desejos

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                            "Morrer não é nada, horrível é não viver." ~ Victor Hugo
 

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  Quando o sinal toca, anunciando o término das aulas, sinto meu corpo inteiro começar a suar. Ainda não encontrei os meus pais depois de tê-los deixados sozinhos com Yeri, e tenho a absoluta certeza de que eles não vão me deixar sair impune dessa.

  Guardo o material e passo por Taehyung, observando-o pelo canto do olho. Yoona tenta conversar com ele, que por sua vez a ignora, situação que vem se repetindo todos os dias. Me pergunto o que o impede de terminar com ela de uma vez...?

  Taehyung vê que eu o estou observando e me lança um sorriso com o canto da boca, aquele ar levemente arrogante que ele tem quando quer alguma coisa. Desvio o olhar vermelho, fingindo que nada aconteceu, mas Jimin olha para mim, rindo.

  — Eu percebi o que rolou. — ele me cutuca, provocante, Yoongi e Namjoon nos seguindo, quietos. — Se você quer a minha opinião, acho que ele também está afim de você.

  Não me diga.

  — Não seja idiota. Ele namora a Yoona. — desconverso, tentando parecer nem um pouco interessado naquele assunto.

  — Bom, isso é... — ele para e pensa, o cenho franzido. — mas eu vi o jeito com que ele te olhou. Não me lembro de já tê-lo visto olhá-la daquele jeito, com tanto... — ele para e me encara, os lábios lentamente curvando-se em um sorriso malicioso. — desejo.

  Reviro os olhos e dou um chute em sua canela, de modo que Jimin precisa ser carregado nas costas de Yoongi até sua casa, que é ao lado do de fios negros. Tenho a leve impressão de que é mais drama do que dor.

  — Tchau! — Jimin se despede de mim e de Namjoon, abraçado ao pescoço de Yoon, que vira-se rabugento, sem sequer se despedir de nós, reclamando o quanto o loiro é pesado.

  Rio e aceno, virando-me na direção contrária a deles, ao dele de Nam, que está calado, como sempre. A quietude me permite refletir um pouco sobre o que Jimin disse, e sinto um arrepio passar por todo o meu corpo. Taehyung sentia... desejo por mim? Será que ele também pensava no meu corpo tanto quanto eu vinha pensando no dele?

  Mordo os lábios, tentando esconder o sorriso que insiste em escapar-me desses. Só de pensar nessa possibilidade, eu já sinto meu...

  — Até amanhã. — Namjoon interrompe os meus pensamentos impuros, virando-se em direção à sua rua.

  — Até! — viro-me e continuo caminhando, tentando ignorar tudo o que está acontecendo no meu corpo nesse exato momento, quando Nam chama-me de repente:

  — Jeongguk? — ele vira-se para mim, de maneira brusca, como se tivesse o ímpeto de fazer isso, e então desvia o olhar, a postura nervosa de sempre ainda mais nervosa. — Posso... te perguntar uma coisa?

  Assinto, cuidadoso, já imaginando se tratar de Taehyung ou algo parecido.

  — Você acha... — ele pigarreia, desviando o olhar, as bochechas morenas adquirindo um leve tom rosado. — Quero dizer, você já pensou se o Jimin... se ele é... quero dizer, hum...

  Ele hesita e eu franzo o cenho, confuso. Namjoon percebe que eu não entendi e respira fundo, soltando de uma só vez: — VocêachaqueoJimingostadegarotos?

  A pergunta me pega de surpresa, e meu cenho se franze ainda mais. Quando paro para pensar naquela possibilidade, minha primeira reação é rir, porque eu nunca pensaria em uma coisa dessas. Por Deus, se Namjoon ouvisse o que eu já vi quando sobre mulheres da boca de Park Jimin quando tínhamos treze anos...

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