Capítulo 25

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Naquela manhã fria de primavera Harry dirigia-se apressadamente para a sala da diretora. Apesar de ter estado bem durante toda a noite, não tinha dormido quase nada após aquele pesadelo. Ver os seus amigos morrer, o seu namorado morrer pela segunda vez tinha realmente mexido com a cabeça do menino que sobreviveu.

Assim como Draco lhe tinha aconselhado na noite anterior, ele ia contar dos pesadelos à diretora e do suposto ataque. Apesar de se sentir receoso e com medo de que a diretora simplesmente dissesse que ele esta louco e que isso era impossível, ele limitou-se a ficar esperançoso de que a conversa que eles iriam ter adianta-se de alguma coisa.

Quando chegou ao gabinete, a porta abriu-se a mulher de pele extremamente enrugada estava parada sentada na sua secretária a olhar diretamente para Harry que tinha acabado de passar as grandes portas de madeira.

-Estava à sua espera Senhor Potter.- Harry estranhou, como é que ela sabia que ele iria falar com ela aquela manhã?

-À minha espera professora?

-Sim Potter, sente-se- Harry sentou-se- Quer uma chávena de chá? Sei que ainda não comeu nada e que deve ter passado por uma má noite de sono.

A cada palavra e frase que Minerva soltava, Harry ficava cada vez mais duvidoso. Como ela poderia saber daquilo tudo? Será que o andava a vigiar?

-Desculpe a pergunta professora, mas como é que você sabe de todas essas coisas?- Minerva riu-se baixinho e sentou-se de volta no seu lugar acompanhada de duas chávenas de chá e um pratinho com algumas bolachas.

-Ai Potter- suspirou- Não é difícil saber dessas coisas, uma pessoa atenta e boa observadora saberia disso muito fácil. Eu sei que ainda não tomou o seu pequeno-almoço porque são 7:24 da manhã e o pequeno-almoço é as 8:00- enquanto apontava para o relógio fixado na parede- e quanto à sua noite de sono, duvido que viesse ao meu gabinete tão cedo se estivesse a dormir bem, para não falar dessas enormes olheiras- apontou para a cara de Harry que tentou sem sucesso observar as olheiras abaixo dos seus olhos.

-Ah sim professora, estava distraído quanto a essas coisa- sorriu- mas como sabia que eu queria falar consigo?

-Harry, Harry. Como tu sabes o Dumbledore sabia que ia ser morto mais tarde ou mais cedo e assim como falou contigo antes desse acontecimento também falou comigo e disse para eu não me intrometer, mas também me mostrou muitas coisas, memórias e pensamentos que ele tinha. E disse-me que brevemente o tu, Harry Potter, irias-me procurar para falar de alguma coisa e eu deveria acreditar em ti e aconselhar-te assim como ele iria fazer se ainda estivesse entre nós. Passaram semanas e tenho notado em certo desconforto em ti, principalmente quando o senhor Malfoy desapareceu. Mas isso penso que já esteja resolvido- sorriu simpática enquanto as bochechas de Harry ganhavam uma cor rosada de vergonha- Por isso assumi de livre vontade que tivesse outra coisa qualquer para me dizer, parece que esse dia é hoje.

-Tem razão professora, mas olhe não trate o Draco por esse nome, essa gente é horrível e ele não é horrível. Ele é uma pessoa incrível que se tivesse na família certa aposto que iria brilhar muito. E é verdade professora, tenho uma coisa para dizer e sinceramente isso já tem muito tempo. Mas vamos começar do inicio.

-Claro Potter, comece.

-Se realmente a professora falou com o professor Dumbledore em relação a mim, então sabe que eu tenho vários sonhos que são o Voldemort que controla ou os provoca.. A professora acenou positivamente com a cabeça- Desde que recuperei o Draco esses sonhos diminuíram e tem alturas que praticamente não existem. Mas ontem à noite eu tive um pesadelo muito mau e professora, podia ter sido uma visão, um pesadelo normal ou qualquer outra coisa. Mas aquele pesadelo era um aviso do Voldemort, um aviso de que vai atacar Hogwarts e tenho receio que seja muito brevemente. Temos de nos proteger professora. Temos de proteger os nossos alunos, eles não merecem passar por estas coisas.

-Tens razão Potter, temos de nos proteger, irei chamar os outros professores e vamos falar com eles em relação a isso, temos de nos preparar. Vai começar a guerra. - Um ambiente pesado chegou aquela sala quando todos os professores chegaram à sala da diretoria.

Depois de todos estarem cientes do que se iria passar, um ambiente de pânico disfarçado instalou-se. Apesar de os alunos não saber o que se estava a passar entre os professores, todos poderiam notar o nervosismo e ansiedade nos seus rostos.

A hora do pequeno-almoço e do almoço já tinham passado e Harry mantinha-se no gabinete da diretora a discutir formas e feitiços de proteção e táticas de combate.

Draco estava preocupado, não tinha visto o seu amado durante toda a manhã e parte da tarde, quando acordou ele já não estava na cama. Ele sabia que Harry estava bem, que se mantinha na escola, mas podia sentir todo o nervosismo e ansiedade que Harry sentia através do anel. Na aula de poções, a sua preferida, Draco não conseguia se concentrar. Não conseguia parar de pensar na hora que a aula iria acabar e ele iria poder falar com o professor Snape. Perdido nos seus pensamentos e preocupações todos os alunos já tinham saído da sala, deixando apenas ele e o professore.

-Imagino que queiras saber o que se está a passar para o Harry estar fechado com a professora Minerva à horas- Draco levantou a sua cabeça e olhou com um olhar cansado para o professor.

-Sim Snape. Eu não sei o que eles estão a falar ou se ele não esta bem, eu não sei nada.

-Draco, são coisas que eu não te posso contar e...

-Eu sei do ataque Severus! O Harry estava comigo quando teve aquele pesadelo. Eu ajudei-o a ficar calmo, mas tendo em conta a hora que ele saiu da cama, não adiantou muito.- Draco olhou de novo para a mesa sentindo-se impotente por não ter feito o seu amado ficar bem.

-Com que então vocês andam a dormir juntos. Espero que não arranjes problemas com isso Draco e principalmente que se estejam a proteger devidamente. -Draco corou- Quando ao que se esta a passar. Eu não sei muito bem, acho que estão a discutir feitiços de proteção coisas assim para proteger a escola.

-Snape, por favor, eu sei que tu tens esta informação, tu tens de me dizer, o Harry precisa de saber- Snape olhou fixamente para o Draco como se o estivesse a analisar- Quando vai ser o ataque?

Um longo período de silêncio foi feito, até que Snape suspirou pesadamente.

-Hoje à noite Draco, hoje à noite. Mais não sei.- Draco entrou em pânico, e começou a sentir-se enjoado- está tudo bem Draco?

-Sim- só estou um pouco enjoado. Tenho de ir Snape. Muito obrigada pela informação, não sabe o quanto isso ajuda.

Draco começou a sentir-se em pânico e encostou-se a uma parede. Na mente dele só passava a possibilidade de haver um ataque à escola naquela noite e dele perder tudo. Sentou-se no chão do corredor enquanto tentava acalmar-se. Mas aquilo não estava a resultar e a sua respiração continuou a aumentar de velocidade até que começou a ver tudo turvo e do nada simplesmente tudo negro.

Com todo o meu amor Where stories live. Discover now