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Iara

Acordei com minha cabeça doendo pra caralho. Olhei pro lado e Nandinho está pelado, dormindo como uma pedra.

Olhei para o meu corpo e também estou sem nenhuma peça de roupa.
Passei a mão na cabeça. Merda. Que dor.

Sentei na cama e depois de algum tempo senti mãos em volta da minha cintura.

— Bom dia — Nandinho disse com a voz rouca.

— Bom dia. — forcei um sorriso.

Não me arrependo do que fiz. Ele é bom de cama. Mas não consegui parar de pensar no Ícaro em nenhum momento.
E não gosto de fazer as pessoas de idiotas. Não gosto de machucar as pessoas.
Não quero iludir ele. Ou me envolver e usá-lo para esquecer o Ícaro.

— Você está bem? — ele fez uma pausa — Eu... você se arrependeu?

— Não — suspirei — Eu queria. E gostei muito — ele me olhou esperando que eu continuasse — Mas, eu gosto do Ícaro. E não quero te usar.

— Que bom que tu é sincera — Sorriu sem mostrar os dentes — Sempre tive interesse em tu, mesmo considerando pra caralho o Ícaro. Mas acho que se tu gosta dele. Sei lá, tenta se resolver.

— É... — fechei os olhos — Vou ver isso.

— Tá.

[...]

Nandinho me convenceu a tomar o café da manhã com ele.
Conversamos e ele é um cara legal.

Quando estávamos terminando de lavar a louça. Alguém bateu na porta. Bateu não. Espancou.

Nandinho foi até lá e eu fiquei encostada na porta esperando para ver quem era.
E se você pensou em Ícaro, você acertou.

Ele atravessou a porta como um louco e seus olhos pararam nos meus.

— Então é isso? — disse com os braços abertos olhando para mim e depois para Nandinho.

— Tu queria comer minha mulher nem? Seu cafajeste — Ícaro não esperou e deu um soco no Nandinho que se segurou no sofá para não cair.

— Tua mulher uma ova Ícaro. Não sou tua mulher desde que tu comeu a Tiffany — ou deixou ela te fazer um boquete, sei lá.

— Porra Iara. Para com isso. Eu te amo. — ignorei as palavras dele e fui até Nandinho para o ajudar.

— Ama porra nenhuma.

— Cara, larga ele, merda — tentou me separar de Nandinho — Puta que pariu. Tá parecendo que tu que me traiu primeiro. Devia estar dando pra esse viado bem antes do nosso término.

Larguei o Nandinho.
Me aproximei do Ícaro.
Com toda força que tenho, dei um tapa na cara dele.
E Aproximei meu rosto do seu.

— Pensa o que tu quiser. Mas me esquece. Me deixa em paz. E o único viado aqui é você.

Depois dessas palavras saí andando para fora da casa. Mas antes de atravessar a porta Ícaro segurou meu braço.
Não mês virei para ele. Mas ouvi o seu "Me perdoa".
Puxei meu braço com força me livrando do seu aperto e segui meu caminho.

[...]

Quando cheguei em casa. Vi uma cena que me fez sorrir.
Gui e Vivi. Quase se beijando. Mas adivinhem? Minha chegada os interrompeu.

— Me perdoem. Podem continuar — falei contendo uma risada e saí correndo.

Já no meu quarto meu sorriso se desfez. Quando lembrei do idiota do Ícaro.

Que idiota.
Canalha.
Filho da puta.

Como ele pode pensar que eu traí? Com o Nandinho?

E pior!
Porque eu ainda o amo?! Mesmo depois de se mostrar um puta de um idiota eu ainda o amo.

Continua...

Eu, Você e o MorroTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang