Capítulo 25

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    Finalmente, ele me levou até uma porta que tinha uma fechadura eletrônica com um teclado numérico. Noah encarou o teclado com ansiedade, e  enfiou as mãos nos bolsos antes de voltar seus pálidos olhos verdes em minha direção. "Este cômodo, eu a mostrarei depois que você retornar da escola." 

   "É uma masmorra, não é?" 

   Minha pergunta direta o pegou de guarda baixa. "Sim, é isso mesmo."

   "Então faz mau nenhum se você me mostrar agora. Eu já sei o que é. Não faz sentido esconde-lá de mim."

   A aparência calma e tranquila de Noah foi perturbada de repente. Eu teria rido se não fosse uma situação tão séria. O que houvesse dentro do cômodo daria uma melhor ideia do que ele esperava de mim, e eu precisava ver para que pudesse me preparar psicologicamente para quando retornasse.

   Noah hesitou por um instante antes de digitar o código de acesso no pequeno teclado. A porta abriu sem ruído algum, e ele entrou primeiro para acender a luz.

   Eu fiz o que pude para permanecer calma enquanto entrava. A masmorra parecia ter saído diretamente em um filme de horror, várias algemas penduradas na parede e no teto. Em um dos cantos, havia um cavalete  de madeira estofado de couro negro. Em outro, um aparelho de aparência medieval que restringia a cabeça e as mãos, com uma barra de metal em "T" em alguns centímetros de distâncias. Eu concluí que era para a pessoa ficar presa naquela posição com o tronco dobrado para frente. Na parte de trás, junto á parede, uma cama de casal. Seria a única peça da mobília de ar inocente, não fosse os grilhões de aço soldados na cabeceira da cama.

   "O que você acha?" Noah perguntou, enquanto eu atravessava o cômodo para poder observar a parede que tinha uma prateleira com remos e chicotes de todos os tamanhos, incluindo aqueles pequenos de hipismo.

   Eu suspirei, buscando as palavras certas para não o ofender ou tornar a situação ainda mais desconfortável. "Eu não sei o que pensar."

   Na verdade, eu achava que ele devia ser doente para gostar disso. Não podia ser normal. O que poderia ter acontecido com Noah para transforma-ló nisso, é por  que ele achava que tinha que me força a isso, quando isso obviamente não tinha vontade.

   "Eu sei que tudo isso é um pouca demais pra você." Com cuidado, ele se aproximou por trás e mim me abraçou por trás apoiando a sua cabeça na minha e eu fazendo o mesmo, para parecer tranquila." Mas seremos felizes juntos. Eu prometo."

   Como ele podia fazer tal promessa sem nem ao menos me conhecer? É o mesmo que dizer que um leão pode viver pacificamente com um cordeiro sem saber a verdadeira natureza dos dois animais. Um, o predador. O outro, a presa. Eu sabia muito bem como qual dos dois eu me sentia nesse momento.

   "Eu marquei seu voo para domingo," ele disse objetivamente, na mesma hora que ele falou eu gelei na hora eu larguei de mão o personagem do noivo delicado e dedicado mais ainda mantendo o tom gentil. "Você chegará em Sacramento, e uma limusine a levará  até as instalações da escola em Napa Valley. é um local bem discreto. Muito exótico e bonito. Aninhado entre parreiras e montes. Eu acho que você vai gostar bastante. Eu sei que eu gostei quando passei por lá para conhecer o lugar."



Espero, que tenham gostado, beijos.  

Cinquenta tons de BSDMWhere stories live. Discover now