A traição

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Havia passado uma semana desde que Joaquim e eu tínhamos ficado juntos na minha casa, e após isso não falamos mais no assunto, porém toda vez que voltava da sessão, Joaquim fazia questão de me levar para casa e para se despedir com um selinho. Numa quarta-feira, estava voltando da escola, e decidi ir a pé, o que levaria uns 25 minutos até minha casa, pois eu queria pensar um pouco sem interrupções de nada, além do mais, naquele dia meu pai voltaria de viajem e não estava nenhum pouco no clima de recepção. Depois de 10 minutos caminhando, eu percebi que um carro estava meio que seguindo, achei que era coisa da minha cabeça e continuei andar, entretanto o carro parecia insistir e mostrar-me que quem estava dentro dele queria que eu percebesse. Logo resolvi pedir um uber ali mesmo, no meio da rua, então abri o aplicativo e pedi um carro, que chegou em menos de 5 minutos.
   Cheguei em casa e percebi que aquele motorista que me seguia não estava mais por perto, então entrei rápido em casa e fui logo em direção ao quarto dos meus pais mas naquele dia as coisas estavam diferentes, a porta estava entreaberta e tinha roupas pelo chão, em um segundo pensei em voltar para sala, porque poderiam ser meus pais tendo um reencontro quente, porém a curiosidade bateu mais forte e dei uma espiadinha e nesse minuto ouvi a porta da frente de casa bater, então sai e fui até a sala e percebi que quem entrava era meu pai
Pai: Oi filha linda! Que saudade...
Sabrina: Pai?
Achei muito esquisito, pois então quem estaria no quarto deles?
Pai: Ué, parece estar assustada? Não reconhece mais teu pai?
Ele me deu um abraço apertado e foi em direção ao quarto dele, acho que estava procurando a minha mãe e minha reação foi tentar impedir que ele fosse mas foi em vão, ele ouviu os barulhos que estavam aparentes que eram gemidos, fazendo-o abrir a porta entreaberta do quarto com força revelando o que eu nunca imaginei... minha mãe estava traindo meu pai dentro de casa. Meu pai começou a gritar, minha mãe começou a se vestir e pedir para que ele se acalmasse, começando a maior confusão.
   Duas horas após toda aquela discussão, meus pais estavam um pouco menos exaltados. Minha mãe chorava no sofá e meu pai arrumando todas as coisas dela dentro de malas e mochilas. Eu não sabia muito o que fazer, estava meio confusa.
Sabrina: Mãe... o que você estava pensando? Trazer um homem justamente no dia que papai volta para casa?
Mãe: Como assim Sabrina?
Sabrina: Já tinha percebido que algo estava acontecendo. Eu sei que não somos muito próximas mas você sempre me buscava na escola, estava em casa na hora do jantar mas desde que o papai viajou você não para mais em casa, sai cedo e volta tarde, eu já estava desconfiando...
Mãe: Oh minha filha, me perdoa te submeter a uma situação dessas. Eu nunca imaginei que o Alan passaria aqui hoje, só que eu me deixei levar pelo calor do momento!
Sabrina: Tudo bem mãe, você não é nem a primeira nem a ultima que trai um marido mas acho que você poderia ter me dito que estava saindo com outro alguém!
Mãe: E o que isso iria mudar nessa situação? Teu pai já descobriu tudo... mas não me tira da cabeça que ele também já me traiu nessas idas a viagens de trabalho
Sabrina: Eu poderia ter impedido de que ele descobrisse agora... Mãe, eu te amo e amo o papai, não quero que vocês briguem!
Mãe: Filha, me desculpa?
Sabrina: Eu não tenho que perdoar! Você sabe que já trai um alguém, o que não me orgulho mas sei como é essa sensação de perigo misturado com o tesão!
Nesse minuto meu pai sai do quarto e começa a gritar com minha mãe.
Pai: FLAVIA EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ PODE ME TRAIR ASSIM NA CARA DURA...
Mãe: Quem pode me provar que você nunca fez o mesmo que eu!
Pai: EU NUNCA FUI SUJO DESSA FORMA.
Sabrina: Por favor, parem de brigar! Vocês não precisam discutir sobre isso agora, já aconteceu, já foi...
Então me pai começou a ficar pouco mais calmo e parou de gritar.
Pai: Minha filha, vá ao seu quarto, já já vou lá para conversamos! No momento quero falar com a Flavia
Fui para meu quarto, sentei atrás da porta fechada e fiquei tentando ouvir o que eles diziam.
Pai: Flavia, vou seguir os conselhos da Sabrina. Não vou gritar, não vou te xingar e nem nada do gênero. Agora me explica, quando eu deixei de ter meu papel de marido com você? Eu te amo tanto...
Conseguia ouvir minha mãe chorando na sala, até que ela começou a sussurrar para meu pai
Mãe: Meu Deus, como você consegue ser tão sínico?
Pai: O que?
Mãe: Eu não entendo você. Faz anos que você não me procura como mulher, não me da um mínimo de atenção, só pensa nessas viagens que eu nem sei porque são tantas. A gente não conversa mais...
Pai: Eu achei que você não precisasse todo esse carinho, até porque somos um casal que tem filha e uma rotina!
Mãe: Então... mas ninguém mantém um relacionamento sem amor!
Então consegui ouvir minha mãe andando pelo corredor, o que me fez levantar e sair correndo para a cama. Ela abriu a porta do meu quarto e me chamou para a sala... foi ali que percebi que as coisas nunca mais seriam como antes!

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