A love that comes in colors.

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Se você tem algo próximo a um amor que o faz feliz, segure-o. Nunca deixe ir. Trabalhe nisso. Saiba o valor do que você tem.

Parecia tão raro sentir-se daquela forma... Então
proteja seu amor do ódio do mundo. Dos maus presságios, dos olhos invejosos, das irmãs de alma "você estava melhor com o outro", porque ela não estava.

Se alguém tem ciúmes de você, a melhor coisa a se fazer é mostrar bondade.

-Posso te perguntar uma coisa?

Ana suspirou, olhando para o céu escuro preenchido por estrelas brilhantes e braços envolvendo o homem ao seu lado.

Seu coração batia forte no peito a medida que o carro se afastava, nervosa pela pergunta em geral. Ela não poderia evitar.

-Claro. -murmurou de volta-

O braço direito de Ana estava repousando próximo aos cachos soltos e castanhos dele, bagunçados pela brisa costeira ou pelas pontas de seus dedos anteriormente lá.

-Ela te machucou?

Ana não poderia deixar de se intrometer, querendo apenas saber tudo o que tornava Harry o Harry: a dor, a cura, o amor.

-Não fisicamente.

Ele falou sem qualquer dificuldade, entrelaçando os dedos depois de se divertir traçando padrões na palma da mão dela. O metal frio de seus anéis enviara arrepios por toda a pele de Ana.

-Na verdade, uma vez ela deu um tapa bem forte no meu braço, mas você já me beliscou também, então estão quites.
-Não mesmo!

Ana beliscou a pele entre seu polegar e o dedo indicador bem fraquinho, em brincadeira.

-Viu? -exclamou, afastando a mão dela dramaticamente- Você não está ajudando, baby.

Ana revirou os olhos com um sorriso no rosto, pegando a mão dele de volta para então dar um beijo estalado como forma de se desculpar.

Ana entrelaçara seus dedos novamente e, daquela vez, era ela quem brincava com seus anéis, traçando sua tatuagem de cruz com a ponta do dedo até o sofá da sala.

Harry suspirou, seu sorriso bobo se desmanchando enquanto ele franzia as sobrancelhas e apertava a pele dos lábios entre os dedos.

-Ela apenas... Nós nunca quisemos compromisso. Trabalhamos juntos e eu sempre me importei, mas... Hum... -deu de ombros- Não conectava, sempre foi amizade.
-Você esteve apaixonado por ela?
-Não...
-Eu entendo, está tudo bem.

Falou mais baixo, estando rodeada por seus familiares.

-Mas... E sobre você? -se inclinou para ela- O que espera do amor?
-Agora ou a longo prazo?
-Hmm... Ambos! Não me esconda nada, querida.

Ana gargalhou, colocando as mãos rapidamente sobre a boca, não querendo chamar atenção.

-A longo prazo... -começou, seus olhos intercalando entre o homem com covinhas e tatuagens e a árvore de natal- Posso dizer que me vejo com o pacote completo: casamento, filhos, um jardim bonito e tudo mais.

Sorriu.

-Mas não agora, sabe? Eu adoro ouvir meus pais contando sobre as loucuras que fizeram juntos enquanto jovens, e eu quero ter histórias assim para contar também. Apenas não sinto que as vivi ainda.

Franziu o cenho.

-Bem, quero dizer, eu vivi várias coisas... -esclareceu- Mas não sei se tenho histórias suficientes para contar antes de ter filhos, por exemplo.
-Você sente que não tem nada que valha a pena ser contado?
-Não, não que eu não tenha nada que valha a pena ser contado... Apenas não o suficiente, ainda.

Harry as my gynecologistWhere stories live. Discover now