7 Encontro duplo

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Dormir mega tranquila na minha primeira noite na casa de Sabrina. Não tive medo de fechar os olhos e pegar no sono, porque eu sabia que estava protegida ali. A sensação era impagável.

Ao pegar meu celular, vi as inúmeras chamadas de Henrique e as muitas mensagens que ele havia me enviado, grande parte delas era me chamando de vagabunda. Para o bem da minha saúde mental, bloquiei o número dele.

- Bom dia.- Sabrina disse quando me encontrou no corredor.- dormiu bem?

- Sim, muito bem.

- Que bom.

- Posso passar café pra gente?

- Claro, a casa é nossa.

Assenti e me encaminhei para a cozinha. Peguei o vidro que guardava o pó de café e o apoiei em cima da bancada da pia, em seguida apanhei o coador  e logo depois pus a água para ferver. Sabrina tinha uma cafeteira, mas prefiro café feito de modo tradicional.

Organizei os alimentos na mesa e me retirei para tomar banho, já que Sabrina acabara de sair do banho enrolada na toalha.

Era tão maravilhoso tomar banho com água quente pela manhã, parece que dava um gás para começar o dia bem. Me dei a liberdade de usar alguns produtos de Sabrina, meu cabelo necessitava de algo bom, pois o mesmo estava um verdadeiro bagaço.

- Espero que não se importe por eu ter usado seu shampoo e sua máscara .- falei envergonhada.- Juro que usei bem pouquinho.

- Pode usar, eu sempre compro muito produto para cabelo.

- Obrigada.

- De nada, já disse pra você ficar a vontade.

Fomos para o trabalho e chegamos rápido, o bairro de Sabrina não era tão distante como o que eu morava anteriormente. Esperamos por alguns minutos, Micaella chegar com a chave.

- Passou a noite bem?- minha chefe quis saber.

- Sim.

- Fico feliz e fico ainda mais tranquila por vocês terem se dado tão bem.

- Não tinha como a Débora não gostar de mim, sou um amor .- Sabrina brincou nos fazendo rir.

Entramos, trocamos de roupa e ajudamos Mica a organizar alguns potes da felicidade nas geladeiras da recepção.

A manhã estava sendo agitada, era um cliente atrás do outro sem nos dar tempo para uma pausa, mas não era de todo ruim, quanto mais dinheiro a loja fizesse, mais bonificação receberia e tudo o que estou precisando no momento é de grana.

- Vamos sair hoje a noite.- Sabrina me comunicou sem me dar chance de dizer se quero ir ou não.

- Amiga, sem ânimo pra sair, juro.- ergui meu braço mostrando que eu ainda me sentia meio desconfortável com as marcas.

- Débora, por favor, você vai gostar, não vai ter muitas pessoas, juro pra você.

- Você é insistente demais.

- Claro que sou.

- E chata também.

- Concordo,então, você vai?

- Sim, só porque disse que não tem muita gente .

- Dou a minha palavra de que não tem, gosta de comida japonesa?

- Não, quer dizer nunca comi.

- Pois essa noite você vai comer e vai adorar.

- Tá bom insistente.

Salvação// Pedro Guilherme✅Onde histórias criam vida. Descubra agora