Capítulo 17- I miss those blue eyes

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Steve Rogers Narrando

Já era domingo, mais de três da tarde e nessas trinta horas que se passaram, nem um segundo se quer eu parei de pensar na dona daquele par de olhos chocolate intensos. Não sabia o motivo, não entendia a razão de estar pensando tanto nela, mas desde o momento em que Ela me disse adeus e saiu por aquela porta, sua imagem pareceu ter levantado acampamento em meus pensamentos e nem que eu quisesse conseguiria tira-la de lá. Sempre que tentava pensar em alguma outra coisa minha linha de raciocínio a trazia de volta para minha mente... Parecia com quando Peggy falecera, que por mais que eu me esforçasse o máximo para não pensar nela, alguma coisa sempre me fazia lembra-la. Era como se eu estivesse me apegando às minhas ultimas memórias de Natasha, como se meu subconsciente quisesse guarda-la ali para sempre. Eu sentia como se estivesse perdendo Natasha, apesar de ela nunca ter me pertencido de verdade.

Eu queria ser capaz de tirar Natasha de minha cabeça... Tentava entender porque ela me afetava, porque estava mexendo tanto comigo, mas toda vez que eu procurava uma saída, acabava me afundando ainda mais nesse profundo mar pensamentos.

– E ai, se sentindo muito culpado? - Clint me fez sair do devaneio rapidamente assim que entrou na cozinha e veio até o balcão onde eu estava apoiado.

– Não estou arrependido, Clint, se conforme com isso. - Eu não estava me sentindo culpado pelo que havia dito, ela precisava ouvir aquilo, talvez não daquela forma tão rude mas ainda assim precisava saber a verdade.

– Não, não vou me conformar até você se redimir, Steve

– Isso não vai acontecer. – Eu ainda estava chateado com Natasha e reatar com ela era o que eu menos queria no momento, apesar de já estar sentindo falta de minha droga, eu não iria procurá-la, eu tinha que dar um fim nesse meu vicio.

– Então você não vai mesmo pedir desculpas a ela?

– Não! - Disse convicto.

– Não consigo acreditar que você não está nem um pouco arrependido por ter dito aquilo a ela...

– Arrependido não, só estou incomodado por não ter escolhido melhor minhas palavras.

– Arrependido, culpado! - Disse presunçoso. Não iria admitir para ele que desde o incidente eu não conseguia parar de pensar em Natasha, era humilhação demais e isso faria o ego de meu irmão, que já era estupidamente grande, inflar mais um pouco.

– Eu iria adorar se você cuidasse de sua vida, iria mesmo. Se eu não estou preocupado com o que aconteceu você também não deveria estar.

– Não deveria, mas estou. Quando você vai admitir que gosta de verdade de Natasha?

– Nunca! Eu nunca vou admitir porque eu não sinto nada por ela. - Disse convicto. - E agora, a única pessoa do sexo feminino que eu quero pensar é Maggie! Vou me dedicar a minha filha, porque ela sim eu amo, ela sim merece o meu amor e minha atenção.

– Ah, obvio, afinal, é só de amor fraternal que se vive.

– Ué, olhe para si mesmo, Clint... – Era muita hipocrisia de Clint falar algo desse gênero. Ele nunca havia se apaixonado e nem se quer sabia o que era um amor carnal para me dar lição de moral.

– Você adora jogar na minha cara que eu não amo, não é? - Riu sem humor. - Mas é verdade, eu não amo mesmo, só que pode ter certeza que assim que eu encontrar uma mulher que eu ame de verdade, não vou ser trouxa e deixa-la escapar dessa forma. – Clint havia cismado que eu amava Natasha e não havia nada que tirasse isso de sua cabeça. Eu estava prestes a respondê-lo quando Maggie entra pela cozinha me procurando.

Soho Dolls - RomanogersWhere stories live. Discover now