II. VIII. Fantasmas Das Escolhas

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Colocar alguém a frente de si mesmo, essa é uma forma estranha de amar, mas é a minha forma de amar.

Eu queria ajudar o máximo possível, quanto mais rápido as coisas pudessem ser resolvidas em Suna, mais rápido eu poderia resolver minha situação com a Sakura.

Eu sempre ficava ansioso quando pensava sobre isso, ultimamente eu vivia ansioso por conta dela. Os bons sentimentos me faziam sentir tal coisa, uma hora eu teria de me acostumar com isso.

Eu me recusava a acreditar na ideia que me passou pela cabeça, mas eu teria que falar com o Naruto. Aquele cabeça oca já tinha até mesmo se casado, então ele deveria saber mais sobre os relacionamentos do que eu.

Com certeza ele sabe mais sobre isso do que eu, era ridículo eu estar precisando da ajuda daquele idiota agora. Eu mal podia acreditar nisso, como as coisas ficaram desse jeito?

O s relacionamentos eram difíceis, ainda mais quando eu não tive nem tempo de aprender como lidar com mulheres. Meu pai que teria que me ensinar tal coisa, mas pelo que eu me lembro, ele sempre foi muito reservado até mesmo com a família.

Então acho que não tenho como ter referências românticas a seguir, não tenho muita ideia de como agir. Eu não poderia simplesmente perguntar para a Sakura, ela também deveria ser tão inexperiente quanto eu.

Eu me encontrava em uma verdadeira sinuca de bico, e esses sentimentos aflorados sempre me faziam sentir como um adolescente na presença dela. Tinha se tornado impossível não reparar em cada detalhe, em cada parte delas, em cada uma das suas expressões.

Céus, o que estou me tornando? Me sinto como o Kakashi, fascinado por aqueles livros ridículos. Talvez não tão ridículos agora, mas quase isso.

Tenho que focar, estou quase lá. Mais alguns passos e estarei frente a frente com Akira novamente, tudo poderia ser esclarecido e possivelmente eu iria obter algumas respostas.

A casinha que servia de esconderijo para eles já estava no meu campo de visão, pude ver Akihiko correndo na varanda, estava perseguindo uma borboleta com um sorriso de orelha a orelha.

Achar Akira não foi uma tarefa tão difícil, acho que difícil foi a situação em que eu a encontrei. Parecia machucada, ainda tentando cuidar do irmão e do avô e me deixando com um questionamento.

O que quer que esteja acontecendo, porque não procurou a ajuda que tínhamos oferecido assim que deixamos esse lugar?

Ela não tinha notado minha presença, estava distraída observando o irmão.

— O que está acontecendo? — Perguntei enquanto analisava toda a situação a minha frente, era óbvio que alguém voltou a importuná-la.

— Oh, Sasuke-san! — Ela disse colocando a mão sobre o peito, se recuperando do susto.

Sakura também odiava essa minha mania de chegar nos lugares sem nem ao menos dar um sinal, ela se assustava no começo, mas com um certo tempo de convivência ela já tinha se acostumado.

Akira me olhava de uma forma muito estranha, não entendendo o que eu fazia ali ou buscava. Eu estava perdendo alguma coisa ali, estava deixando algo passar.

— Sasuke-san! — Akihiko me notou ali, seus pequenos olhos brilharam buscando por algo atrás de mim, talvez alguém. — Onde está a Sakura-chan?

— Está resolvendo alguns problemas. — Me obriguei a responder, Sakura me mataria se soubesse que agi de uma forma muito fria com essa criança.

Eu já poderia imaginar ela de braços cruzados, batendo o pé e me olhando com uma expressão séria, como se estivesse dizendo "eu não acredito que fez isso".

O Retorno do UchihaWhere stories live. Discover now