capítulo doze - a melhor das nossas vidas

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JULIE'S POV

Saio de casa assim que escuto a buzina e vejo que hoje Luke não veio de moto. Não consigo segurar um sorriso pensando no motivo disso

- Prezando pela vida hoje Patterson? - brinco entrando no carro enquanto ele me recebe com um beijo estralado e eu fico sem reação. Era assim que íamos nos cumprimentar agora? Tinha mesmo ficado sério? Como, como, eu ia conseguir afastar algo assim? Nesse nível de intimidade? Puta merda, quando eu me deixei envolver tanto por algo tão pequeno

- O que foi? Você não quer que eu te receba assim? Muito cedo pra isso tudo? Invasivo demais? - ele dispara quando se afasta e percebe minha expressão tensa. Respiro fundo e tento transmitir um sorriso calmo, totalmente o oposto do que se passava na minha mente a milhão

- Não, não é nada. eu gosto que você me receba assim - digo calma e seguro seu rosto em minhas mãos pra deixar outro beijo só que dessa vez mais lento, e sinto seu corpo relaxar no banco quando eu deixo um selinho antes de olhar pra ele de novo. Eu tinha que aproveitar o máximo de tempo que eu ia ter com ele hoje e não ia desperdiçar com pequenos surtos sobre como eu era ou não recebida por ele

- Ok, então podemos ir? - ele pergunta sorrindo de orelha a orelha antes de me deixar outro selinho e eu assentir, me ajeitando no banco do passageiro e passando o cinto de segurança. O carro começou a andar um pouco e no rádio começou a tocar "Habit" do Louis Tomlinson, que pasmem, era um dos meus cantores favoritos da década. Solto um gritinho de animação e aumento o volume. Fecho os olhos e aproveito a batida da música quando escuto Luke cantarolar o refrão baixinho e batucar os dedos no volante acompanhando o ritmo. Um sorriso largo aparece no meu rosto ao observar a cena e começo a me perguntar se eu realmente ia conseguir me afastar daquilo, se eu ia conseguir me afastar dele, afastar ele. Mas eu tinha que fazer isso, era pra um bem maior e eu não podia, de jeito nenhum continuar a insistir num erro como esse. Isso era estúpido e só ia acabar machucando ambos. Respiro fundo e afasto todos aqueles pensamentos pesados demais pra meu corpo suportar e volto minha atenção ao garoto que cantava baixinho do meu lado. Eu precisava aproveitar isso, aproveitar o agora. Ele era meu agora, e não sei por quanto tempo continuaria sendo.

- Não sabia que conhecia o transmissor da palavra de Deus, vulgo Louis Tomlinson escritor da bíblia sonora mais aclamada do século! - brinco, porém nem tanto, e vejo seu sorriso aumentar antes de me olhar rápido e ver que eu também estava sorrindo

- É claro que eu conheço! Fui Larry shipper por no mínimo 5 anos - ele revela calmo e meus olhos se arregalam automaticamente. Ele era Larry shipper? Desde quando, em que mundo paralelo o cantor da Sunset Curve conhecia one direction e shippava um casal gay? Ok, talvez ele seja mais perfeito do que eu imagino, ou sei lá, isso aqui não é real. É, talvez essa reposta faça mais sentido

- Você também era directioner? Eu duvido! - provoco ainda assustada coma informação. E lá estava minha caixinha de pandora! Como eu ia sentir falta disso quando isso acabasse

- Sei o nome de todas as músicas que eles já lançaram em todos os 5 anos de carreira. Pode colocar no usb e conectar o celular. Reconheço pelo toque! - ele diz também animado apontando pro cabo usb conectado ao rádio do carro. Dou um sorriso de lado e conecto meu celular indo direto pra playlist completa que eu tinha com todos os álbuns da 1D. Eu realmente estava levando aquilo a sério

- Se você acertar o nome de todas as músicas que tem nessa playlist eu te pago um milk shake - aposto a mesma coisa que ele tinha me prometido ontem e vejo a ponta de sua boca subir e formar aquele sorriso malicioso que sempre aparecia antes de uma piada escrota ou coisa assim

- Eu aposto outra coisa - ele diz sugestivo e não consigo evitar que uma sobrancelha minha se arqueei em sua direção antes de revirar os olhos

- Tua cara nem treme né Patterson? - pergunto num tom divertido enquanto nego com a cabeça e ele apenas da risada. Talvez fosse mais difícil fugir de algo que sempre te puxa pra perto, como um imã. Era como se ele fosse uma âncora que me mantivesse firme no chão e eu fosse a corda. Uma corda frágil e desgastada que estava se rompendo. Era algo bem clichê se você para pra analisar mas ainda assim era o que fazia mais sentido. Ele era o meu clichê e eu juro que não me importava nem um pouco de ser clichê com ele, e só com ele. Mas talvez ele nunca soubesse disso se dependesse de mim

there you are! - [au juke] - em revisão!Where stories live. Discover now