Capítulo 20: Conversas de família

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Olá, querida leitora, como foram as festas de fim de ano?

Capítulo 20!! ✌✌ Aeeeee!! Quero agradecer imensamente se você chegou até aqui comigo...

Espero que goste... Boa leitura 

***




O hospital estava cheio demais aquela manhã, eu podia sentir a vibração das pessoas nas salas e nos corredores, em todos os andares acima de mim. O ar parecia frio e pesado, mas não estava, eu que sentia uma frieza tomar conta do meu corpo, uma sensação desconfortável de encolhimento causado pela tensão. Era mais forte do que eu.

Deixei Jamie numa das salas de espera e subi até o andar de internação. Encontrei meu amigo Joe no caminho até lá e ele sorriu imediatamente ao me ver.

— Bom dia, caro amigo! ‒ Esbocei um sorriso trêmulo.

— Bom dia para você também, Doutora Beauchamp! Ótimo humor, por sinal.

— Tive uma crise durante a madrugada, algo entre risos e muito choro espontâneo. E pra piorar, não dormi muito. Acho que isso explica a bagunça que estou.

— Na verdade, a sua pele reluz satisfação.

— Impossível! ‒ Não lembrava de ter me olhado no espelho enquanto me arrumava.

— Eu pego um café para você, Claire, agora vá falar com seu tio.

— Ele já está acordado? ‒ Meu coração saltou no peito.

— Resmungando desde às seis da manhã. ‒ Joe sorriu do meu sorriso.

— E por que você não me ligou?

— E te tirar dos braços do ruivo?

— Doutor Abernathy! ‒ Protestei. — Jamie é só um... Bem, um amigo.

— Você não traz amigos para casa, Claire, você traz namorados. ‒ Ele sorriu sarcástico.

— O quê? Como... Tio Lamb! ‒ Me lembrei de quem já havia dito essa frase anos atrás.

— Vá, Claire! Ele já perguntou por você.

Ignorando a audácia de meu tio e meu amigo Joe ao falarem de mim na minha ausência, entrei no quarto, encontrando Lambert Beauchamp resmungando algo para o enfermeiro.

— Teimoso Lambert, o que o senhor pode estar aprontando?

— Oh! Minha querida! ‒ Ele abriu um sorriso e os braços para me receber.

— Tio. ‒ Corri para abraçá-lo. — Como o senhor está?

Meu coração se encheu de calor, até as minhas orelhas se queimaram de emoção ao revê-lo. E vê-lo bem tirou um peso enorme das minhas costas.

— Nos meus melhores dias e só eu posso opinar quanto a isso.

— Eu já te vi melhor. ‒ Me atrevi a brincar.

— Impossível! ‒ Seus olhos cintilaram, tão azuis quanto os meus. — Você é que parece estar nos seus melhores dias. Como foi sua viagem?

— A viagem foi... ‒ Procurei uma palavra que não soasse indecente, mas que não mentisse a respeito. — Foi revigorante.

— É visível, minha querida. ‒ Ele sorriu levemente, me fitando com atenção.

— Vai me contar o que houve? ‒ Me sentei na poltrona.

Além do tempo (parte I)Where stories live. Discover now