Capítulo 4

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Aelin

Estávamos almoçando, quase pacificamente já que não faltava olhares tortos entre Rowlan e Judy.

Eles me lembraram de quando Rowan e eu nos conhecemos: rabugentos e irritados, não queríamos a companhia um do outro assim como eles.
Por isso fiz questão de eles sentarem um em frente ao outro.

Eu não quero juntar os dois, longe de mim, mas se eles se entenderem será bom.
— Então, Judy – começo – como são as coisas de onde vocês vem ?
Rowan estava ao meu lado esquerdo, ele me lança um olhar de "Eu sei o que está tentando fazer"
"Apenas curiosa"
"Eu sei dessa sua curiosidade"

— Ah, podemos falar depois do almoço majestade ?
— Me chame de Aelin. Vocês são meus convidados, podem me tratar informalmente.

— Oh, obrigada Aelin.
— Então...?
— Vamos tratar esse assunto no almoço ? – pergunta Rowan.
— Vai dizer que não está curioso ? – questiono sabendo o que ele está pensando.
— Estou, mas é o almoço Aelin.

— Bobagem.
Eles riem

— Eu não tenho problemas com isso – diz Rhysand
— É claro que não – comenta Feyre – Quando o assunto é você, Rhys, você pode falar por horas.

— Existe algum tópico melhor ?
Eu rio.
— Naturalmente eu sou um tópico melhor.
Todos incluindo Rowan riem.
— Parece que teremos uma grande batalha aqui. - diz Feyre.

Rowlan

Eu estava curioso, como minha mãe puxou o assunto, não precisarei perguntar.
Ela explica sobre cortes, Grão-Senhores, território humano e cortes que abrigam humanos.
Eu não consigo conter e pergunto.

— Vocês disseram ser da corte Noturna, mas vocês parecem ter uma alta posição, que cargos vocês exercem ?
Eles riem.
— Meus pais são o Grão-Senhor e Grã-Senhora da corte Noturna.

Todos ficamos surpresos, eu ainda estava curioso para saber sobre as asas.
— Como você consegue usar asas se você é adotada ? – não consegui me conter.

— Há um povo nas montanhas ao norte da nossa corte, eles são abençoados com uma beleza anormal, além de ter asas, crescem ouvindo a canção do vento. – diz Feyre
Judy dá uma risada sarcástica.

— Judy, assim como Rhys, é meio Illyriana, podendo assim conjurar as asas.
— Os Illyrianos podem até ser abençoado, mas eles desprezam as bençãos que tem – diz ela – meu pai vem tentado mudar os costumes deles séculos antes de eu nascer, e só agora eles tem mudado um pouco.

— Espera – tento raciocinar – Quanto tempo faz que se tornou Grão-Senhor ?
— Faz bastante tempo.– responde ele.
— Quantos anos você tem? – meu irmão vai além, eu também estou curioso, mas não falo nada, só presto atenção.
— Oitocentos e vinte e sete.

Todos nós ficamos espantados, eu não sei a idade exata do meu pai, mas acho que não chega a tanto.
— Você Feyre ? – minha mãe parece gostar deles, talvez eu deva ficar mais atento.

— Trezentos. – ela responde simplesmente.
O almoço terminou e a conversa também, eu ainda quero saber mais, mas todas as coisas tem seu tempo.

Faço algumas das obrigações que me são encarregadas, é cansativo revisar números, ter que monitorar pessoalmente a segurança desse palácio que eu chamo de casa.

Passando pelos corredores dos empregados, saio para uma pausa. Apesar de ter sanado minha dúvida, não consigo deixar de me perguntar, o que ela quis dizer com: " Eles desprezam as bençãos que tem "?

Entre mundos - primeiro volume - Triologia Entre MundosWhere stories live. Discover now