Capítulo 38

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Colocando um dos meus pés no chão, consegui descer da árvore em um leve pulo. Jackson estava me ajudando, segurando a minha mão. Ele havia terminado de descer primeiro do que eu. Conferindo se não havia ninguém, me guiou até o outro lado da rua e ao caminharmos um pouco mais para frente, avistei o seu carro parado embaixo de uma árvore.

Entrei e me sentei no banco do passageiro e ele ligou o carro, que logo entrou em movimento. Não sabia ao certo porque estava ali, concordando com essa loucura a atitude arriscada, mas estava.

— Não vai me dizer onde está me levando? — voltei a lhe cobrar uma explicação. Tinha esse direito. Afinal, estava saindo com um garoto a essa hora da noite e correndo o risco de ser pega.

— Já disse. É surpresa. — manteve o olhar na estrada, mas um sorriso esboçava em seus lábios.

— Mas é que...

— Shh... — me interrompeu, ainda sorrindo. — Sem mas. Sempre te deixo estar no controle de tudo, mas essa noite é a minha vez.

— Eu não fico no controle de tudo. Não sou controladora. — me defendi dessa acusação insolente.

— Você sabe que é. E esses é um dos atributos mais atraente em você. — elogiou com calma e delicadeza. O que estranhei.

Não disse mais nada. Por um lado ele tinha razão. Gostava de ter o controle da situação. Gostava de mandar e talvez isso pudesse ser uma qualidade e um defeito ao mesmo tempo.

O carro se afastou bem do centro da cidade. As árvores rodeavam a estrada. Jackson entrou em uma estrada um pouco escondida. Comecei a ficar ainda mais curiosa e espantosa, porque não sabia que existia aquela estrada e olha que já passei algumas vezes por aqui. Pensei em perguntar onde isso ia dar, mas ele não responderia.

Então, de repente, ele estacionou o carro em baixo de algumas árvores novamente e desceu. O que está acontecendo? Também desci, sem compreender basicamente... nada. Ele tinha consigo, uma toalha vermelha debaixo do braço.

— Vem comigo. — estendeu a mão para mim, com aquele sorriso que fazia com que não negasse nada. Segurei em sua mão e deixei que me levasse para onde quer que seja.

Subimos um pequeno morro com um mato tão pequeno, que se assemelhava a um gramado e assim parecia ser todo o terreno desse lugar. A noite estava bonita e eu me sentia bem. O medo de sermos vistos passou.

Assim que subimos, foi possível ver um extenso terreno plano e minha nossa! A lua estava no seu auge perfeito e as estrelas... elas estavam lindas! Nunca tinha visto uma noite tão bonita.

— Jackson, é lindo! — levei a mão nos lábios, deslumbrada com a beleza, com a combinação perfeita.

— Sabia que ia gostar. — seu olhar também estava admirando a beleza daquele céu incrível.

As estrelas seguiam por toda a parte do céu. A cada instante que meus olhos desfocavam de uma para olhar para a outra, tinha a sensação de que elas estavam piscando. A lua estava redonda e enorme, se tornando o centro daquele breu escuro e seguida pelas estrelas.

— Me acompanhe. — ele pediu e começou a andar, trilhando para o meio do terreno. Apenas o segui.

Jackson estendeu a toalha sobre o gramado e se sentou. Deu um tapinha ao lugar vazio do seu lado, me convidando a fazer o mesmo. E fiz. Tinha bastantes árvores, que estavam mais afastadas.

— Como conheceu esse lugar? Sempre pensei que já tinha conhecido tudo em Massburgys porque ela é uma cidade pequena. — quis saciar a minha curiosidade. Porque se tinha um lugar de encontro perfeito entre estrelas, a lua e o céu, era esse com certeza.

Um Romance Nos Anos 80Onde histórias criam vida. Descubra agora