Não! Não! Não! – Um grito de socorro me puxou rapidamente da inconsciência me fazendo acordar assustada. Me virei na cama e encontrei Wanda, se debatendo no colchão e gritando aos prantos. – Não! – Me levantei rapidamente e fui até o seu lado.
– Wan, hey! – A cutuquei de leve. – Wanda, é um sonho, acorde, amiga. – Acariciei seus cabelos a fazendo acordar.
– Nat? – Ela acordou atordoada e seu rosto estava banhando de lágrimas.
– Sim, sou eu!
– Ah Nat! – Suspirou fundo e desabou em lágrimas me abraçando forte.
– Hey, o que houve? – Me sentei em sua cama a abraçando também.
– Meu bebê, amiga! – Falou entre soluços.
– Sim, ele está ai dentro de você, o que tem ele?
– Amiga...
– Wanda, seja lá o que for, foi apenas um pesadelo, seu bebê está bem, bem protegido ai dentro! – Acariciei suas costas tentando tranquiliza-la. – Respire, se acalme e me conte o que houve. – Me separei dela e peguei sua mão. Wanda respirou fundo e aos poucos se acalmou.
– O bebê era uma menina linda, Nat, linda demais, cabelos loiros, olhos azuis, bochechas rosadas e ela implorava... – Suas lágrimas voltaram a cair. – “Mamãe não me mate, por favor, mamãe, me deixe viver” e eu continuava relutante, mas ela não parava, “Mamãe, eu vou ser uma boa menina, por favor, me deixe viver, não me mate”. – Eu não disse nada, apenas a abracei muito forte a reconfortando. – Eu não vou tirar esse bebê, Nat, vou tê-lo! – Aquilo me fez suspirar de alivio, eu sabia que minha amiga iria tomar a decisão certa.
– É mais sensato a se fazer, W. – Nos separamos e ela sorriu para mim. – Já decidiu se vai contar para Bucky?
– Vou contar sim... – Secou seu rosto. – Ele tem o direito de saber e meu filho tem direito de ter um pai.
– E se ele não aceitar?
– Se ele não aceitar eu pego esse pequenininho aqui. – Colocou a mão sobre o ventre. – E sigo minha vida sem ele. – Deu de ombros.
– Fico feliz que você tenha decidido ficar com ele, Wan.
– Eu também. – Sorriu. – Estou até gostando, sabe?
– Acredite, você vai amar! – Sorri. – O que você acha que ele é?
– Não sei mas algo me diz que é uma menina... – Se levantou da cama e foi até a frente do espelho com a blusa erguida olhar sua barriga. – Você nem chegou a saber o sexo do seu, não é mesmo?
– Não... – Neguei com um suspiro. – Meu bebê era uma criança muito tímida, na minha ultima ecografia, que era possível ver, ele estava de perninhas fechadas... – Sorri com a lembrança. – Mas eu sempre imaginei que fosse um menino, em meus sonhos eu dava de mama para um garotinho.
– Então deveria ser mesmo, falam que mãe nunca erra...
– É, talvez... – Suspirei pesadamente querendo mudar de assunto. - Hm... Tenho uma ideia!
– Lá vem! – Revirou os olhos rindo.
– O que acha de irmos ao shopping? Eu tenho que comprar umas coisas para mim e aproveito e compro o primeiro presente desse meu sobrinho lindo! – Me levantei e coloquei a mão sobre a barriga dela.
– Natasha, não precisa se preocupar! – Relutou. – Nem sabemos o sexo ainda.
– Mas eu quero! – Insisti. – Não tem problema, compro branco que é uma cor neutra ou então um par de sapatinhos vermelhos, é tradição! – Cruzei os braços relutante. Eu me lembrava de quando comprei o primeiro sapatinho para o meu bebê, era vermelho também e tinha uma fita para ajustar o tamanho no tornozelo dele.
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Soho Dolls - Romanogers
FanfictionNatasha Romanoff era uma prostituta de vinte e três anos. Steve Rogers um médico bem sucedido de trinta e três. Ela perdera os pais aos dezesseis e ele a esposa aos vinte e nove. Ela não tinha ninguém e a única pessoa que ele possuía era sua filha...