Todos viraram-se para ver o que estava acontecendo e viram um caminhão passar por trás das fileiras em alta velocidade, atropelando barris de ferro e muitas outras coisas pelo caminho. Guardas começaram a atirar no veículo, mas aqueles dardos eram inúteis. Enquanto o caminhão corria, Nancy ouviu o motorista gritar com raiva lá de dentro e reconheceu a voz. Jorge.
O caminhão seguiu rapidamente até atingir um helicóptero. Os vidros se quebraram e a aeronave tombou de lado. A hélice ainda girava, o que fez destroços e poeira serem jogados quando entraram em contato com o chão. Para se protegerem, todos se jogaram no chão. Ainda assim, alguns guardas foram atingidos.
Aquilo havia sido o início de um motim.
As pessoas do Braço Direito começavam a lutar contra os guardas. Alguns recuperavam rifles confiscados, outros usavam os punhos. Ava e Teresa foram escoltadas pelos guardas e por Janson até o Berg no meio da confusão. Nancy acabara de se levantar, ainda um pouco confusa. Aquele soco no olho ainda lhe deixava tonta. Percebeu que seus amigos já tinham se dispersado e quando se virou de costas, deparou-se com um guarda.
- Parada aí! - ele exclamou, carregando o Lança-Granadas. - Larga isso, garota!
Nancy pensou rápido e de certa forma, acabou obedecendo a ordem jogando a bomba atrás dele, no meio do grupo de guardas. Depois, saiu correndo enquanto gritava:
- TODOS, PRO CHÃO!
Ela se jogou no chão, já distante dos guardas e apertou o botão, cobrindo a cabeça com os braços logo depois. Uma enorme explosão surgiu atrás de Nancy e mesmo cobrindo o rosto, pôde ver o clarão provocado. Seu ouvido zumbiu, o que lhe deixava apenas mais tonta e confusa, mas precisava agir rápido.
Ava e Teresa já estavam dentro do Berg, Jorge acabara de sair do caminhão para ajudar como podia e Nancy viu tudo isso completamente perdida, sem saber o que fazer, mas mesmo assim, se levantou e procurou por alguma arma. Achou uma pistola abandonada no meio da confusão e a pegou.
Thomas se arrastava enquanto tentava se levantar, a mais ou menos quinze metros de Nancy, provavelmente experimentando dos mesmos sintomas que ela experimentou depois da explosão. Quando apoiou-se nas mãos, Janson apareceu na fumaça e estapeou o seu rosto, fazendo-o virar e soltar um grito.
Janson pisou no ombro dele, causando-lhe dor e impedindo que Thomas fugisse. Ele gritou novamente e tentou se debater, mas aquilo só fez com que sentisse mais dor. Thomas sentiu lágrimas escorrerem pelo seu rosto novamente, não queria morrer ali.
- Que desperdício. - Janson murmurou, destravando a pistola e apontando-a para a cabeça de Thomas.
Thomas ouviu um tiro e um gemido estava tão assustado que só depois que se arrastou para trás, viu que a vítima havia sido Janson. O homem cambaleou para trás e agarrou o ombro esquerdo. Thomas continuou se arrastando até esbarrar nas pernas de alguém e quando virou-se para ver quem era, o alívio inundou seu peito. Nancy.
Ela estava ofegante e provavelmente, meio tonta, mas pelo menos havia salvado o amigo. Ele voltou o olhar para Janson que olhava para a mão ensanguentada por causa do ferimento que Nancy causara. A bala não havia atravessado o ombro dele, tinha sido de raspão.
- Parece que vai ter voltar para o treinamento, Nancy. - Janson zombou, rindo de forma irônica.
- Será? - ela respondeu no mesmo tom, erguendo a pistola na direção do homem. - Já se perguntou que eu poderia ter acertado se não tivesse me espancado antes?
- Deixe-me dizer algo sobre os meus filhos. - ele voltou um olhar frio para Nancy. - Nunca me importei com os seus irmãos porque eles não têm o mesmo potencial que você, mas posso começar a te desprezar também.
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A Reason To Keep Fighting《 MR: The Scorch Trials Fanfic 》
Fanfiction[2/4] ▪ [CONCLUÍDA] Depois dos altos e baixos no Labirinto, Nancy e os clareanos são levados à uma base militar que diz protegê-los do CRUEL. Isso deveria ser algo que todos engoliriam de bom grado, mas Nancy e Thomas desconfiam de que há algo errad...