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Pov's Any

Não consigo dormir um minuto se quer do vôo, de tão ansiosa que estou, pensando em como vai ser tudo, não é todo dia que uma menina de 16 anos tem uma chance de sair de casa como a minha. São treze horas torturantes sentada aqui, não posso reclamar do espaço os dois bancos ao meu lado estão vazios, posso me esticar o quanto quiser, uma pena eu não conseguir pregar os olhos, brinco um pouco com a garotinha da frente mas logo ela se aconchega no colo da mãe e faz o que não consigo.

Chegando no aeroporto parecendo um caco busco pela minha amiga qual conheci pela internet a cinco meses atrás quando recebi o resultado do teste, e é com ela que vou morar. De repente escuto um voz atrás de mim.

- Any Gabrielly?

- Aaah você está aí - Digo aliviada, já faziam alguns minutos que eu estava procurando por ela.

- Você é muito mais bonita pessoalmente, se é que isso é possível. - Sabina sorri largo me olhando.

- Preciso dizer o mesmo de você Sabina. - Nós duas rimos e nos abraçamos, por mais que nunca tivéssemos nos visto pessoalmente já tínhamos um certo apego uma pela outra e sem contar que foi ela que me apresentou o Noah, pensa num piá lindo, depois explico isso melhor.

Passamos na cafeteria pegar alguma coisa pra comer antes que eu desmaiasse.

- Vamos, minha amiga está no carro esperando a gente, por que você sabe né...

- Você morre de medo de dirigir. - Completo sua frase, lembrando de quando Sabina me contou que quase atravessou a parede da garagem com o carro do seu pai.

Ela me ajuda com as malas vamos caminhando e conversando, vejo a alguns metros uma menina loira, muito bonita que estava nos esperando.

- Sina essa é a Any. - Sabina nos apresenta.

- Finalmente te conheci, Sabi e Noah não paravam de falar de você um segundo se quer nessas ultimas semanas, todo mundo tá louco pra te conhecer. - Ela vem pro meu lado com um enorme sorriso no rosto.

- Noah? você conhece ? - Pergunto assim que me afasto do pequeno abraço que ela me havia de dado.

- OOOOH se ela conhece. - Sabina faz uma cara um tanto maliciosa. - Ele nunca falou dela pra você ?

- Deve ter comentado alguma coisa. - Digo meio sem jeito, como assim Noah estava com alguém e não me falou? Não que eu estivesse apaixinada por ele nem nada, mas não vou negar que passaram algumas coisas na minha cabeça, ou eu tivesse uma pequena quedinha.

Eles não devem ter nada serio não é mesmo? Ele com certeza teria me falado se tivessem.

Entramos todas no carro e vamos para casa, Sina apenas nos deixa lá e diz que precisar ir se encontrar com seu pai quando Sabina a chama pra entrar.

A mexicana me mostra toda a casa, cômodo por cômodo, é grande demais, principalmente por que vamos morar só nós duas, não entendo como ela conseguia morar sozinha aqui antes.

Então ela me deixa no quarto que eu escolhi para que eu possa organizar minhas coisas. Ele tem um tamanho bom sem varanda mas com uma janela enorme que me da visão direito pra rua da frente, minhas roupas tem espaço mais que suficiente pra guarda-las o banheiro é pequeno comparado ao do quarto ao lado, mas ainda sim supre muito bem minhas necessidades.

A cama é a ultima coisa que eu testo, e depois de me afundar nesse colchão não sei como vou fazer pra me levantar, estou cansada demais.

Levo algumas horas até por tudo no seu devido lugar, e aproveito todo esse tempo pra pensar me tudo, na viagem nas mudanças, imaginando como vai ser minha vida daqui pra frente, não espero que seja fácil, apenas que eu não me arrependa, que mais tarde quando eu olhar pra trás  sinta orgulho de quem me tornei.

Já estou com um coque na cabeça e uma roupa confortável quando termino a ultima mala.

Vou para o banheiro tomo meu banho e quase apago ali mesmo, quase vinte horas sem pregar os olhos pra mim é demais. Boa noite.

BY CHANCE/ BeauanyWhere stories live. Discover now