Capítulo 12- She's not for you

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Steve Rogers Narrando

Depois daquele fatídico sábado, resolvi passar o resto de meu final de semana no hospital, lá pelo menos, não iria ter que ficar aturando uma irmã com lições de moral sobre minha vida amorosa ou uma filha lembrando-me o quanto sou um péssimo pai… Maggie não falaria comigo por pelo menos o resto do mês e com toda a certeza, iria passar o seu domingo na casa de alguma amiga para não ter que dirigir uma palavra se quer a mim, então não faria muita diferença eu estar em casa ou não. E ter mais um final de semana sozinha, serviria como castigo por ela ter sido tão mal educada com Natasha.

Era difícil mas tinha que admitir que Maggie não era um doce de menina para as outras pessoas como ela era para mim, seus bons modos e boa educação tinham certos limites, principalmente com as mulheres que me relacionava. Esse era seu jeito, não era por falta de educação ou por ela ser mal intencionada, esse era seu temperamento, sua personalidade, a única coisa que eu podia fazer e que estava ao meu alcance era mostrar que aquilo era errado, instruí-la ao certo ou apenas fazê-la se adaptar com o que ela não gosta, afinal, não podemos ter tudo o que gostamos...

E eu ela éramos uma prova viva disso; ambos amávamos Peggy e infelizmente, não podíamos tê-la.

O que me preocupava e eu não sabia o porquê, era o fato de Natasha e Maggie não terem se dado bem. Não faria muita diferença minha filha não ter gostado da mulher que eu estava levando para cama, afinal, eu e Natasha não estávamos namorando ou prestes a nos casar, então Maggie não iria ter que obrigar-se a gostar dela já que não iriam convier diariamente. Mas esse meu incomodo não tinha explicações, não conseguia entender porque era tão importante para mim que Maggie gostasse de Natasha.

Eu tinha plena consciência de que meus problemas iriam começar a aparecer, Carol iria me fazer chamar Natasha para almoços, jantares e passeios em família, apresenta-la para minha mãe e sem falar nas constantes e intermináveis perguntas que ela iria me fazer... Não estava preparado psicologicamente para isso.

Já na segunda de manha, levantei-me e fui para a cozinha fazer meu desjejum antes de começar a me arrumar e ir trabalhar. Surpreendentemente, a mesa já estava posta e Pepper já estava na cozinha fazendo exalar cheiro de café por toda a casa enquanto Carol e Maggie comiam sem me esperar.

– Bom dia! - Falei sorridente.

– Bom dia, Steve. - Pepper chegou ate nós com a garrafa térmica do café em mãos.

– Chegou cedo, Pepper!

– O dever me chama... - Deu de ombros. Pepper era nossa governanta e "baba" de Maggie , eu e  Peggy havíamos a contratado assim que Megs nascera para que tivéssemos alguém para deixa-la quando quiséssemos fazer alguma coisa a dois ou para ficar com ela quando tivéssemos que trabalhar, tínhamos fechado um contrato que ela ficaria conosco até Maggie completar dez anos mas com a morte de Peggy, dispensar Pepper estava fora de cogitação. Quando contei a Maggie que Pepper estava indo embora de nossa casa, ela ficou em estado de choque, adoeceu, ficou sem comer, foi horrível. Maggie chorava todos os dias implorando para que Pepper não fosse embora, alegando que não saberia o que fazer sem a baba por perto. Tive que leva-la até a um psicólogo porque aquilo estava saindo do controle, e foi ai que ele alertou-me a não dispensar Pepper, porque para Maggie, a baba havia se tornado uma figura materna e perde-la traria problemas psicológicos a minha filha. Por sorte, Pepper também era muito apegada a Maggie e como seus filhos moravam longe e seu marido falecera há alguns anos, não pensou duas vezes em voltar para nossa casa.

– Bom dia! - Carol respondeu igualmente sorridente. Encontrar minha irmã tomando café conosco não fora nenhuma surpresa para mim, ultimamente ela não saia mais de minha casa, o que era ótimo, mas as circunstancias pela qual ela se encontrava ali eram péssimas, já imaginava que assim que Maggie saísse da mesa, ela iria começar a falar sobre Natasha até ficar sem fôlego.

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