Capitulo 38

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-Rabastan? O que se passou? Onde está o Tom?- pergunta Harry dirigindo-se apressado para Rabastan que fixava os seus olhos nos amigos de Harry.

-Ele está no escritório Harry. Podes ir lá, eu trato dos seus amigos. - sorriu com carinho e preocupação para Harry que se retirou apressado dirigindo-se para o escritório de Tom Riddle.

Hermione olhava à sua volta, a mansão Riddle era bonita, grande mas bastante sombria. Apesar de nos últimos meses a claridade entrar mais pelas grandes janelas da mansão, a tonalidade verde esmeralda, prata e preta das mobílias e decorações da cama faziam-na parecer triste na mesma.

-Querem alguma coisa meninos? Chá? Café? -perguntou Rabastan

-Pode ser um chá -disse Hermione enquanto observava as grandes pinturas penduradas nas paredes.

Ron e Draco mantinham-se calados e o primeiro a quebrar aquele grande tempo de silêncio foi Draco.

-O que é que aconteceu Rabastan? Durante estes 3 meses?

-Não sei se serei a melhor pessoa para vos falar sobre isto. Talvez Harry queria o fazer.

-Não estou a falar do Harry! Estou a falar entre ti e o Voldemort. Pensas que eu não consigo notar o quanto estás preocupado com ele? O olhar que tu carregar é o mesmo que eu carreguei durante estes 3 meses. -Rabastan olhava para Draco impressionado e cabisbaixo- O Harry disse-nos que tudo muda por amor, e eu sou a prova disso. Parece que o Voldemort também é.

-Não lhe chames Voldemort, Draco. Ele não é o Voldemort, não mais. Ele é o Tom Riddle. Draco eu não quero falar sobre o que se passou durante estes 3 meses mas eu vou-te contar uma coisa. Todas as pessoas que estão nesta casa, são de um lado diferente agora.

Draco admirou-se com aquilo. Mas manteve o silêncio.

Quando Harry chegou ao escritório de Voldemort pode sentir que este o esperava e entrou pela porta sem bater ou pedir permissão.

-Harry temos problemas. Os Malfoy e os Lestrange querem rebelião, querem guerra Harry!

Harry sentou-se na cadeira do lado oposto da de Tom. E olhou pensativo.

-E o que é suposto fazermos? Tom tu não podes simplesmente sair agora à rua entrar em guerra com os que as pessoas pensam que são os teus e depois ficar tudo bem.

-Eu sei Harry, mas o que é que eu vou fazer? Ouve eu não quero perder tudo o que construí até agora.

-Eu realmente não sei o que fazer. Olha os meus amigos estão lá em baixo com o Rabastan e...- Tom interrompe

-Tu sabes que ele nunca lhes irá fazer mal Harry- Harry olha confuso

-Eu sei! Não é isso. Ouve a Hermione pode saber o que fazer. Ela é inteligente e vamos lá admitir eles viveram este tempo todo no meio da sociedade. No mundo bruxo. Eles podem ajudar Tom confie neles. -Tom assentiu dando razão a Harry e levantou-se preparando-se para descer assim como fez Harry mas antes de sair o mais novo virou-se para trás - O Draco também está lá em baixo! Não digas nada que o posso afetar por mais tempo que tenha passado aquilo foi um trauma na vida dele!

-Harry, por favor, não te preocupes com isso. Eu não vou dizer nem fazer nada. Apesar de nunca te ter dito tu sabes muito bem que eu amo o Rabastan.

Harry ficou surpreso com a sinceridade do mais velho, principalmente porque nunca pensar ouvir Tom a dizer que amava alguém.mas ficou feliz com aquilo, afinal o amor sempre pode mudar tudo.

O silêncio na sala principal era aterrorizador e apesar de Ron e Hermione trocarem baixos cochichos, Rabastan e Draco ainda olhavam sérios um para o outro, como se estivessem a tentar perceber a seriedade de toda aquela situação. Mas foram tirados do transe quando passos foram ouvidos e Harry aparece no corredor seguido de um vulto. Draco levanta-se seguido de Rabastan que fez o mesmo.

-Harry?- chamou Draco quando reparou que quem vinha atrás do seu amado era Tom Riddle, a pessoa que lhe tinha feito todo aquele mal. Harry ao aperceber-se do incomodo de Draco caminhou até ele, passando-lhe o braço pela cintura e chegando-o até junto dele para que este se sentisse seguro.

-Calma amor ele não vai fazer nada.

Todos presentes naquela sala estavam tensos enquanto olhavam para o dono daquela mansão. O silêncio era grande e quem o cortou foi Tom.

-Proponho que nos sentemos à mesa para poder-nos ter uma conversa. Senhorita Granger espero que realmente me possa ajudar assim como Harry disse.

-Preciso de saber tudo o que aconteceu. Eu tenho de entender está história toda. Isto está muito confuso não faz sentido.

-Eu irei contar tudo o que se passou nestes últimos meses mas sentemo-nos à mesa primeiro.

Após todos estarem sentados e com chávenas de chá à sua frente Tom começou a falar.

-Isto vai ser uma história complicada de contar. Penso que todos saibam o que se passou entre mim e o Draco e eu quero que pensem em mim como um ser humano que cometeu erros e não como o Lorde das Trevas. Então quando ele foi embora e voltou para Hogwarts eu realmente queria ir buscá-lo mas depois apareceu outra pessoa na minha vida, uma pessoa que de facto eu queria ao meu lado em todos os aspetos é que me fez perceber que o que eu queria de Draco era apenas um refúgio. E Draco peço desde já desculpas por tudo o que eu fiz. Sei que não é fácil é que foi uma coisa mesmo horrível e se eu pudesse voltava atrás, muito atrás. Mas infelizmente isso não é possível e eu só posso deixar te as minhas sinceras desculpas. No dia em que Harry desapareceu eu tinha na verdade a ideia de atacar Hogwarts mas não fazia sentido aquilo e eu não queria realmente o fazer. Aquilo não me interessava mais e eu nem queria mais matar Harry Potter porque na verdade se eu o matasse, matava uma parte de mim. Eu e Harry estamos ligados e eu descobri aquilo antes desse ataque, mas não era só isso que me fazia não querer atacar Hogwarts, mas sim a ideia de possivelmente perder aquela durante a batalha. Eu prendi o Harry na masmorra mas tive ideias melhores com o tempo. Eu reneguei o que sentia pelo Rabastan mas depois aceitei aquilo e hoje depois destes meses eu consigo admitir que o amo e o que eu mais quero é estar bem com ele, num sítio em que ele esteja seguro e em que possamos construir uma família. Quanto ao papel do Harry nesta história, eu nunca lhe fiz mal e nunca o obriguei a ficar. Ele podia sair, só não podia falar com ninguém para não dar nas vistas. Durante estes meses a legião dos Comensais da Morte acabou, mais ninguém tem a marca negra. Eu treinei o Harry para saber combater uma guerra a sério e por incrível que pareça ele foi muito bem sucedido. E ele treinou-me pra viver em sociedade normalmente é ensinou-me a sentir. Ele é a pessoa que mais confio depois de Rabastan, é claro. Mas como hoje há certas coisas que não posso falar com o meu noivo. Mas parece que agora vou ter de vos contar o que se passa e espero que nenhum de vocês entre em pânico e me possam ajudar. -o silêncio e a tensão mantinham-se na sala, Tom suspirou e percebeu aquilo como um sinal de que ele estava desculpado e podia falar com eles- vários ex comensais ficaram furiosos com o facto de eu acabar com tudo isto é praticamente sair do lado do mal. E principalmente os Malfoy e os Lestrange que se uniram e agora querem guerra. Querem atacar o mundo bruxo e dominar tudo. E como todos vocês saberem o Lucius Malfoy tem grande influência sobre o ministério e agora sem a marca negra ele deixa de ser como uma ameaça. Temos de os impedir mas eu não posso simplesmente sair daqui e passear na rua como se nada fosse. Mesmo que eu salvasse o mundo bruxo eu irei para Azkaban depois.

-Tom eu realmente não sei como ajudar, teríamos de mudar a mente ao ministério...- Hermione parou e pensou melhor surgindo-lhe uma ideia- o Harry! Ele está vivo é isso. Tom, Harry tudo o que se passou nestes meses. As pessoas tem de saber...

-Ela tem razão amor, mas eu acho que isso inclui contares o porque de te teres tornado o Lord das Trevas. Estás bem com isso? - perguntou Rabastan enquanto segurava a mão de Tom debaixo da mesa.

-Irei fazer tudo o que estiver ao meu alcance. - Disse Tom com convicção.

Com todo o meu amor Where stories live. Discover now