Day by day.

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-Então é isso?

Débora falou, voz baixa e consideravelmente chateada.

Olhando em volta, a expressão de desânimo nos rostos dos colegas fizeram Harry se sentir murcho de igual forma.

Os olhos tipicamente brilhantes dos profissionais pareciam cansados e desgastados naquele momento, muito parecidos com os de Sofia quando decidiu ir embora.

Débora, William, Connor, Jullie, Brian e dez outros colegas de trabalho estavam sentados em silêncio absoluto, apenas ouvindo a notícia de que a outra colega simplesmente havia saído de férias para não voltar mais.

Harry estava de pé no centro da sala de reunião, tentando fazer a sua parte, olhando-os nos olhos.

-É tudo o que eu sei também. -falou- Ela foi chamada para uma nova oportunidade em uma nova cidade, e é assim que a vida acontece.
-Por quê ela não falou com ninguém?
-Acha que eu falei algo que possa ter a ofendido de alguma forma?

William perguntou, olhando em volta quanto todos de repente iniciavam borburinhos.

-Tenho certeza que não. -o olhou- Ela precisou parar por um minuto e pensar que podia chegar ainda mais longe.

Connor e Brian mantinham os braços cruzados e olhares distantes. Pareciam entender a situação, mas não estavam contentes.

Alguns fins eram inevitáveis, eles estando contentes ou não.

-Seguir em frente é uma e decisão definitiva e, para Sofia, significou o encerramento disso tudo aqui.

Andou pela sala, se esforçando para explicar o que ela havia pedido que ele explicasse.

-Mas é assim que funciona, não é? Permitir oportunidades novas em nossas vidas e finalmente enterrar as velhas. -gesticulou, todos os olhos nele- Eu os chamei no fim do expediente para explicar os motivos de uma colega que me garantiu ser a melhor escolha. De uma colega que sentiu muito, mas que não seria um fim.

Silêncio.

-Sofia pediu para que eu dissesse para não se preocuparem, ela está bem... -olhou para baixo, respirando- Nós a veremos de novo, nem que seja para uma despedida de verdade.

Sorriu fraco quando não falaram absolutamente nenhuma palavra. Os médicos mantinham as mãos dentro dos jalecos, Débora olhava para Harry como se ele fosse o motivo de a amiga ter se mudado tão de repente.

De alguma forma, o que pretendiam dizer uns ao outros havia se perdido com o passar dos meses. Cada segundo a mais ali parecia destruir palavras e desgasta-las como ondas batendo contra as pedras.

-Uma amiga foi embora e nos pegou de surpresa, não vou dizer que uma boa noite de sono pode mudar tudo. -olharam para ele de novo- Em vez disso, estou dizendo para terem em mente que todos seguem em frente em seu próprio ritmo e que ninguém jamais compreenderá as lutas dela como ela mesma.
-É isso, doutor Harry?

Débora perguntou mais uma vez, atraindo a atenção dele.

Respirando fundo, o ginecologista silenciosamente confirmou com a cabeça e, a medida que o fez, viu os profissionais deixarem seus lugares um a um.

Caminhando para fora da sala silenciosamente.

William, Connor e Brian foram os únicos que o cumprimentaram com toques de mãos e abraços rápidos.

Não era culpa de ninguém, mas alguns deles o olhavam como se fosse.

Às vezes, Harry desejava pintar as palavras "É minha culpa" na testa para evitar que as pessoas o olhasse com raiva.

Harry as my gynecologistOnde histórias criam vida. Descubra agora