Narração 3° pessoa
No dia seguinte, o enterro já havia acabado, Judy continuava calada e sem expressão.
Feyre não conseguia olhar para a filha se ter vontade de chorar- por isso estava em seu ateliê-.
Feyre pintava um quadro, não sabia o que queria pôr nele, por isso apenas deixou que a mão fizesse os movimentos por conta própria.
Rowlan estava treinando, tentava pôr para fora tudo o que não conseguia expressar normalmente.
Dependendo dos sentimentos que o cercavam ele tinha maneiras diferentes de lidar com cada situação.
A dor e a tristeza era chorando, a raiva era batendo, a angústia era voando, o pânico era lendo, e o amor... nunca tinha precisado expressar amor além do fraterno ou com os pais.
Mas ali estava ele, numa confusão.
Ele sentia tudo ao mesmo tempo: Raiva, Tristeza, Amor sendo o mais forte.
Socando um saco de areia ele tentava descarregar tudo.– deu um soco e na sua mente veio a imagem de Emily morta : Raiva.
Deu mais um soco e em sua mente veio a imagem de Judy chorando : Tristeza.
Mais um soco foi dado por Rowlan que desta vez, visualizou Judy sorrindo: Amor.
Era estranho chegar a essa conclusão.
Era bom.
Era sufocante.
Era difícil.
Mas era real.
Rowlan amava Judy com todas as forças, tendo sua confirmação quando sentiu a dor dela.Quando isso havia acontecido ?
— Vai machucar a mão desse jeito irmão.– Diz Alan chegando e encostando na parede enquanto cruzava os braços.
A resposta que o mais novo obteve foi um grunhido.— Sei que não se sente muito bem, mas não pode ajudar ela se ficar machucado.– diz Alan indo em direção ao irmão ainda com os braços cruzados.
— Não posso ajudar ela de qualquer jeito.– disse o mais velho baixo e rouco por não ter dito uma palavra sequer o dia inteiro.
— Claro que pode. Da última vez foi você quem ajudou ela a se acalmar.— E agora ela está calma de mais ! – o mais velho se vira para o irmão parando de socar. – Eu não posso fazer isso ! Eu não aguento ver ela daquele jeito !
— É por isso que você tem que ajudar ela.
O mais velho volta a socar o saco e ambos ficam alguns momentos em silêncio.
— E você ? Já se resolveu com Tefhy ? – pergunta o mais velho ainda socando.— Não. Tefhy tem me evitado e é melhor não forçar ele.
Rowlan para.
Soltando um suspiro cansado, Alan continua a falar.
— Ele não sabe se vai aceitar a parceiria, pediu tempo para pensar.
E eu entendo, ele nunca ficou com alguém do mesmo sexo antes.
Teve todas as expectativas postas de lado pela parceria.— Você deve cobrar a resposta dele.
Quando recebe um olhar confuso e desconfiado do irmão, continua a explicação.— Judy me disse que ele é mestre em procrastinar. Se não o pressionar um pouco, pode demorar meses para receber sua resposta.
Não precisa ser irritante, apenas insistente de maneira sútil.Alan emite um riso anasalado.
— Vemos isso depois.Ambos estavam sentados enquanto conversavam.
— Voltando à Judy. – diz Alan virando para o irmão esperando realmente que ele atendesse o pedido de Alan. – Você tem que falar com ela irmão. Ela não ouve ninguém e não come desde ontem.
Se continuar assim, ficará doente, e é melhor vê-la triste do que vê-la doente, não acha ?— É melhor vê-la feliz e saudável Alan !
— Então vá resolver isso.
Rowlan solta um suspiro cansado e sai para tomar um banho.
Alan estava certo.
Fugir é apenas piorar tudo, fugir é apenas deixá-la sozinha com os próprios sentimentos agonizantes.
Após se vestir, Rowlan se põe a caminho do quarto de Judy.
Ao bater na porta, não ouve resposta.— Judy ? Posso entrar ?
Mais uma vez, não consegue ouvir nada.
Abrindo a porta devagar, ele olha para dentro e avalia a situação.
Judy encarava a cidade pela janela.Era difícil encontrar palavras, ainda mais Rowlan que não era tão bom com elas.
— Precisa de ajuda com algo ?
Ela não se vira para falar, sua voz era monótona e inexpressiva.— Não, apenas vim te ver.
— Meus pais te pediram isso ?
Ela soava tão sem vida que Rowlan começou q se desesperar.Judy sentia a mente rugir mas seu corpo não tinha energia para fazer absolutamente nada.
— Não. – respondeu o mais calmo possível.Judy sabia que ele estava preocupado, mas não tinha vontade de ver ninguém.
O enterro de Emily havia consumido toda a sua energia psicológica e suas forças físicas.Tudo o que queria era ficar sozinha, sem precisar fazer ou falar nada.
— Veio falar sobre a parceiria ?
Judy havia sentido o laço se encaixando segundos antes de adormecer, mas não havia dado tanta importância.— Não, não é o momento para isso.
Já comeu algo ?Ela solta uma risada debochada.
— Você sabe que não.Rowlan sai do quarto apenas para pedir que Cerridwen pegasse algo leve para Judy.
— Se não comer, vai ficar doente. – apontou o mais novo.
— Você também, principalmente quando se pratica exercícios físicos.Rowlan não estava chocado com a fala da fêmea.
— Vai comer comigo ? – Judy se vira para ele - pela primeira vez naquela conversa- ao perguntar.
Ao ver as olheiras dela, Rowlan se amaldiçoou por deixá-la sozinha com todo aquele fardo.
Abrindo um sorriso pequeno ele responde: — Claro.Oi pessoal.
Ainda hoje eu vou postar o especial de ano novo.
Não ficou muito bom pq o bloqueio criativo é foda.
Mas é isso galera.
Boas festas e feliz ano novo !
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Entre mundos - primeiro volume - Triologia Entre Mundos
FanfictionEssa fic é um crossover entre ToG e Acotar. Um amor que atravessa os mundos e se faz possível. Rowlan Whitethorn Galathynius, filho de Rowan Whitethorn e Aelin Galathynius é pego de surpresa quando sua mãe acolhe completos desconhecidos em sua própr...