A outra

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   Vivian e eu cada vez nos tornamos mais inseparáveis, a gente ficava sempre uma na casa da outra até chegou o Natal, ela chamou minha mãe e eu para passarmos na casa dela, minha mãe aceitou pois não tinha muitos conhecidos e seria melhor que passar sozinha em casa e eu aceitei porque queria ficar próxima da Vivian... e do Thomás. Minha relação com ele estava indo bem, aquela sensação de paixão havia passado e sobrado apenas o tesão, pois a gente só se via para transar e depois íamos cada um para seu canto. No início eu havia ficado frustrada por conta dessa situação mas depois eu entendi que seria melhor assim.
Depois de tanto tempo eu recebi uma mensagem do Joaquim me desejando feliz Natal. Abri a mensagem e exclui direto, sem escrever nenhuma resposta, mas isso me deixou com um pouco de peso na consciência, porque mesmo que ele tenha sido um idiota comigo, continuava sendo Natal, uma data especial e magia.
A noite da ceia foi incrível, ficamos minha mãe, a mãe da Vivian, a Vivian e eu conversando a noite inteira. Por volta da 4h da manhã eu estava cansada, então decidi ir até a cozinha para pegar água, até que apareceu o Thomás, a pessoa que menos havia me dado atenção a noite toda, compreensível porque a Virginia estava com ele em todo os momentos.
Thomás: Feliz natal!
Sabrina: Feliz natal.
Thomás: O que tá fazendo?
Sabrina: Indo beber água.
Thomás: Desculpa.
Sabrina: O que?
Thomás: Não te dar atenção. Eu queria muito ficar ao seu lado mas não dá. Tem a Vivian e a Virginia, mas agora a Virginia foi embora e a Vivian ta conversando com a sua mãe.
Sabrina: Entendi, bom... então vou voltar.
Thomás: Calma! Quero lhe dar uma coisa.
Sabrina: O que?
Ele tirou do bolso uma caixinha, meu coração disparou.
Thomás: Quero que toda vez que você veja isso você lembre de mim.
Sabrina: O que é isso?
Thomás: Seu presente de Natal.
Sabrina: Thomás nem comprei nada para você!
Thomás: Tudo bem.
Ele abriu e era um conjunto de colar e brincos lindos de morrer. Eu agradeci e guardei na minha bolsa rápido para que ninguém visse. Dei um abraço dele e me virei para voltar para a sala porém ele me puxou pelo braço e me beijou. Houve uma explosão de borboletas no meu estômago mas tentei ser mais coerente possível, pois na situação que estávamos era o mais conveniente eu me afastar.
Sabrina: Tá louco?
Thomás: Desculpa!
Sabrina: Aqui não.
Thomás: Então vem aqui.
Ele me puxou para o lavado, fechou a porta e começou a me beijar loucamente. Esse menino tinha tanta pegada, muito mais que o Joaquim e nessa hora me veio todas as lembranças dele na mente, que fez eu me afastar do Thomás e sair do lavabo. Voltei para sala e sentei próximo da minha mãe e ele ficou sem entender nada.
   Ao decorrer da noite, Thomás ficou me mandando mensagens, até que a Vívian começou a perceber um incômodo meu a cada vez que o celular vibrava.
Vívian: Nossa, você e o Thomás não desgrudam desses celulares.
   Nesse mesmo instante fiquei tão vermelha que a mãe deles (Olivia) deve ter percebido algo.
Olívia: A Virgínia não quis ficar mais Thomás?
Thomás: Não mãe, ela precisou ir...
Olívia: E você Sabrina, namora?
Thomás: Ela não namora...
Todos olharam para ele ao mesmo tempo.
Vívian: Thomás a mamãe perguntou a Sabrina.
Olívia: Vívian pare, acredito que o Thomás esteja interessado na vida amorosa da Sabrina.
Sabrina: Não gente! Ele só disse por que eu já tinha dito a ele que não namoro não!
Vívian: Disse quando?
Eu estava cada vez mais enrolada.
Sabrina: É...é... es-esse dias... últimos dias!
Vívian: Sei!
Olívia: Deixa a Virgínia saber disso viu Sabrina.
Eu me levantei e sai da casa deles, eu me senti muito pressionada, como se eu fosse a culpada de algo.
Thomás: Para que isso mãe? A Virgínia não tem o por que ter ciúmes de nada. A Sabrina é apenas uma garota!
Olívia: Me desculpe filho!
Mãe: Me desculpem, a Sabrina é pouco sentimental. Obrigada pela noite! Vou atrás dela.
Olívia: Tudo bem, quem deve desculpas sou eu...
  

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