Capítulo 31: Maratona 2 capítulo 3

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Narração 3° pessoa

Era notável para Tefhy que Judy e Rowlan estavam descobrindo sentimentos um pelo outro.
Rowlan a olhava como se ela fosse a coisa mais linda que ele já tivesse visto.

A irmã era sim linda, porém, Tefhy - que não é ciumento - não podia negar que estava com ciúmes.

Ele que acabara de conhecer a irmã, agora corria um grande risco de perdê-la para o príncipe.
Tefhy a amava e queria vê-la feliz, porém, o medo ainda o rondava.

Enquanto Tefhy via claramente o que acontecia entre a irmã e o príncipe, parecia cego diante do interesse de Alan por si.

Alan o observava, estava muito bonito aquela noite, as asas a mostra, o cabelo meio solto combinando com o guerreiro ao seu lado.

Alan não podia deixar de admitir que Tefhy era, além de dedicado à família, dedicado também em aprender a lutar.

Parecia ter treinado ao ar livre, estava mais bronzeado, as luzes refletiam na pele de Tefhy fazendo-a parecer dourada.

O outro príncipe estrangeiro ainda prestava atenção em Judy que dançava ao som da música.

Judy por sua vez deixava que o corpo seguisse a cadência da melodia da música.
Via todos ali, mas não sentia nada além de si mesma e a música.

As servas todas representando as Sacerdotisas que  vestiam o azul que era usado pelas mesmas, caminhavam em direção as colunas, pegando as flores e distribuindo para os que seriam abençoados aquele ano.
Judy rodopiava e dançava para que todos vissem.

Assim que a dança acabou ela foi a cada um que recebeu as flores.
Beijava a testa de machos, fêmeas e crianças ajoelhados.

Tefhy estava entre eles, Judy via o pesar em seus olhos, não sabia o que tinha acontecido, mas torcia para ele estar bem.
Ao beijar a testa do irmão, contemplou o que seria sua benção: Alguém. Um parceiro !
Não via nada, estava tudo escuro, mas podia ouvir a voz de Tefhy dizendo:  — Parceiria ? Como é possível ?

Ela não poderia ficar mais feliz pelo irmão, seu coração pulava no peito.

Emily também estava entre os abençoados.
Ao beijar a testa da garotinha, conseguiu ver a mãe da mesma.

Confusa, Judy não entendeu, mas pensaria nisso depois.

Ela beijou a testa de algumas pessoas, vendo suas bençãos.
Geralmente, as representantes não viam as bençãos, mas tendo a mãe que tinha, Judy tinha uma relação um pouco mais direta com A Mãe e o Caldeirão, mesmo que nem sempre entendesse claramente ou visse algo concreto. Judy também podia abençoar pessoas, gerando resultados na vida dessa pessoa. As bençãos naquele ano poderiam não ser apenas simbólicas.

Ela continuou distribuindo as bençãos e vendo quais seriam elas.
Por último havia Rowlan, ajoelhado a frente dela.

Os cabelos bem penteados e os olhos azuis brilhando.
Ele a olhava com fascínio, Judy sentia-se a pessoa mais bonita que existia ou existiu.
Ela se abaixou para lhe beijar a testa.

Quando os lábios dela encostaram na testa dele, ela teve a clara visão de si mesma, com trajes de couro Illyrianos.
Os cabelos trançados, olhando com um brilho nos olhos e um sorriso no rosto.

Piscou algumas vezes para voltar a realidade.
Ela se via ainda mais confusa, como poderia ser uma benção para ele ?

Depois do término da serimônia, todos começaram a beber.
Todos pareciam felizes, cantando, bebendo e dançando.

Bany e os pais estavam perto de Rhysand e Feyre.
Tefhy já havia se juntado oficialmente à Cassian, Azriel e Morrigan.
Judy, Rowlan e Alan estavam juntos também.

Emily e Dylan dançavam juntos e apesar de Dylan ser um pouco tímido, estava se divertindo muito e bem a vontade.

A música para e todos juntam-se em duplas para dançar.
Rowlan e Judy se entreolham e logo se  juntam para dançar.

Alan arruma uma dupla também.
Rhyra, Colder e Oryn dançam juntos os três.
Era tudo alegria na festa.

Porém, não muito longe dali, havia alguém que não se divertia, havia alguém que esperava o momento certo de atacar uma pessoa em particular.
Planejamento cauteloso fora feito por muito tempo, até chegar aquele momento.
Tudo o que era necessário era algum momento em que todos estivessem relaxados e totalmente desprevenidos para atacar.

A dança tinha posição de valsa mas era mais rápida que a valsa propriamente dita.
Todos estavam com seus devidos parceiros, algumas pessoas dançavam em trio.
— Eu não sei danças daqui. – disse Rowlan a Judy.
Ele não tinha medo de errar, fazer feio ou passar vergonha, o álcool já havia levado suas preocupações, tinha apenas pena de Judy se pisasse em seus pés.

— Apenas me acompanhe. Quer que eu conduza você ? – pergunta Judy também solta por conta do vinho.
Ambos riem.

Eles dançam, a tensão entre eles aumentando e o vinho deixando ambos um pouco mais ousados contribuiu para uma conversa sem constrangimento.
— Você esta mais bonita do que o habitual, pretende seduzir alguém esta noite ?
Judy apenas sorri.
— Agradeço o elogio. Não vou para casa tão cedo hoje, mas não pretendo dormir com ninguém.

Os dois continuavam dançando, a dança sendo mais camponesa e animada, com algumas palmas e muitos sorrisos.
Apesar de nunca ter ido a Velaris, dançar como eles era fácil para Rowlan.

As duplas se dissolvem e viram algumas rodas, onde pessoas puxam alguém para o meio, dança junto com a pessoa que puxou e depois saem.
Tudo muito alegre e divertido.

A noite continua para alguns.
Outros vão para casa.
Tefhy que dançou algumas vezes com Bany, queria muito passar um pouco mais de tempo com a fêmea alada, mas viu com pesar ela e os pais se retirando para a casa do vento.

Tefhy e Alan foram para casa juntos, tal como Rhysand e Feyre.

Emily e Dylan já estavam sendo chamados pela diretora do orfanato para irem para a cama.
Judy dançava com Cassian aproveitando a bebida que ainda era bastante.

Rowlan dançava com Rhyra sendo observado por um Oryn um pouco bêbado e nada feliz por ter Rowlan perto da irmã.

Realmente, Judy foi para casa apenas três horas antes do amanhecer.
Rowlan um pouco perto disso.
A noite havia sido muito boa e cansativa.

A festa continuava com os que tinham hábitos noturnos e com os que tinham condições de virar a noite.
Mas muitos foram para casa descansar para a noite seguinte que também seria explêndida.

Entre mundos - primeiro volume - Triologia Entre MundosOnde histórias criam vida. Descubra agora