21. Just hope

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Chris
Escuro. Era a definição. Um sonho sem cor é o que estou vivenciando agora. Consigo escutar vozes, alguma das vezes que escuto reconheço a dela, que jamais eu seria capaz de esquecer. Me sinto dentro um nevoeiro imenso, nada pra ver, só ouvir, não sinto nada. Acho que estou dormindo mas parece que controlo meus sonhos, se é que isso é um sonho, não me lembro de ter ido dormir. Em um momento tudo se perde e volta novamente, nunca tive essa sensação, muitas pessoas falando mas não reconheço nenhuma das vozes. Um silêncio se instala. E nada mais além disso.

Scarlett deu dois toques antes de entrar. Mary estava no sofá, aparentemente, havia acabado de acordar, Scarlett deu passos curtos e entregou o café com o saquinho de rosquinhas para ela.

S: desculpe pela demora.

Mary: acabei de acordar, você não demorou, muito pelo contrário - Scarlett sorriu.

Scarlett olhou para Chris e notou que havia uma desfibrilador ao lado da cama objeto o qual não estava ali ontem à noite. Ela imediatamente olhou para Mary que logo entendeu seu olhar.

Mary: foram só 3 minutos eu...

S: o coração dele parou?!

Mary: foi tudo rápido, a situação foi controlada. Eram 4 da manhã não queria te ligar se já tinha se resolvido e você viria correndo, é perigoso a cidade à essas horas.

S: Mary eu disse qualquer coisa!! Se tivesse sido algo pior? - ela negou.

Mary: mas não foi. Relaxe, está muito tensa, a doutora disse que foi só um fluído que havia acabado, por favor não fique brava.

Ela suspirou e se desculpou pela rispidez com Mary.

Mary: vou a cafeteria. - ela saiu.

Scarlett se sentou no sofá que Mary estava antes e ficou olhando para Chris durante algum tempo, ela ainda tinha esperança que aquilo era sonho um sonho ruim e que o despertador iria tocar e ela finalmente acordaria. Ele estaria lá, ela o abraçaria da maneira mais carinhosa e intensa possível mesmo que a vida não quisesse eles juntos ela não iria desistir de lutar por ele, mesmo que eles tivessem que assinar o divórcio e estivessem legalmente separados, sempre haverá um parte dele nela, um espaço exclusivo pra ele nela, aquele que sempre desejará jogar tudo para o alto e fugir com ele para o outro lado do mundo, só eles dois, começando do zero. Apenas um casal normal, desesperadamente apaixonados.

Mas ao lado dessa parte exótica tinha a outra parte, aquela que depois das dezenas de imaginações que ela tinha com ele, lembrava-a da realidade, aquela que mantinha ela nos "eixos", controlada dentro do seu mundo, ela sempre escutava essa parte. Imaginar era bom mas viver a realidade é conformidade.

INDÚSTRIAS EVANS
Robert estava terminando de arquivar alguns documentos e passá-los para uma pasta onde depois iria imprimir até que a porta se abre, Emily para bem na sua frente.

E: você queria falar comigo, o que houve? - assentou-se na cadeira em frente a mesa dele.

R: sim, queria saber como andam as coisas? Digo, com Chris.

E: você sabe que ele está no hospital né?! - Robert revirou os olhos.

R: não se faz Emily, antes do acidente. Como estava indo as coisas?

E: bem conforme o plano. Espero que ele fique bem logo.

R: sim, eu também espero. Qual foi a última vez que foi visitá-lo?

You're My BusinessWhere stories live. Discover now