A love filled smile.

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-Olá Betty, a senhora poderia por favor me dar um Marocchino e um bolinho de chocolate?

Ana sorriu grande ao imaginar a delícia que em breve estaria em sua mesa. Ana estava passando tanto tempo naquele novo local, que Betty estaria se tornando uma de suas melhores amigas também.

Depois de sérias gentilezas trocadas no balcão entre ela e a senhora, Betty anotara o pedido.

-Pode se sentar, estarei levando em um minuto.
-Certo, muito obrigada.

A retribuiu com um sorriso, escolhendo a mesma mesinha pequena de sempre. Havia sido um dia cheio, como todos os outros, mas ultimamente...

Ultimamente tudo se resumia à ela conseguir tempo para o médico de olhos verdes brilhante. Por conta de suas rotinas atarefadas, eles não conseguiam se encontrar todos os dias.

Mas, sempre que conseguiam, passavam horas e horas na companhia um do outro. Não importando o horário ou os clientes e pacientes mal educados do dia seguinte.

-Você nunca vai para casa?

Ana pôde ouvir um sotaque inglês familiar por trás. Ela sorriu quando seus memoráveis olhos verdes se encontram aos dela. Harry parecia bem hoje. Vestia calças bege e uma camiseta branca.

-Não... Acho que gosto muito daqui.

Sorriu para ele, o vendo se aproximar. Ela torceu para que ele não visse, mas puxou fundo o ar para seus pulmões. Ela não estaria mais em guerra. Ela poderia deixar acontecer.

-Para ser honesto... -olhou ao redor por um momento- É um bom lugar para encontrar pessoas bonitas.
-Eu sei, huh? Betty é muito bonita.

Ana sorria mais uma vez, fugindo sobre o que quer que ele realmente queria ter dito.

-Eu acho que você sabe que eu não me referi à ela...

Harry sorriu antes de acenar para o assento vazio à sua frente. Não dando chance para Ana processar o que acabara de acontecer.

-Posso me juntar à você?
-Claro que você pode.

Respondeu, extremamente envergonhada com o elogio que ele acabara de fazer. Silenciosamente, a garota arrastou os papéis que estavam do lado dele da mesa, o dando algum espaço, escondendo suas mãos trêmulas por de baixo da mesa.

Harry colocou sua xícara de café e biscoitos primeiro, antes de se sentar, de se acomodar.

-No que está trabalhando?

Harry perguntou e Ana desejou saber as palavras certas para usar quando se tratava de alguém que fazia flores crescerem dentro de seu peito machucado.

-Eu tenho alguns projetos para desenhar, nem sei por onde começar.

Respondeu, encarando os papéis espalhados ao seu redor.

-Quer conversar sobre?

Harry perguntou antes de tomar um gole de seu café, seu sotaque inglês realmente aparecendo dequela vez. Ana sorriu antes de levantar as sobrancelhas, pronta para vomitar todas as informações que seu cérebro guardava para si.

Harry a fazia sentir daquela forma: à vontade. Apesar de toda a agitação física, ele a fazia sentir-se a vontade. E com aquilo, ela não se preocuparia em ter falado demais, ou ter parecido irritante demais.

Ela repassara tudo o que precisava fazer, e Harry parecia interessado durante todo o tempo. Ele até havia feito perguntas sobre coisas e projetos que sequer entendia, apenas para ajudá-la, o que era bem fofo da parte dele. Aos olhos dela.

Harry as my gynecologistWhere stories live. Discover now