III. IV. Doçura

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Lua de mel... Mesmo que já tenhamos ficando juntos, aquilo ainda me deixava nervoso. Muito nervoso mesmo. Sakura não tinha falado sobre o assunto depois do casamento, estava estranhamente silenciosa e aquilo me incomodava a níveis alarmantes. Ela estava desconfortável?

Minha casa já não era desconhecida pra ela, mas mesmo depois do que aconteceu entre nós, ela insistia em dormimos em quartos separados. O que na minha cabeça não fazia muito sentido, já tínhamos ido até os finalmentes, o que havia de mal em dormimos juntos?

— É... Bom... Posso levar isso para o nosso quarto? — Perguntei, colocando as coisas dela no chão por um momento.

Ela não tinha tantas coisas, o que facilitou tudo depois que todos foram embora da cerimônia, pegamos suas coisas e estamos aqui, na nossa casa.

Ela não respondeu, talvez perdida em pensamentos, me deixando confuso e ligeiramente desconfortável. O que há com ela?

Por mais que eu tenha esperado por sua resposta, ela ainda se manteve em silêncio, então eu apenas segui para o quarto. Então coloquei suas coisas num cantinho próximo ao guarda-roupa, eu estava ficando cada vez mais inquieto.

Eu precisava de um banho, daqueles bem gelados.

Quando eu estava em missão, sabia exatamente o que fazer, como agir, até mesmo me movimentar perto de um inimigo. Mas com a Sakura... com todos esses sentimentos, eu nunca sabia o que fazer, além de dar espaço a ela. Amor, ansiedade, nervosismo, excitação, impaciência, é estranho ter que lidar com isso tudo. E aquele serzinho estranhamente irritante e amoroso de cabelo rosa despertava tudo isso em mim.

Estava tão imerso em pensamentos que não notei ela entrando no chuveiro comigo, abraçando-me por trás e beijando minhas costas. Sentindo-a contra mim e seus cabelos já molhados roçando na minha pele, eu suspirei.

— Você está bem? — Perguntei, me virando em sua direção.

Vendo sua pele desnuda, me deixando à flor da pele, acariciei sua bochecha.

— Você é realmente meu, não é? Companheiro, parceiro, marido... — Ela me perguntou com seus olhinhos redondos ligados aos meus.

— Sim. — Vi ela sorrir, antes de me abraçar.

E logo depois de um longo banho, com carinhos singelos e beijos sem intenções, vejo ela observar o quarto, passando a mão levemente sobre os móveis. Se acostumando com sua nova morada quando voltássemos a Konoha, mas ainda assim, parecia nervosa.

Depois dessa primeira noite, já que nos prenderam naquela comemoração pelo nosso casamento até tarde da noite, amanhã estaremos na estrada e seguindo para a mesma pousada que ela amou ir comigo alguns meses atrás. Dessa vez numa situação completamente diferente, apenas comemorando a nossa união, então voltaríamos antes que eu partisse outra vez por algum tempo. Idas e vindas, mesmo que eu achasse que aquela vida não era boa o suficiente para ela, a mesma me garantiu que algo assim jamais diminuiria o amor que sentia. Mesmo não demonstrando, meu coração quase saltou do beijo naquele momento. Ela é completamente linda, pura e uma mulher incrivelmente compreensiva.

Eu não posso ficar esperando-a tomar atitude de novo, a primeira vez foi pela insistência dela e agradeço por ela ter sido tão teimosa naquela noite.

Haja como homem, mesmo com um pensamento meio machista, aquilo foi o suficiente para eu chamá-la depois que me sentei na cama.

— Sakura. — Ela olhou pra mim, quase como se estivesse um pouco de interrogação acima da cabeça, antes de caminhar na minha direção. — O que há?

O Retorno do UchihaWhere stories live. Discover now