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- Droga estou atrasada. - Acordo assustada com a luz que vinha da janela batendo em minha cara, vou até o quarto da Sabina, a qual se encontra totalmente apagada.

- Vamos Sabina acorda, a gente perdeu a hora. - A mexicana abre os olhos olha a hora e os fecha novamente, em poucos segundos ela volta a dormir, deito ao seu lado e apago também, acordarmos cerca de uma hora depois, com o toque do celular.

📞 ligação on.

SABINA: Oi.

DIARRA: Cadê vocês?

SABINA: Perdemos a hora e resolvemos não ir pra aula hoje.

DIARRA: Sabina a nossa apresentação é hoje.

SABINA: Merda, já chego.

📞 ligação off.

A mexicana pula da cama e se arruma em 5 minutos, tempo recorde pra gente que precisa acordar uma hora antes de sair pra dar tempo.

Assim que escuto a porta da frente bater indicando que ela havia saído, me levanto e vou até a cozinha pegar alguma coisa pra comer, sento na mesa e olho pro enorme relógio que está pendurado na parede, ele era horrível mas foi presente da minha mãe, então achei melhor deixar ali, vai que algum dia ela pede uma foto de onde ele está, os ponteiros estão marcando que são 9:15a.m, lembro que o horário de visita no hospital é as 10:00, e decido ir até lá, faz pouco mais de uma semana que Joalin está internada, e o médico diz que logo ela vai pra casa.

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Assim que abro a porta do quarto me deparo com Joalin tentando se levantar da cama, e Bailey dormindo todo torto na poltrona ao lado.

— Oi. - Ela sorri pra mim. — Fala baixo ele acabou de dormir.

— Vem cá eu te ajudo, onde você quer ir?

— Até a varanda eu preciso tomar um ar.

Levanto ela da cama o que faz a faz soltar uns gemidos de dor, o mesmo a cada passo até a sacada, levamos um certo tempo pra fazer o pequeno caminho, assim que chegamos lá ela se nega sentar e se apoia no vidro me soltando.

— Sabe Any eu fui meio injusta com você.

— Tá tudo bem, fico feliz que tenha passado.

— Mesmo assim eu preciso te pedir desculpa, apesar de você ter errado eu não tinha o direito de te tratar como eu tratei, você já estava sofrendo por estar sem ele.

A loira estava certa eu sentia falta dele, mesmo vendo ele todos os dias, não consigo nem explicar a dor que eu sentia cada vez que o vejo e não posso abraça- lo, e a cada dia que se passa eu perco mais a esperança de que ele me perdoe.

— Onde está minha paciente preferida? - A voz do médico ecoa de dentro do quarto fazendo que Bailey acorde assustado, a maioria das noites era ele que ficava com Joalin, a gente tentou se dividir melhor, mas o filipino era teimoso e era difícil as noites que conseguíamos levar ele pra casa.

— Estou aqui. - Ela se apoia novamente em meu braço e começamos andar em direção ao quarto.

— Já que vocês estão aqui vou buscar um café. - Bailey diz tentando abrir os olhos e já de pé.

— Você deveria ir pra casa isso sim. - Joalin concorda comigo.

— Na Verdade todos vocês deveriam, seus exames chegaram e tá tudo certo. - O médico diz enquanto da uma breve examinada na loira.

— Isso quer dizer que eu posso ir pra casa?

- Aham, agora respira fundo pra mim.

— Vou ligar pro Josh, ele pegou meu carro ontem quando trocamos de acompanhante. - Bailey bate nos bolsos atrás do celular.

Não demora muito pra que uma mensagem de Josh chegue avisando que está nos esperando na frente do hospital, Bailey ajuda Joalin a se levantar e eu pego suas coisas e vou logo atrás deles.

— Mas já? Eu tava curtindo ficar sozinho em casa. - Josh sorri largo antes de abraçar a irmã.

— Como assim sozinho ? Papai e Úrsula ainda não voltaram ?

— Não, quem sabe até o Natal. - Ainda estávamos em Maio.

Ele abre o porta mala e eu coloco as coisas de Joalin dentro, vou me despedir deles mas o loirinho me impede.

— Vai todo mundo lá pra casa quando acabar a aula, vamos junto você ajuda a organizar as coisas até eles chegarem. - Apenas aceno que sim com a cabeça e entro no carro no banco de trás junto com a loira, é a primeira vez que ele realmente fala comigo desde o dia do acidente, meu coração acelera e sinto um alívio a esperança de que tudo possa voltar ao normal cresce dentro de mim.

Durante o caminho Joalin adormece em meu ombro, e Bailey no banco da frente, o que deixa um silêncio constrangedor dentro do carro, era pra ser um trajeto rápido mas por algum motivo tinha um trânsito enorme, fecho meus olhos e finjo estar dormindo também.

Quando chegamos a galera já estava na casa, Heyoon, Diarra e Sina na cozinha fazendo o almoço, Hina, Shivani, e Sofya estão descendo as coisas do quarto de Joalin pra fazer uma cama no sofá, já que ela tinha que evitar subir e descer escadas, os meninos estão terminando de descarregar o carro, eles haviam acabado de chegar do mercado com as compras que Josh havia pedido.

Todos se sentam a mesa e comem, nessa última semana não tínhamos conseguido juntar todo o grupo, já que além de Joalin um ou dois sempre faltavam a aula pra ficar no hospital.

Após o almoço quase todos vão embora pra deixar a loira descansar, só ficam Bailey que está dormindo no quarto dela e eu que fiquei porque ela pediu, pra poder ajuda- lá a tomar banho mais tarde.

Estamos eu e Josh na cozinha, enquanto eu lavo as louças ele seca, tentamos fazer menos barulho possível, pra não acordar Joalin que dorme na sala.

— Any.

— Oi. - Respondo surpresa.

— Você também sentia a conexão que tínhamos?

— Eu sinto até hoje Josh.

—A gente ficou junto por tão pouco tempo, mas mesmo assim eu nunca tinha sentido aquilo por ninguém.

ANY: Eu sinto muito por tudo isso, eu realmente sinto e queria que você soubesse.

— Eu sei, eu sei, você é uma das pessoas mais doces que eu conheço, cuidou da Joalin mesmo depois de todas as cutucadas que ela te dava.

— E mesmo assim é tão difícil me perdoar?

— Eu acho que... - Ele larga o pano e se aproxima, me fazendo soltar o prato na pia e me virar de frente pra ele, passa a mão pelo meu cabelo que está preso em um coque cola sua testa na minha. — Quando eu achei que fosse perder a Joalin, eu me senti um idiota por não ter perdoado ela, e sinto o mesmo em relação a você, você partiu meu coração Gabrielly, mas você é a única que pode conserta-lo.

— Josh eu ...

— Não fala nada por favor. - A mão dele desce até minha cintura e nossos lábios se encontram, num beijo que consegue ser lento e intenso, ignoro o fato de minhas mãos estarem cheias de sabão e as coloco na nuca do loiro que se arrepia por estarem geladas, mas não recua em momento nenhum, depois de um tempo somos interrompidos, por uma voz vindo da sala.

— Alguém aí pra me ajudar? - Josh Ergue a cabeça sem me soltar, respira fundo.

—Você não pode mata- lá Josh você não pode. - Ele repete baixo pra que ela não possa escutar, me da um selinho e vai ver o que a irmã precisa.

BY CHANCE/ BeauanyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora