Capítulo 14: Is there any more whisky?

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Olá, querida leitora, sei que eu disse para algumas que teríamos emoções nesse capítulo, mas alguns trechos precisavam ser inseridos, logo aguardem o próximo!!

Boa leitura <3  

***




Montamos a barraca, enquanto compartilhamos um copo de whisky e degustamos pedaços de queijo. Jamie me contando dos locais onde já acampou e como isso o conectava com ele mesmo e com a natureza.

— Provavelmente o mais deslumbrante foi na Ilha de Skye, acampei de frente para o lago Dunvegan. Um céu de fogo no final do dia tornou a experiência espetacular.

— Não há esse glamour de belas vistas nos acampamentos de arqueólogos, Jamie. ‒ Minha mão tremeu quando ele me passou o copo.

— Você está tensa desde que pisamos aqui, Claire, o que houve?

— Não é nada, Jamie.

— Qual é, Sassenach, se tem algo te incomodando, preciso saber.

— Não é você e nem nada daqui, eu só... ‒ Hesitei. — Só fiquei um pouco perturbada com tudo que a senhora Graham disse pra mim e depois para você. Eu já me sinto tão diferente, desde que coloquei os pés na Escócia, aí vem ela cheia de mistérios, falando coisas sem sentido... me desconcertou.

— Estou intrigado também, aliás, quando busquei o carro e as outras coisas, só consegui ouvir a voz dela me falando de você ter me encontrado.

— Enquanto caminhamos até aqui, só ouvi a voz dela na minha cabeça, me falando sobre as coisas pertencerem a pessoas e também sobre o tempo que temos e sobre como vamos conduzir. O que ela quis dizer com jornadas de um amor infinito? ‒ Jamie se sentou ao meu lado. — Ou sobre os portais do tempo terem sido quebrados?

— Não sei, Sassenach. ‒ Ele me puxou para perto, como se quisesse me conter. E de fato eu estava nervosa e gesticulando além do normal.

— Ela falou de pedras que gritam, e quando chegamos aqui, ouvi de fato um grito e você apertou minha mão. Você também ouviu?

— Apertei sua mão porque você apertou a minha.

— Ah, achei que tivesse ouvido. Estou ficando maluca. ‒ Me aninhei na curva clavicular dele, sentindo o cheiro quente de sua pele macia.

— Não, não está. Eu disse que ela é uma bruxa, mas nunca pensei que ela fosse mexer com a nossa cabeça dessa forma. Claire, achei que ela fosse lhe recomendar um livro, e falar dele remetendo a sua vida, mas a forma como ela nos disse aquelas coisas... foi realmente algo inusitado.

— Ela falou com tanta lucidez que meu cérebro parece ter acreditado e agora está me pregando peças.

— Ela ainda está martelando na sua cabeça, não está? ‒ Ele me olhou sério.

Quis mentir sobre isso, mas seria impossível.

— Está sim.

— Na minha também, mas vamos mudar o foco, está bem? Vamos fazer a nossa fogueira e assar umas salsichas... ah, e eu trouxe três sacos diferentes de marshmallow, já que ainda não sei qual o seu favorito.

— Nós temos mais whisky? ‒ De repente, eu não só queria ficar bêbada, eu precisava.

— Sempre! ‒ Jamie abriu um sorriso e puxou a garrafa de dentro da bolsa. — Trouxe cerveja também, está uma noite quente e nós...

O beijei para calá-lo. Jamie era perfeito demais, o que tornava tudo contraditório, afinal ele era homem, jovem e ainda um ser humano. Ele colocou uma música baixa no celular, e graveto a graveto, nós fizemos a fogueira, onde nos divertimos assando as salsichas, que estavam deliciosas, degustadas com whisky.

Além do tempo (parte I)Where stories live. Discover now