Capítulo 14: Maratona capítulo 3

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Judy

Era estranho, uma despedida, por enquanto.

Estávamos arrumados para voltar, Phyn, Tefhy, Khali, Rezyn e Diha estavam também.
Meus pais se despediam de Aelin e Rowan.

Eu falava com Diha.
— Eu vou mandar cartas para você por meio do Tefhy, está bem ?

Ela balançava a cabeça em sinal positivo.
— Obedeça suas mães.

Ela ri, dou um abraço nela e ela começa a chorar.
— Ei – digo enxugando uma lágrima – Não chora, eu vou voltar logo.
— Quando ?
— Eu não sei, mas não vai demorar.

Ela me dá outro abraço e vai para perto das mães.
— Foi bom conhecer vocês – digo a elas.
Meu pai e Rowan conversam e eu me viro para Phyn.

— Você está tão linda, não mudou nada. – diz olhando para mim.
— Logo vou estar te infernizando para fazer os salgados que eu gosto.

Ela ri.
Dou um beijo na bochecha dela e um abraço bem apertado.
Me viro para Tefhy.
— Vão te ensinar a lutar, conversei com Rowlan.
— Tem conversado bastante com ele.
— Nem comece.
Ele ri e abre os braços.
— Eu tenho direito a um abraço ?

Abraço ele, quase não conseguindo acreditar que o encontrei.
E quase não conseguindo acreditar que já tenho que ir.
— Tome cuidado. E fique atento, eu vou mandar bilhetes para você, podem aparecer na cozinha, sala, quarto, as vezes até no seu colo – digo a ele que ri.

Meus pais vão se despedir de Phyn e Tefhy.
Viro para Aelin e Rowan.
— Obrigada por nos receber.
— Venha sempre que quiser.
— Sei que não tivemos muito treino, mas na próxima vez que vier, podemos treinar juntos – diz Rowan.
— Pode deixar.

Dou um abraço na Aelin e aperto a mão de Rowan que acho que não gostaria de um abraço.
Me viro para Alan.
— Quando eu voltar, sairemos para beber juntos. – digo a ele.
— Espero que seja forte para bebida.

— Não vai querer entrar numa competição com ela.– diz meu pai ao lado de Rowlan.

Todos riem.
— Eu vou cobrar depois. – digo.
Ele sorri e diz: — Tudo bem.
Dou um abraço nele também, assim como Rowlan, ele é bem uns vinte centímetros mais alto que eu, me sinto meio baixa perto dele.

A vez de Rowlan.
Olho para ele e sorrio, não somos exatamente amigos , mas acho que agora ele confia em mim.
— Pode fazer outro favor ?
Ele arqueia uma sobrancelha.

— Cuide de Diha também. – ele sorri, tenho certeza que gosta de crianças.
— Acho que posso fazer isso por você.

Eu rio.
— Eu queria saber o que acontece se algum de nós quebrar o acordo.
— O outro sente, e fica desobrigado de cumprir sua parte.
Ele acena com a cabeça em compreensão.
— Só isso ? Eu não ganho um abraço ? – pergunto fazendo graça.
— O último não foi lá tão bom.
Eu rio.


— Confia em mim ?
Ele me olha confuso.
— Antes você não confiava, mas e agora ?
Ele fica um tempo em silêncio.
— Eu não sei como e nem porque, mas sim, confio.


Dou um abraço nele , ele parece surpreso pois tem um sobressalto.
É estranho se sentir bem com apenas um abraço, ele me abraça também e consigo sentir o cheiro dele um pouco mais de perto.
É um cheiro bom, uma mistura de pinho e brasas.
Mesmo ele sendo da mesma altura de Alan, me sinto diferente, mais envolvida.
Saímos do abraço e vou para o lado dos meus pais.


— Foi muito bom estar aqui. Obrigado. – diz meu pai.
Eu me viro e estendo a mão, visualizando nossa casa em Velaris.
O portal se abre como sempre: um túnel em tons de roxo e vermelho.
Meus pais entram no túnel e eu me viro para trás uma última vez.


Olho para o rosto de cada um deles, deixando Rowlan por último.
Solto um suspiro e me viro para frente.
É hora de ir para casa.
Entro no portal e o fecho atrás de mim, sentindo um cheirinho de pão fresco e leite quente.
Era bom estar em casa, mas o que eu não daria para poder ficar um pouco mais em Terrasen.

Entre mundos - primeiro volume - Triologia Entre MundosOnde histórias criam vida. Descubra agora