vida e desde que eu não me metesse em problemas sérios, então pensei que ao dar a notícia sobre a bolsa ela ficaria empolgada, engano meu, fazem dois meses que as coisas entre nós estão assim. O problema entre eu e minha mãe é termos o mesmo gênio, e batermos o pé até o fim quando queremos alguma coisa, ai quando nossa decisões não se batem é isso que acontece, birra, briga, choro e discussão, ótimo momento pra discordamos, eu estou indo embora.

Minha irmã já está acordada me esperando e assim que entro no quarto ela pula no meu colo e diz que vai sentir minha falta, já havíamos conversado ontem a noite sobre minha ida e a menininha aí se mostrou um ser humano tão maduro e responsável que me surpreendeu. Ou ela apenas quer se livar da irmã mais velha o mais rápido possível.

Belinhame solta quando meus braços cansam, ela não é mais bebê e eu não estou na melhor forma, corro meus dedos e em seu cabelo e a garanto que vou ligar contar cada nova aventura.

Embalo ela em mais um abraço muito apertado. Sempre fomos muito próximas e apesar das brigas e puxões de cabelo nunca ficamos longe uma da outra por muito tempo, desde que ela nasceu sempre fomos nós três juntas eu, ela e mamãe enfrentando qualquer barreira que a vida colocasse, e não estou quebrando isso, jamais teria coragem de abandona-las na primeira queda eu estarei aqui. Juro.

Eu já não choro mais a partir de agora é o momento de comemorar, de descobrir novas coisas, a ansiedade toma conta de mim e sinto meu estomago revirar como se eu tivesse comido exageradamente no jantar. Vamos lá.

Chego no carro e minha mãe já está me esperando com o mesmo ligado, entro e coloco um música, na intenção de não ir o caminho todo pertubada com o silêncio entre nós, já estou nervosa demais.

A ida até o aeroporto é pouco complicada apesar de muito cedo tem um certo trânsito, mas não é de se surpreender estamos em São Paulo não é mesmo?

Chego lá em cima do horário, mas não tanto a ponto de me desesperar. Despacho minhas malas e vou até o portão de embarque sozinha, minha mãe nem se quer havia descido do carro, essas horas ela já deve estar tomando o caminho de volta pra casa me xingando horrores, apesar de triste imaginar isso me faz rir, espero que não arranje nenhuma briga no trânsito.

Quando estou prestes a entrar ouço uma voz conhecida gritar pelo meu nome, e meu coração quase derrete aliviado.

- Any... Any... Eu não posso deixar você ir sem antes me despedir, ficar longe de você nunca foi algo que passou pela minha cabeça e agora você está indo embora... Eu só quero pedir pra você se cuidar minha menina, eu amo você.

- Mãe sua menininha cresceu. - Damos um abraço e eu me sinto muito mais leve, a moça interrompe informando que eu preciso entrar pra não perder o vôo, enxugo as lágrimas de minha mãe com meus dedos e ela sorri. Saio em direção ao avião olhando pra trás a cada pouco até não conseguir mais vê-la.

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HI galerinha, gente essa é minha primeira fanfic me perdoem qualquer coisa, tá aí o primeiro capítulo espero que gostem
Bjoos até o próximo 😘

Edit: Recadinho aqui da autora pra quem tá começando agora, eu já terminei essa fic, mas confesso que quase apaguei ela umas cinquenta vezes, tenho uma insegurança sem tamanho quando se trata dessa história. Não gosto de como fiz o começo acelerei as coisas no máximo e não consegui passar as informações como queria. Mas prometo que depois melhora, não desistam ❤

E pra quem não gostar dessa aqui corre no meu perfil e dá uma olhada nas outras, são bem diferentes dessa e quando escrevi elas eu já tinha uma idéia maior do que estava fazendo.

BY CHANCE/ BeauanyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora