Capítulo 13

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Por Harry

Dormi o total de 1 hora, acordei exausto e sem vontade de sair da cama. Parecia que um Dementor me tinha sugado a alegria.
Pensei seriamente em ficar na cama. Mas quando me cobri novamente para voltar a dormir Ron tossiu.

-Não vens Harry?

Tinha-me literalmente esquecido dos meus amigos, estava tão cansado. Mas fui mesmo assim. Levantei-me e peguei nas minhas roupas. Dirigi-me para a casa de banho e tomei um banho quente que me relaxou bastante. Olhei-me no espelho, estava horrível, debaixo dos meus olhos formavam-se covas escuras. Estava mais magro, e isso não era bom porque eu nunca tive muito corpo para perder. Uma repentina raica subiu-me pela espinha. Porque é que não pode estar tudo bem pelo menos uma vez na minha vida?
Começei a silibar comigo mesmo, estava chateado e não queria que ninguém entende-se o que eu estava a dizer.

-E se ele estiver mal? E se estiver magoado? E se Voldemort o estiver a magoar? Tens de parar de pensar um bocado Harry. Estas a dar em maluco, vais lá tu saber secalhar ele esta a viver a melhor vida do mundo e tu aqui paranóico. Vai para Homesgead e diverte-te com os teus amigos, vais ver que mais tarde ou mais cedo vai receber notícias dele.

Saí da casa de banho e fui para o Grande Salão tomar o pequeno almoço. Hermione olhou para mim com cara de preocupação, já Ron parece não ter notado nada.

Comemos em paz mas a Mione parecia que estava desconfortável. Talvez porque hoje decidi me sentar de frente para a mesa da Slytherin. Não me julguem estou com saudades dele e estava na esperança de o ver sentado no lugar dele, com cara de mal humorado como costumava estar todas as manhãs.

-Sabes que podes falar comigo não sabes Harry? -disse Hermione enquanto punha a sua não sobre a minha como forma de carinho.

-Sei, mas nem eu sei o que tenho.- passei as mãos na cara e suspirei fortemente.

-Anda, vamos indo para a porta de entrada assim somos uns dos primeiros a chegar a Homesgead. Ron! Anda! -Ron largou o pedaço de pão que estava a comer.

-Eu ainda não tinha acabado!

-Mas tu não paras de comer Ronald Weasley?- disse Hermionr chateada.

Ron apenas se calou e seguiu-nos.

O ar da frio da madrugada congelava a ponta do meu nariz. Tudo bem que era primavera mas aqui na Inglaterra e ainda mais no meio das motanhas fazia muito frio de manhã.

Quando chegamos a Homesgead dirigimo-nos logo para um café qualquer onde pedimos 3 cervejas amanteigadas. Já estava muito mais feliz e animado, estar com os meus amigos fazia-me muito bem. Enquanto ria-mos às gargalhadas senti uma mão pousar levemente no meu ombro.

-Podemos falar Harry?- Ginny olhava para mim com um olhar carinhoso. Não sei o que vinha dali daquela vez mas acho que teria de ser sincero desta vez para que não acontecessem mais mal entendidos.

-Já venho. -disse para o Ron e para a Hermione que faziam olhinhos um para o outro naquele momento, até lhes vai fazer bem estarem esse bocado de tempo sozinhos. Pode ser que eles abram realmente os olhos e notem que se amam.

Afastei-me da mesa em que estava acompanhado da Ginny. Sentamo-nos noutra num sitio mais reservado. É claro que pensei que ela se fosse sentar à minha frente como qualquer pessoa que quer ter uma conversa faria, mas ela sentou-se bem ao meu lado e amarrou-me no braço.

-Quando é que vamos acabar aquilo da outra noite? Pareve que foges de mim agora...

-Ginny eu... - tentei a todo o custo desviar-me dela e explicar-lhe que não queria nada daquilo. Mas ela parecia não entender.

-Harry? Não me digas que és virgem! -disse ela com cara de espantada.

-Para! Eu não sou virgem, nem quero acabar aquilo Ginny. Eu acho que entendes-te tudo mal. Senta-te à minha frente por favor, vamos ter uma conversa decente!

Ela entendeu que era sério e sentou-se à minha frente enquanto olhava para mim com cara de preocupada.

-Ouve, eu gosto muito de ti, mas só como amiga, só isso. Naquela noite tu, tu meio que me atacas-te, saltas-te para cima de mim e eu não sou de ferro, nenhum homem é. Deixei-me levar mas parei com aquilo porque vi que não era o certo a fazer.

-Mas Harry, eu pensei que nós tinhamos química...

-Olha eu vou ser bem sincero contigo. Nós até podemos ter, ou tu achares que nós temos. Mas eu não acho. Ginny eu gosto de outra pessoa, como nunca gostei de ninguém e neste momento só o tenho a ele na cabeça. Entendes isso?

-Ele... ?

-Sim! Ele. -Ginny começou a rir.

-Por um homem Harry? O que queres que faça para que fiques comigo? O que e que ele tem que eu não tenho?? -Ginny levantou-se do banco e começou a andar em direção a mim, de uma forma lenta que a fazia parecer louca, os seus olhos arregalados e as perguntas sobre este assunto que não paravam de sair da sua boca -O QUE É QUE ELE TEM QUE EU NÃO TENHO????- gritou ela.

-Tem tudo Ginerva! EU AMO-O A ELE! E SÓ A ELE!

Ginny começou a chorar, talvez tenha exagerado no meu tom de voz mas penso que tenha sido o necessário para ela realmente me ouvir.

-És um imbecil Harry Potter! ODEIO-TE!- quando ela levantou a mão, penso eu para me bater, Snape apareceu por trás e segurou na mesma impedindo-a.

-Menina Weasley? O que pensa que está a fazer? -Snape olhou de cima para ela, um olhar frio e sem expressão.

-Nada professor. Adeus Harry! -saio claramente irritada.

-Bom Potter, agora que estamos a sós. Posso-me sentar?

-Sim claro professor.

Snape sentou-se e olhou para mim. Mas desta vez o olhar dele passava alguma coisa. Não sabia o que. Ele olhava-me nos olhos e parecia que me ía entrar na alma. De repente uma lágrima desce do seu rosto. A minha cabeça formou um enorme ponto de interrogação. O que se estaria a passar?

-Passa-se alguma coisa professor?

-Tens os olhos da tua mãe...

Com todo o meu amor Onde histórias criam vida. Descubra agora