capítulo oito - segunda-feira

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OI OI! não sei quando esse capítulo vai sair mas bom, aqui estou eu pra falar com vocês! a fic aqui tendo muita visibilidade, o que me deixa muito feliz, e no twitter a au também tendo muita visibilidade, o que me deixa mais feliz ainda! eu queria agradecer a vocês que estão lendo sabe? meio que eu postei aqui esperando que literalmente nenhuma alma viva visse, mas bom, vocês viram! e eu quero criar um nome pros meus leitores! sugestões? enfim, foi isso, aproveitem a leitura e cometem porque eu adoro ver vocês surtar!
GENTE VEM CÁ, COMO ASSIM JA TEM 1K DE VIEW??? QUANDO ISSO ROLOU? ok eu surtando amo vcs e muito, MUITO, obrigada por isso

°☆°

JULIE'S POV

A maltida insuportável da segunda-feira havia chegado e parece que o meu incrível final de semana na casa dos meninos foi completamente anulado por duas aulas seguidas de teatro. As audições só iam começar na quarta, e claro, iam ser com sua dupla de semestre pro papel que ambas queriam. Eu ia, depois de conversar muito com o meu pai sobre isso, tentar o papel pra Júlia. Eu queria arriscar, quem sabe, e eu já tinha algumas músicas originais guardadas na caixa dos sonhos e talvez isso me ajudasse. E Luke, claro que sim, iria tentar o papel pra Lucas, um dos pares românticos da personagem principal e meu Deus do céu esse triângulo amoroso vai ser a coisa mais insuportável do mundo caso eu ganhe o papel. Eu não teria muitas concorrentes pro papel de Júlia já que nossa professora deixou bem claro que no nosso remake a personagem ia cantar muito, e bom, nem todo mundo tem coragem de cantar em público. Não que eu tenha, já que desde da morte da mamãe eu fiquei com um bloqueio gravíssimo pra tocar piano ou fazer qualquer coisa relacionado a música porque me lembrava ela. Tudo bem, já faz muito tempo, mas praticamente todas as minhas memórias afetivas com a mamãe são quando cantávamos juntas. Quando eu toquei minha primeira música no piano, aos 12, um ano antes da pior tragédia da minha vida acontecer e tudo desandar. Ai eu me tornei a pré adolescente perturbada que tinha um grande poder vocal, mas que ficou tão perdida após a morte da mãe que não conseguia cantar. E realmente eu não consigo. Não é falta de vontade entende? É mais medo. Em todas as apresentações da escola em que eu já cantei ou performei, mamãe estava lá, ela sempre esteve lá, me dizendo que eu conseguia e que nenhuma nota era alta demais pra voz incrível de Julie Molina. Ela tinha muito orgulho de mim, ela me amava, sei que ainda me ama, mas sinto falta dela aqui. As vezes eu só queria ela aqui, por mais uma noite sabe? Só um, aqui.

- Se você não responder a professora vai te dar falta - Luke fala baixo no meu ouvido enquanto me dá um beliscão leve no ante braço pra chamar minha atenção e só agora eu percebo que a professora Layla estava fazendo a chamada e já tinha chamado meu nome duas vezes

- Julie Molina? - ela pergunta novamente, com toda a sua falta de paciência eminente no tom de voz agudo

- Presente! - digo rápido realmente com medo de levar falta. Não tinha importância se as aulas de musicalização eram opcionais, ainda contavam ponto na nota final e eu precisava de todos eles pra não perder

- Onde você estava? Porque tipo, sua mente viajou agora - Luke pergunta enquanto se estica na cadeira como se ali fosse sua casa, e me olha curioso, ou entretido, com o seu sorriso de canto de boca enquanto eu apenas reviro os olhos

- Tava pensando numas coisas ai. Essas duas aulas de teatro seguidas me destruíram - digo claramente cansada esfregando os olhos fechados com a ponta dos dedos indicadores enquanto Luke não moveu um músculo pra me responder

- Tô vendo. Porque você não relaxa um pouco hein? As audições são só na quarta e eu tenho certeza de que com uma dupla como eu, você já ganhou esse papel - ele começa com um tom preocupado que ao decorrer da sua fala muda de tom pra um falso convencimento que me arranca um riso leve. Luke sempre tem esse jeito meio cínico, mas divertido, o que faz com que quase tudo o que ele diga se torne ou engraçado, ou mórbido forte o suficiente pra fazer você rir do mesmo jeito. Ele era excêntrico, o oposto de mim, o que me faz lembrar na conversa que eu tive com Flynn antes dela me deixar em casa ontem de manhã. Conversamos sobre onde eu tinha ido com o Luke no sábado e porque estávamos tão próximos. Ela disse que eu tentava me convencer que era tudo amizade, que ele estava agindo por conveniência, só pra conseguirmos trabalhar melhor até o fim do ano. Mas sinceramente? Nem a Flynn ou até mesmo eu acredito mais nisso. Pelo menos eu não queria acreditar sabe? No início era mais fácil, eu podia tentar ser "amiga" dele, ou pelo menos tentar conviver já que ambos queriam a mesma coisa, mas esses poucos dias que eu passei com ele foram melhores do que os 3 meses que eu passei agarrada ao pé de Nick achando que a minha vida dependia disso. Eu era tola, tudo bem, mas aquele filho da puta me fez acreditar que ninguém ia ser capaz de me amar, que eu era frágil emocionalmente falando, que ninguém ia ter paciência pra lidar com as minhas crises e que eu ia morrer sozinha. Mas com Luke, eu senti o oposto, o oposto disso tudo. Era como se eu pudesse sentir um calor nascer no meu peito, uma florzinha brotar no meu coração e as borboletas do meu estômago a tanto tempo adormecidas fizessem a festa só com um simples toque de mão ou uma surrada no ouvido. Com Luke tudo parecia fácil, prático, simples. Ele fazia todas as coisas que eu tinha transformado impossíveis e inalcançáveis, reais. Sonhos virando realidade, era assim que Luke fazia as coisas parecerem ser. Era tudo tão, mágico

- São na quarta mas a gente nem ensaiou ainda - digo me desligando de todos aqueles pensamentos auto destrutíveis pra focar minha atenção no rapaz de cabelos escuros que ainda mantinha os olhos fixos em mim, como se quisesse analisar meus mínimos segredos. Eu não gosto que as pessoas vejam, ou pelo menos tentem ver, meu interior. Mostrar sua alma pra alguém é pior do que ficar nu. A alma é a sua identidade verdadeira, seu passaporte pro destino final. Por isso, desvio o olhar daqueles olhos vivos e fortes, com uma leve pitada de verde que o tornava assustador. Não que ele me assustasse, mas ainda assim evitar contanto visual por enquanto era bom. Eu estava confusa demais

- E quem precisa de ensaio Jules, quando se tem você e essa voz incrível! - ele exclama baixo enquanto eu desconcenteo minha atenção da professora pra tentar organizar a última frase que eu ouvi. O apelido doce que só a Flynn, o papai ou pessoas bem próximas me chamavam, que eu amava, e assim que eu ouvi ele falar ficou tão fofo, mas ainda era estranho. Ele sempre me chamava de "molina" ou "little julie" o que me irritava bastante já que nossa diferença de altura nem era tão grande. Isso era um passo novo. E segundo, "voz incrível"? Desde quando Luke me elogia, ainda mais pela minha voz? Óbvio que ele já me ouviu cantar igual a toda nessa escola, mas ainda assim ele nunca tinha dirigido um elogio de verdade a mim por conta disso. E bom, lá estava ele, Luke fucking Patterson sendo totalmente imprevisível outra vez. E a cada momento eu tinha mais medo ainda da minha caixinha de pandora em descobrimento que só faltava explodir

- Ok, mas, obrigada? Você nunca me elogiou desse jeito então meio que o incentivo moral tá contando - digo brincalhona pra tentar não parecer tão óbvio a confusão mental que eu me encontrava no meu tom de voz já que eu ainda não havia me atrevido a olhar pra ele

- Bom, se isso vai fazer você cantar de novo, eu não vou me importar nem um pouco de repetir isso. Estava com saudade da sua voz de anjo, little Julie - ele diz bem, mais beem perto do meu ouvido o que faz sua voz sair baixa, rouca e arrastada, pra que só eu naquela sala de aula barulhenta escute. Ok, talvez minha pressão tivesse descido e não, não foi pelo falo dele ter dito que sentia saudade da minha "voz de anjo". Puta que pariu ele realmente tinha falado "voz de anjo"? Me viro repentinamente e Luke já não está mais sentado do meu lado. Sle tinha, sumido? Talvez ido no banheiro. Ou ido pra casa. Só sei que agora eu vou ficar encucada com todos esses elogios repentinos e preocupação eminente. Talvez ele só estivesse puxando meu saco pras audições e depois ia voltar a agir como o babaca de sempre né? Eu, de verdade, espero que sim porque eu não quero ter que dar um fora nesse Luke que eu tô conhecendo agora. Ssse com certeza seria o pior dos "Não" que eu teria que dar pra alguém. Principalmente pra ele.

E isso porque eu não queria.

there you are! - [au juke] - em revisão!Where stories live. Discover now