Flertei com o Joaquim

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     Acordei as 5h30, fui para escola. Nada de interessante na aula, só conseguia pensar no Joaquim. Ele era um homão, já tinha imaginado ele de todos os jeitos. Na aula de matemática, a professora me pedia para escrever no quadro, foi único momento que o meu psicólogo conseguiu não estar nos meus pensamentos. Durante o intervalo, aquela garota apareceu novamente.
Margot: Eai, lembra de mim?
Sabrina: Obvio! Você é a garota que falou comigo semana passada.
Margot: Ufa, pensei que não ia se lembrar.
Sabrina: Como não?
Ficamos conversando o intervalo inteiro, e depois fui para minha sala e ela para dela. Tocou o sinal, já era horário da saída, peguei minha bolsa e fui correndo para o portão da escola, onde minha mãe deveria estar, mas não, ela não era uma mãe muito presente mas depois do que tinha acontecido com o Guilherme, ela estava mais comigo, mas isso já tinha acabado, ela ja tinha voltado a não me dar atenção novamente. Peguei me celular e pedi um uber, fui para casa, me troquei e fiquei o dia inteiro deitada no sofá me lembrando de todos os momentos da ligação que eu tinha feito no dia anterior com o Joaquim.
   Ao anoitecer, meu celular começou a tocar, era ele, estava me ligando? Já estava atraído por mim?
Sabrina: Oi Joaquim! Tudo bem? Você me ligando?
Joaquim: Oi Sabrina, tudo sim e contigo? Eu estava de bobeira e decidi te ligar, amigos fazem isso né?
Sabrina: Com certeza. Como foi as consultas hoje?
Joaquim: Foram normais e as suas aulas?
   Ficamos conversando por horas, igual o dia anterior. Desliguei já eram meia noite, decidi tomar um banho porque estava morrendo de calor, aquele homem me deixava muito excitada, mesmo que não tínhamos falado nada malicioso.
   No dia seguinte, fui para aula e novamente o Joaquim não ficava nem um segundo fora da minha mente. No horário que as aulas acabaram, fui da forma mais depressa pra casa, almocei e coloquei a roupa mais bonita que vi na minha frente e pedi um uber, pois precisava ir ao shopping antes de ir para consulta, que tinha feito questão de marca no último horário do dia para conseguir uma carona do Joaquim.
   As 16h eu já estava a caminho do consultório. Cheguei, entrei e fiquei esperando para ser atendida, as 16h45 eu já estava dentro da sala do Joaquim, conversamos sobre o meu dia e logo acabou a sessão
Sabrina: É normal a recepcionista ir embora antes do último paciente sair?
Joaquim: É sim, ela me pediu para que saísse mais cedo que a hora que fecha o consultório porque assim ela poderia buscar a filha dela na escola!
Sabrina: Que bonzinho você é! Enfim, vou para minha casa então. Boa noite.
Joaquim: Quer que eu te levo para casa?
Sabrina: Não precisa!
Joaquim: Sua mãe vem te buscar?
Sabrina: Não.
Joaquim: Então você é riquinha, não eu!
Sabrina: Por que?
Joaquim: Você vai embora todo dia de uber! Gasta maior dinheiro.
Sabrina: Eu gasto do cartão da minha mãe.
Então ajudei o Joaquim a guardar as coisas e fomos para o carro
Joaquim: Acho que você é a primeira paciente que eu faço amizade.
Sabrina: Sou diferente dos outros pacientes!
Ele deu risada e continuou dirigindo.
Sabrina: Posso colocar uma música no rádio?
Joaquim: Pode sim.
Coloquei uma música mais estilo cinquenta tons de cinza, e abri a janela, pois como já disse, aquele homem me dava muito calor.
Joaquim: Essa música é daquele filme, é... cinquenta tons de cinza né?
Sabrina: Não sei
Óbvio que eu sabia, mas não queria dar na cara que queria dar uns beijos nele.
Joaquim: Já assisti esse filme algumas vezes. Acho um pouco abusivo a relação deles na história.
Sabrina: Eu gosto do jeito do Christian Grey, muito decidido do que ele quer.
Joaquim: Ele é um pouco rude com a menina.
Sabrina: Vai me dizer que você gosta de sexo com carinho?
Ele me olhou assustado. Meu Deus, falei sem querer aquilo!
Joaquim: Sabrina você não é meio nova de mais para falar desses assuntos?
Sabrina: Joaquim, você sabe o que já passei!
Joaquim: Tudo bem mas você sofreu uma violência sexual faz pouco tempo! Você está bem para falar desse assunto?
Sabrina: Você me faz querer falar sobre.
Joaquim: Sabrina, eu entendo que você se sinta à vontade de falar comigo sobre sua vida sexual ou coisa do tipo mas eu não me sinto muito bem de falar com você sobre isso fora do consultório, porque aqui não sou mais seu psicólogo, sou apenas o Joaquim.
Sabrina: Desculpa.
Cheguei em casa com calor, quase disse para o Joaquim que tinha um desejo sexual por ele. Me despedi e desci do carro.

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