ᴘʀᴏʟᴏɢᴏ - ʟᴀsᴛ

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[🌙]









— Você está pronto? — as mãos de Seoho pousaram sobre seus ombros, afagando-os carinhosamente e o seu reflexo surgindo no espelho, deixando visível a diferença de alturas.

Impecável, como sempre. Pensou. Mas a rápida lembrança de seu melhor amigo, após beber todas e dando trabalho aos outros convidados no fim daquela noite o fizera rir, uma boa descontração para quem estava uma pilha de nervos.

— Sim. — murmurou, respirando fundo em seguida. Precisava.

O Lee virou-o para si, abraçando-o.

Hwanwoong envolveu-o com seus braços, sentindo-se e permitindo-se relaxar, efeito que apenas duas pessoas causavam em si.

— Vamos logo, estou ansioso! — resmungou, tendo suas bochechas apertadas pelo mais velho.

— A noiva sempre chega atrasada.

— Ya! Pare com isso.

Na escada, vários funcionários lhe sorriam com os olhos brilhando. Apenas três dias naquela casa foram o suficiente para encantar a todos e o Yeo agradecia pelo esforço de cada um.

Mas eu não tinha ideia de como tudo estava a ponto de desmoronar.

— Tem certeza que quer entrar sozinho? — Seoho indagou, sendo o primeiro a notar que algo estava errado.

Woong apenas confirmou, vendo-o entrar pela lateral da pequena mas aconchegante capela. Caminhou de um lado para o outro antes de assustar-se com o barulho da porta pesada sendo aberta.

Posicionou-se como já havia ensaiado e quando aquela melodia acústica no violino iniciou-se, adentrou a passos lentos e curtos. E realmente havia algo errado.

Os convidados que lhe aguardavam, o observavam em espectativa mas não da forma como deveriam ou ao menos esperava. Mas ao olhar para o altar onde ele deveria estar, surpreendeu-se.

A música fora interrompida e Seoho correu até o melhor amigo, puxando-o para próximo de onde encontravam-se seus pais que não estavam tão diferentes dos outros. Notara que o Lee tinha o olhar perdido, como se de alguma forma buscasse forças para fazer o que deveria.

Woong estava confuso e apreensivo.

— Acabo de receber isso. — estendeu-lhe um pequeno pedaço de papel. Aquele maldito pedaço de papel.

Seu coração lhe gritava para que não o fizesse, mas já era tarde e desejava ter obedecido aos seus sentidos quando a bonita mas torta caligrafia fora lida por seus olhos.

Precisara apoiar-se no amigo ao ter aquela sensação de perder o chão. Encontrava-se sem reação, sentimentos confusos e até então estranhos para si, misturavam-se. Em sua mente passavam diversos pensamentos mas não saberia distinguí-los ou explicá-los, e de fato, não existiam um porquê para fazê-lo.

Seoho não sabia o que fazer, estava tão abalado quanto o menor mas precisava ser forte, precisava tomar conta das rédeas pois o Yeo estava em estado de choque.

Percorreu o olhar pelo local, todos observavam a cena também confusos e sem saber o que estava acontecendo.

— O casamento está cancelado.

O silêncio após o desastre.

Aos poucos as vozes transformaram-se em um verdadeiro bate boca. Olhares de pena eram lançados a mim, cada vez me sentindo minúsculo nos braços do meu melhor amigo mas ali, dentre a primeira fila de convidados, estava ela, com um sorriso lacivo e que me fizera arrepiar.

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