Capítulo 2

373 23 38
                                    


Rowlan

Eu não entendia o que minha mãe estava dizendo, um olhar para os estrangeiros e seu rosto se ilumina.

Parecendo conhecer minha mãe, os entitulados: Rhysand e Feyre dão sorrisos em compreensão e reconhecimento.

— Continue falando criança – diz minha mãe à fêmea que antes falava.
— Meu "pai" – disse a palavra com tom de aversão, o que significa que não é o aqui presente – ele me pedia para trazê-lo para essas terras, ficávamos na casa de uma fêmea específica, até que um dia ele parou de pedir. Eu suspeito que haja um filho perdido em algum lugar do seu reino.

A fêmea de cabelos pretos e olhos de inacreditável cor vermelha parecia sincera, mas não posso deixar minha guarda baixa com esses estrangeiros.

Eles pareciam ter muitas riquezas, parecem ter títulos.
— De onde vocês vem ? – minha mãe não interferiu nessa pergunta.

A Fêmea que antes falava pareceu perceber que não havia dado qualquer informação sobre si mesma além de ser adotada e ter um irmão ou irmã perdida.
Ela olha para mim.

— Minhas desculpas, eu mandei uma carta para sua mãe, mas esqueci de me apresentar, sou Judy, eu e meus pais viemos de Prynthian, mais especificamente da Corte Noturna.

É estranho, eu estudei sobre os continentes, os países de todo o nosso mundo, mas esse nome eu nunca ouvi.
— Onde fica isso ? – saiu mais ríspido do que eu queria, mas vale o dizer.

— Não fica nesse mundo.

Todos da corte ficam espantados, burburinhos de conversar podem ser ouvidos e destinguidos com facilidade.

Ao meu lado, Alan, meu irmão, olha para mim pensando o mesmo que eu: Como é possível ?
Minha mãe se levanta e diz:
— Vocês podem ficar o quanto quiserem, serão meus convidados.

Minha mãe está louca ? Ela só pode estar fora de si ! Mal conhecemos essas pessoas.
Me viro para meu pai que não diz nada, me viro para meu irmão que dá de ombros como se dissesse: "O que podemos fazer ?"

A música continua e a festa também, minha mãe vai em direção aos "convidados" de braços dados com meu pai.

Eu e meu irmão estamos logo atrás deles, o olhar dele diz : " Melhora essa cara !"

Infelizmente ele está certo , eu ainda sou civilizado o suficiente para ser cortês, essa noite vai ser longa.

— É bom conhecê-los formalmente, eu agradeço por terem me ajudado no passado. – diz minha mãe, eu não consigo entender como eles poderiam ter ajudado, mas ela pode contar depois.

— Agradecemos por sua hospitalidade, nossa filha tem pedido por essa oportunidade há muito tempo. – diz o macho que olhando com muita atenção, parecia ter os olho azuis violeta, olhos diferenciados devem ser de família.

— Oh, esses são meus filhos: Alan e Rowlan, e meu marido e parceiro Rowan.

Espero uma reverência mas não acontece, meus pais não ficam surpresos, meu irmão consegue disfarçar muito bem.
Me viro para Judy e me deparo com ela encarando também.

— É um prazer conhecê-los, bom... Vocês já nos conhecem. – diz com um sorriso.
— Você não faz reverências – digo em tom quase irritado.
— Sou leal a minha corte.

Olho para os pais dela esperando por uma repreensão que não vem.
— Eles não te ensinaram modos ? – nossos pais só observavam calados enquanto o clima ficava cada vez mais tenso entre nós dois.
— E eles não te ensinaram a ser sutil ? – me devolve.
— Não sou do tipo que tolera desaforo.
— Somos dois.

Eu sei que não devo me irritar, mas ela consegue me tirar do sério com uma facilidade que nem mesmo meu irmão tem.

— Crianças, são umas figuras. – diz Rhysand se divertindo com a situação.
Meus pais também estão assim como ele, sorrindo com nossa desavença.
Meu irmão traidor também está segurando o riso. Estou perdido !

— Peço desculpa, majestade, não é comum isso acontecer. – diz Judy para minha mãe.
— Eu peço desculpa também, meu filho só está preocupado, mas, como eu sempre digo: Machos são bestas territoriais.

— Por mais que me doa admitir, somos mesmo. – diz Rhysand novamente.
— Nunca ouvi nada tão concreto.– diz Feyre dando uma olhada de canto de olho para o marido...?

— Parceiro – diz ela como se lesse meus pensamentos.
— O que ?
— Ele, Rhysand é meu parceiro, você parecia estar se perguntando se éramos ou não, parceiros.
— Vocês tem outros filhos ? –  pergunta minha mãe amigável.

— Temos mais três em casa, não podemos demorar muito tempo fora, ou então eles se matam. – diz Rhysand.
— Sei como é, esses dois também, e ainda tenho outra filha, está viajando.
É raro ver feéricos com tantos filhos, parece que somos os poucos que existem.
— A Mãe nos abençoou.

Nesse momento todos ficamos confusos.
— A-ah papai, aqui eles tem crenças diferentes, há alguns deuses aqui.
Quando eu ficava na casa de Phyn ela me ensinava sobre os deuses – ela se vira para minha mãe – eu até rezava para Anneith e Mala.

— Duas deusas ?– pergunta minha mãe e embora eu não demonstre, também estou curioso.
— Eu pedia sabedoria para lidar com meus poderes, é melhor explicar depois.
— Não vejo a hora de ouvir.

A noite passou sem mais desavenças entre mim e ela, mas olhares tortos não faltaram.

Imagem da multimídia é mais ou menos o que eu imaginei do salão.
( Não achei um salão com colunas de mármore)

Entre mundos - primeiro volume - Triologia Entre MundosHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin