Ꮯꮋꭺꮲꭲꭼꭱ 08

7.2K 798 268
                                    

Kara estava muito afetada. A noite passada fora um teste psicológico do qual ela não achou ser capaz de resistir. Em determinado momento da noite, a Kryptoniana havia sido acordada pelos gemidos e murmúrios incoerentes de Lena e quando seus sentidos foram concentrados na porta do quarto dela, em busca de algum perigo ou ameaça inexistente, a verdade a deixou devastada. Lena estava num momento muito íntimo e Kara estremeceu ao se "desligar" do som arrastado de seu nome sendo clamado por Lena como se fosse mel em sua boca. Ela entendia o que aquilo significava, a puberdade era uma fase complicada, mas foi chocante descobrir que a irlandesa sentia alguma atração por ela e Kara se sentiu uma intrusa por descobrir algo tão íntimo daquela maneira. - Lena se tocando para ela, oh, Rao, Lena a queria e Kara não sabia exatamente como encarar o fato de ser a figura dos desejos sexuais da garota. Como ela seria capaz de encarar a filha de Lionel sem deixar aquilo transparecer, Kara ainda não sabia.

━ Então, vejo que esteve ocupada enquanto eu estive fora.

Lillian a trouxe de volta de seus devaneios. Na mesa do café da manhã, as três estavam reunidas numa típica manhã pacata na mansão Luthor enquanto Kara ainda parecia resoluta, naufragando em pensamentos nebulosos. Suas panquecas estavam intocadas no prato e a massa coberta de xarope de bordo estava começando a inchar no meio da pilha de cereja e morango. Lena olhou para Kara por cima da borda de sua xícara e arqueou uma das sobrancelhas bem feitas, em questão.

━ Madame?

Kara levantou a cabeça e sustentou os olhos azuis nos igualmente claros de Lillian, e a matriarca devolveu a própria xícara de café ao pires, antes de continuar:

━ Suas aventuras pelos céus de National City... nós já falamos sobre o uso indevido de suas habilidades. E se alguém de má conduta passasse a especular sobre você? O Superman já trouxe desgraças demais à essa família quando corrompeu a mente do meu querido Lex, eu não aceitaria o fato de vê-lo se voltando contra você também.

Kara engoliu um nódulo duro na garganta e assentiu em concordância com a cabeça. E a mulher mais velha prosseguiu com seu discurso:

━ Se pretende fazer isso, que seja da maneira correta, com uma própria marca. Esteja pronta, hoje iremos à National City. Tenho algo de que você gostará muito.

Um sorriso misterioso surgiu nos lábios da Luthor mais velha e Kara tratou de voltar a comer após balançar a cabeça em concordância. Lena decidiu que não se envolveria no assunto, ainda que fosse curioso observar o comportamento de Kara e como ela parecia distraída durante todo o desjejum.

▪ ▪ ▪

A viagem de uma hora e quarenta e cinco minutos até National City foi estranhamente silenciosa. Kara observou enquanto Lillian trabalhava em algo no tablet e Lena verificava suas próprias mídias sociais e trocava algumas mensagens com Andrea no celular. (Era estranhamente familiar, de um jeito diferente.) O motorista estacionou o veículo de frente para uma das instalações da CADMUS e quando abriu a porta, Kara foi a primeira a descer. O homem estendeu a mão enluvada para Lillian que a aceitou ao sair do carro e Kara fez o mesmo com Lena, que sem questionar a aceitou com gratidão e logo as três seguiram direto para o prédio.

▪ ▪ ▪

Kara já estava familiarizada com a estrutura. A quantidade de cientistas andando pelos corredores em seus jalecos brancos e crachás pendurados era algo comum para a Kryptoniana. Sem formalidade, Lillian as conduziu até um dos laboratórios e assim que suas luzes foram acesas, as três se depararam com um manequim com as medidas de Kara, mas o que realmente havia despertado o interesse delas fora o traje que ele vestia. Um uniforme azul com uma majestosa capa vermelha, calça e botas altas de couro que pareciam prontas para uma grande guerra. Aquilo deixou Kara agitada, e ao seu lado Lena e Lillian sentiram sua inquietude.

Super Luthor ⋆ [ Supercorp G!P ] Where stories live. Discover now