Capítulo 49

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Eu te amo, Bianca pensou mil vezes naquela noite. Houve outros pensamentos também, os quais ela nem se lembrava mais completamente já que foram interrompidos diversas vezes por suspiros e gemidos de prazer. O que ela se lembrava era perceber que amava tudo sobre Rafaella. Ela amava seu corpo, sua pele e o modo como ela segurou Bianca mais forte quando gozou pela primeira vez. Adorava a forma que Rafaella a tocava, com um misto de nervosismo e confiança.

Ela amava as mãos de Rafaella, seus dedos esguios e sua língua; definitivamente sua língua.

Bianca abriu a boca para falar; para dizer algo tipo: 'Você me matou.' Mas só conseguiu emitir um som incompreensível. Parecia que seu corpo estava igual gelatina, mas mais pesado; como se fosse uma gelatina de pedra. Sua mente parecia estar perdida. Ela conseguiu assimilar que os lençóis estavam úmidos embaixo dela, e notou também que já tinha amanhecido. Mas principalmente, percebia Rafaella. Percebia a boca de Rafaella deixando beijos em suas coxas... em seu quadril... em seu estômago.

"Pois não?" Disse Rafaella e Bianca pôde ouvir o sorriso em sua voz. "Você estava tentando dizer alguma coisa?"

Bianca tentou formular uma resposta apropriada, mas Rafaella deslizou sua coxa nua entre as pernas dela, e a sensação avassaladora de prazer enviou uma onda de choque por todo seu corpo, fazendo seus olhos revirarem involuntariamente. De repente a voz de Rafaella estava em seu ouvido, falando em suspiros ofegantes "Não vou durar nem cinco segundos se você continuar gemendo desse jeito."

O recado arrepiou Bianca da cabeça aos pés, embora ela não tivesse percebido que estava emitindo qualquer tipo de som. "Falar isso pra mim desse jeito só me dá vontade de gemer mais..."

Rafaella a respondeu a beijando avidamente, sua língua deslizando contra a dela, enquanto uma de suas mãos apertava firmemente o seio direito de Bianca. Alguns feixes de luz solar do dia recém-amanhecido brilhavam no rosto de Rafaella, fazendo Bianca notar que aquela não estava sendo a primeira, nem a segunda, nem a terceira, nem mesmo a quarta vez que elas faziam amor de ontem pra hoje, mas ela se sentia mais insaciável a cada vez. A mão direita de Rafaella agora percorria para baixo em seu corpo, sobre seus músculos ansiosos e trêmulos, e então todos os pensamentos de Bianca foram interrompidos.

Ela teve relações sexuais com outras pessoas antes, mas sempre havia se perguntado como seria se entregar completamente a um outro alguém, sem medo ou hesitação, com todas as suas vulnerabilidades em plena exibição. Ela sempre se perguntou como seria se render, ceder às necessidades e desejos de seu corpo, sem se conter. E quando os dedos de Rafaella se moveram entre suas coxas, lentamente e deliciosamente, ao ritmo de cada expiração de dela, Bianca finalmente soube: parecia que ela estava caindo e sendo pega, com segurança, nos braços de alguém que enfim havia mostrado a ela o que era amor.

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Bianca estava vagamente ciente de que o tempo tinha passado. Embora ainda estivesse de manhã, o dia agora já estava bem mais claro. Os pensamentos em sua mente giravam de forma fragmentada. Ela se sentia como se cada aspecto de seu ser tivesse sido desligado e então reconectado - drenado e então reiniciado - diversas vezes. Seu cérebro estava falhando e ela estava distraída com a boca de Rafaella, que havia encontrado o caminho de volta para a dela novamente. E Por Deus, nunca parecia ser o suficiente. Mesmo exausta, ela continuava reagindo a cada pequena coisa.

"Definitivamente não existe um único resquício de heterossexualidade no meu ser", ela disse, enquanto os lábios de Rafaella beijavam seus seios. "Caso você ainda tenha dúvidas."

Rafaella riu, e então se acomodou em cima dela. "Jura? Se você não tivesse falado, eu não teria notado nunca apenas com as diversas vezes que você disse 'pelo amor de deus, não para' essa noite."

The Blind Side of Love (Rabia version)Where stories live. Discover now