Getting permission.

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Sofia nunca acreditou em almas gêmeas até ver aquele relacionamento se desenvolver bem diante de seus olhos.

Harry e Ana haviam se conhecido na clínica, onde Ana foi apenas uma paciente que Maria não pôde mais atender.

Harry rapidamente desenvolveu paixão por ela, apesar de todos pensarem que seria apenas uma paixãozinha. Esse pensamento perdurou por dias, até vê-los juntos.

Seus amigos podiam ver e sentir como Harry, de repente, ficara meio tonto e sorridente depois que ela havia ido embora.

Logo em seguida, Harry e Ana visitaram a cafeteria da Betty juntos e parecia que eram amigos por muito, muito tempo.

Mas era apenas o "segundo encontro".

Harry a convidou para sair em uma tarde de trabalho e ela havia dito sim. Quem não aceitaria?

Harry era engraçado, atraente, talentoso, inteligente e, acima de tudo, muito respeitoso com tudo o que fazia.

Depois de quatro encontros, ele já estava apaixonado por ela e foi uma coisa dolorosa de se ver, para Sofia. Ela quase torceu para ser algo noturno, mas não parecia ser.

Sofia percebeu que Harry realmente estava apaixonado por Ana depois que viu quanta influência ela exercia sobre ele, de maneira positiva.

A primeira vez foi quando ele teve intoxicação alimentar. Harry a avisou e Ana, claro, deixou o trabalho para ver como ele estava.

Sofia pôde ver o quanto Ana o amava pelo olhar de preocupação em seu rosto. Antes de deixar a casa, ouviu o diálogo entre eles. "Você vai ficar bem, estarei aqui! Descanse um pouco."

O coração de Sofia explodia e as palavras sequer eram para ela.

Outra situação que provava o amor dos dois foi quando estavam no bar da sexta-feira e Ana chegou um pouquinho depois do horário. Harry se levantou, lhe deu um beijo, um abraço e apenas depois se moveu para que ela cumprimentasse o restante deles.

A forma como Harry olhava para Ana prova, mais uma vez, o quanto ele a amava e respeitava.

Após oito meses de namoro, todos haviam percebido. Ana era a obra de arte dele. Ninguém o fazia tão feliz, ninguém o amava tão intensamente.

Ninguém o fazia brilhar do jeito que Ana fazia.

Era triste para Sofia, era verdade que seu coração ainda pertencia à Harry, mas o coração dele parecia ter sido feito para bater por Ana.

E batia, mesmo seis meses depois.

Mais de um ano de relacionamento.

Harry sempre pensava que atuar em uma clínica seria a coisa mais estressante que ele passaria em sua vida. Mas nunca pensou que pedir a mão de Ana em casamento seria um milhão de vezes mais.

Ele sentia-se abençoado pelo universo por namorar Ana por mais de um ano agora, conhecendo-a em seu local de trabalho em uma tarde ensolarada que prometia ser tão sem graça.

-Baby, meus pais queriam nos convidar para o almoço de domingo. Gostaria de ir? Pegamos um vôo de uma hora apenas!

Ele havia se dado bem com os pais de Ana uma vez, sabia que não havia muito com o quê se preocupar, mas ele simplesmente não conseguia deixar de pensar que talvez os pais dela não aprovassem um passo tão grande em tão pouco tempo.

Suas mãos seguravam uma xícara de chá de hortelã quente e seu corpo vestia uma camiseta branca com shorts de corrida azuis. Pés descalços.

Seu cabelo castanho estava ligeiramente bagunçado e ainda parcialmente úmido do banho matinal. Seus olhos verdes estavam cheios de sono quando se arrastou em direção ao sofá, sentando-se.

Harry as my gynecologistWhere stories live. Discover now