28 quatro crianças

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Sabrina inventou que queria pintar as paredes da sala do apartamento. Tudo porque ela viu que está em alta fazer aqueles desenhos geométricos, em que as pessoas pintam de várias cores e fica pique casa de blogueira. Mas a minha coordenação motora é péssima pra esse tipo de atividade, mas Sabrina é uma geminiana insuportávelmente insistente, ela me ganhou no cansaço e acabei concordando com ela.

Quando saímos do trabalho no sábado, encontramos uma única loja de material de construção aberta, próximo ao nosso condomínio. Sabrina comprou dois baldes de tinta branca, mesmo eu falando que apenas um era mais que suficiente e corantes líquidos, um preto e outro vermelho, dois rolos de fita crepe, além do restante do material de pintura que fôssemos precisar, como pincel, rolo e duas bacias. Se ia dar bom, eu não estava confiante, mas Sabrina tinha certeza que sim.

Durante a noite, afastamos os móveis e toda a decoração de natal que já havíamos colocado, pintamos todas as paredes dom tinta branca, o chão ficou sujo pra caramba, dando um mega trabalho para limpar, só depois, minha amiga se tocou que deveríamos ter colocado jornal no chão.

Fomos dormir bem tarde e com a promessa de acordar cedo para dar tempo de fazer tudo. Porém, Pedro me convidou para almoçarmos juntos, falei pra ele da ideia de minha amiga sobre pintar a sala e ele se ofereceu para ajudar e é claro que eu aceitei, porque ele é alto e evitava de eu ficar me esticando toda, mesmo em cima de um banco que me dava mais alguns centímetros de altura.

- Bom dia amiga, acordei com bastante energia.- Sabrina esticou uma caneca de café em minha direção.

- Eu estou toda quebrada, só de subir e descer esse banco.- falei enquanto sentia dor no corpo, principalmente nas pernas .- ser sedentária é foda.

- Que nada, você se acostuma.

- Ah sim, com certeza vou me acostumar.

Tomei um café da manhã reforçado, pois não fazia ideia de quando íamos parar pra comer alguma coisa.

As paredes estavam secas, pronta para receber a fita. Sabrina fora fazer as misturas das tintas e eu fui fazer os desenhos na parede com a fita crepe. Que coisa trabalhosa, para minha sorte, não era preciso seguir um padrão ou fazer desenhos do mesmo tamanho, mas levei quase uma hora e meia para fazer os desenhos e ainda bem que era somente na parede destaque da sala.

- Você que chamou o Pedro?- Sabrina perguntou após voltar de ter atendido o telefone.

- Sim, nós íamos almoçar fora, mas eu disse que tinha uma parede pra pintar .

- Você cancelou o seu almoço pra me ajudar nessa bagunça?

- Claro, eu não ia deixar você fazer isso sozinha.

Antes que minha amiga falasse mais alguma coisa, a campainha tocou e ela foi atender.

- Você também veio?- ela questionou e pelo tom de voz, era alguém que a deixava feliz.

- Surpresa.- a outra pessoa disse empolgada.- Vim da uma mãozinha pra vocês.- Gerson entrou em meu campo de visão.

- Obrigada, estamos mesmo precisando de ajuda.- Falei descendo do banco que eu estava, para ir cumprimentar meu namorado e o outro jogador que abraçava minha amiga.

- Oi amor, parece cansada.- Pedro me abraçou, beijando meu rosto em seguida.

- Estou completamente quebrada, não tenho costume de fazer essas artes,mas agora estou empolgada.

- O que precisa agora?- Gerson questionou.

- Pintar as paredes do desenho, com as tintas cor de rosa e cinza.- Sabrina respondeu.- Assim, um desenho cor de rosa e outro cinza, até terminar a parede, entendeu?

Salvação// Pedro Guilherme✅Where stories live. Discover now