Com todo o meu amor

Capítulo 34

1 semana se passara desde aquela noite que Draco e Hermione conversaram sobre como verdadeiramente se sentiam. 1 semana desde que Draco começou a aceitar melhor o possível falecimento de Harry, mas também 1 semana que Draco chegará a casa tarde com um cheiro muito intenso a álcool.

Ele dizia estar tudo bem, dizia que não precisava de ajuda mas todos os que o rodeavam sabiam que ele precisava. Quem conhecesse o Draco à uns meses atrás nunca iria dizer que ele iria tornar-se naquilo que se tornou. O menino que antes era incorporado, com uma pele suave e o cabelo sempre tratado tinha-se tornado num homem completamente descuidado, que aparentava sinais de cansaço e esgotamento tanto físico como psicológico.

Naquela noite de sábado Draco tomou o seu duche e vestiu a sua roupa negra, umas calças e uma camisa polo que não o fazia parecer tão magro. Quando ía a sair da porta de casa Hermione apareceu no topo das escadas.

-Vais sair de novo?- perguntou a sua amiga completamente preocupada.

-Vou, eu venho cedo.- sem esperar uma resposta Draco bateu a porta e caminhou solitariamente pelas ruas da Inglaterra enquanto se dirigia para um pub bastante reservado que costumava frequentar.

Quando entrou no pub e se sentiu ao balcão, o barmen dirigiu-se a ele:

-Vai ser o mesmo de sempre Draco? - Draco olhou nos olhos do rapaz é apenas acenou positivamente.

Ele era bonito, alto, musculoso, pele morena, cabelo e olhos escuros. Um rapaz normal mas com uma cara bastante delineada que faria qualquer um no seu perfeito estado mental ficar apaixonado. No entanto Draco não era esse tipo de pessoa e apesar de todas as investidas falhadas que o barmen lhe lançava, Draco nunca cedeu e manteve sempre os pensamentos no seu amado.

Após o barmen ter colocado o copo de whiskey com gelo à frente do Draco, este olhou para o copo e deu uma golada forte. Pousou os cotovelos em cima do grande balcão e cobriu a sua cara com as mãos.

Após vários copos Draco sentia-se leve é capaz de fazer tudo aquilo que queria, apesar de que o seu desejo naquele momento nunca na vida iria poder ser realizado.

Draco levantou-se e adentrou no meio das pessoas e começou a mexer o corpo lentamente ao som da música que na sua cabeça parecia muito mais animada do que aquilo que era. Quando estava a ficar cansado e ía sentar-se, sentiu uma mão forte no seu ombro que lhe causou um arrepio intenso e uma grande sensação de felicidade. Uma reação que ele tinha apenas ao toque de Harry. Voltou a cabeça para trás e viu um homem mais ou menos da sua altura mas mais encorpado que ele, ambos se olhavam fixamente apesar de toda a escuridão que impossibilitava a visão correta e foi com um pequeno freixo de luz que Draco conseguiu ver aqueles fabulosos olhos verde esmeralda. Mas o álcool não o deixou ter uma reação àquilo pois como já tinha acontecido algumas vezes podia ser só uma alucinação ou então outra pessoa qualquer com os olhos parecidos com os dele uma vez que ninguém tinha os olhos iguais.

Após o seus momento de choque que pareceu ter durado horas Draco foi puxado para fora do pub. A mão forte que antes estava no seu ombro agora tinha-se movido para o seu pulso.

Aquele estranho puxara Draco para um hotel caro ali ao lado, era perigoso e apesar de se sentir muito bebedo ele tinha a noção que podia ser novamente violado ou então acontecer-lhe algo ainda pior mas a sensação de ter aquela mão no seu pulso era reconfortante, bastante reconfortante.

Sentiu o seu corpo cair numa cama macia e as suas roupas serem removidas com delicadeza. Os seus olhos estavam fechados e ele sentia que poderia adormecer a qualquer momento.

Quando já só estava com boxers, Draco deixou de sentir as mãos do estranho e começou a ouvir a roupa do mesmo a ser desapertada e a cair no chão e passando uns segundos as luzes do quarto foram apagadas e ele sentiu o calor daquele homem nas suas costas e os seus braços fortes rodearem-o. Sentiu-se cair no sono e a última coisa que ele ouviu foi:

-Fico feliz de nunca teres tirado a aliança meu amor. Agora dorme que eu sei que estás muito cansado, obrigada por teres esperado. Amo-te muito...- e depositou um beijo no ombro nu de Draco.

Já meio caído no sono Draco respondeu:

-Eu amo-te Harry...- e ambos dormiram abraçados.

Na manhã seguinte, Draco sentiu os seus olhos serem abertos e uma luz forte bater contra eles. Ergueu o seu corpo sentando-se não cama e esfregando os olhos. As recordações da noite passada eram poucas e ao ter pequenos flashbacks de um estranho te-lo levado para o hotel Draco levantou a sua cabeça e olhou ao redor do quarto de hotel que se encontrava. Estava sem roupa mas por incrível que pareça ele sabia que não tinha acontecido nada apesar de não se lembrar da pessoa que tinha dormido com ele aquela noite.

No mesmo momento em que se ia levantar da cama e vestir a sua roupa a porca ao lado da cama que devia dar acesso a uma casa de banho abriu-se e de lá saiu um homem apenas de toalha à cintura. Ao aperceber-se Draco baixou a cabeça com vergonha sem nem se aperceber que quem estava à sua frente era o seu grande amor.

O homem aproximou-se lentamente de Draco envolvendo os seus braços em volta dos ombros do loiro que se sentiu protegido e com a necessidade de passar também os seus braços pelas costas do outro homem.

-Draco?- sussurrou- não fazes ideia da falta que me fazias desculpa não ter vindo mais cedo.

Após ouvir aquele sussurrou de desabafo Draco ficou confuso e libertou-se do corpo do outro homem possibilitando-se agora de observar o seu rosto e ver realmente quem era.

O corpo do outro estava maior e mais musculoso, mas nada exagerado. Algumas pequenas cicatrizes foram adicionadas ao seu corpo, o seu cabelo estava um pouco maior que o costume e os óculos já não eram existentes na sua cara. O que nada tinha mudado eram os olhos que continuavam com aquele verde esmeralda maravilhoso de sempre.

-Harry...- sussurrou Draco enquanto sentia as pesadas lágrimas descerem pelo seu rosto. Depois de assimilar o choque que tinha tido, Draco lançou-se com toda a força para os braços do amor da sua vida que o beijou intensamente com saudade e desejo.