Capítulo 14. Sequestro

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O dia estava maravilhoso de sol, porém péssimo para se ficar preso dentro de casa.

À família Meireles foi recomendado para não saírem de casa nos próximos dias e o máximo que Lavínia poderia sentir da natureza que tanto amava, seria o jardim que fica no fundo da casa deles.

Ela se sentou por alguns instantes diante das flores e Sílvia veio lhe fazer companhia. A sogra começou a contar sobre quando engravidou dos filhos como foi a criação deles e começou a dar até dicas de maternidade e Lavínia desconcertada, ouvia atentamente. E pouco antes de voltar para dentro da casa, ela disse:

― Na próxima semana, parte de nossa família virá para comemorarmos o aniversário de 15 anos de minha afilhada e então comemoramos o aniversário de Felipe. Você o representa, todos vão ficar muito felizes em conhecê-la ― disse Silvia a jovem.

Lavínia agradeceu o convite e esperava que Felipe aparecesse até a festa e se possível com tudo resolvido. Ainda no jardim, ela começou a alisar seu ventre e a pensar em como tudo aquilo era mágico, apesar de tudo.

A jovem foi interrompida pelo som de helicóptero que sobrevoava de forma suspeita, muito próximo da casa dos Meireles, ela se escondeu entre as folhagens do jardim e notou que a aeronave parecia ser de uso particular. Havia um homem armado e não eram da polícia.

Lavínia voltou assustada para dentro da casa e nada disse a família.

***

O telefone da jovem tocou na madrugada e ainda sonolenta ela despertou e do outro lado da linha ouviu a voz de Felipe:

― Meu amor, me escute. Já está terminando meu dossiê e vou à polícia essa semana e entregar tudo o que tenho. A ligação começou a ficar ruim e ela ansiosa tentou falar:

― Preciso te contar... Uma criança... ― Lavínia dizia enquanto a chamada foi ficando cada vez pior.

O que Lavínia conseguiu ouvir de seu amor foi que ele já estaria voltando para casa. E então era questão de tempo, melhor ainda se voltasse antes de seu aniversário e de presente recebesse a notícia de que iria ser pai.

***

Alguns familiares dos Meireles chegaram mais cedo para a festa de 15 anos da Nayara, prima de Felipe e Amanda. Ela era uma garota doce e educada com todos.

Para alguns da família, Sílvia e José Ricardo diziam a verdade sobre Felipe e para outros diziam que ele estaria viajando, mas que ele chegaria a tempo para festa.

De tarde o Buffet ligou confirmando os horários e que a decoração do salão amplo no centro da cidade já estaria praticamente pronta.

Lavínia e Amanda foram juntas para a festa de Nayara e como havia muitos carros na entrada do salão, alguns manobristas pediram que duas fizéssemos o retorno do salão para estacionar o carro delas. Os manobristas aguardaram as irmãs saírem do carro e as jovens sorriram agradecidas pela gentileza deles.

Lavínia ficou paralisada quando viu o rosto de um dos manobristas e notou que se tratava de Rubem. Amanda a princípio não havia visto e ao receber um toque da amiga irmã ficou em alerta. Quando elas pensaram em gritar por ajuda, os homens as cercaram, ao todo quatro criminosos. E de forma ameaçadora Rubem se referiu a Lavínia:

― Lembra-se de mim? ― o criminoso perguntou já querendo intimidar.

As jovens tentaram fugir e gritaram por socorro o que não adiantou devido ao isolamento do local e havia uma música muito alta no salão de festas.

Um Amor PeculiarWhere stories live. Discover now