Além do tempo (parte I)

Capítulo 07: Lallybroch (parte I)

Olá... TODOS NÓS AMAMOS LALLYBROCH, e nessa versão moderna não será diferente!

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Boa leitura.

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Fomos saudados por uma senhora baixa e loira, de cabelos curtos, que devia ter pouco mais de cinquenta anos, tia Crook, supus. Jamie a abraçou de forma calorosa, trocaram beijos pelo rosto e mantiveram uma breve conversa, até ela perceber minha presença e sermos apresentadas formalmente:

— Tia Fitz, essa é Claire Beauchamp.

— Claire, essa é Glenna FitzGibbons.

Nós nos cumprimentamos com certa curiosidade uma na outra.

— Você me disse que sua tia se chamava Croock.

— Ah, sim, ela está lá dentro. Essa é outra tia, é uma longa história, mas que acaba com ela se apaixonando e indo viver bem longe daqui.

Sorri em resposta a senhora que fazia caras e bocas para o sobrinho.

— Sempre digo que você deveria fazer o mesmo, rapaz, se apaixonar e ir viver sua vida.

— Quem sabe um dia, quem sabe! ‒ Jamie me fitou inclinando a cabeça em sinal de brincadeira, em seguida acenou para que eu o seguisse porta adentro.

A casa era enorme, com cômodos amplos e bem mobiliados. Havia abundância de luz natural e o ar circulava livremente, deixando o cheiro da natureza por ali adentrar. À medida que avançamos em direção ao que devia ser a cozinha, outro cheiro tomou conta, o de carne assando, e eu quase fechei os olhos tentando identificar as especiarias que queimavam junto da pele do que quer fosse a vítima dentro do forno. Encontramos a senhora agachada junto do fogão, conferindo a procedência do que estava cozinhando, ela tinha os cabelos pretos longos e fios muitos brancos se sobressaiam no topo próximo da testa.

— Tia! ‒ Jamie disse com a voz mais firme.

A senhora nos fitou com surpresa e depois partiu em direção ao sobrinho, o abraçando e o beijando como a tia anterior fez. Jamie parecia muito próximo das duas, a forma afetuosa como eles se tratavam era admirável.

— Tia, essa é Claire Beauchamp.

— Claire, essa é Crook, minha segunda mãe.

— É um prazer conhecer a senhora. ‒ Eu disse com afeto, tentando ocultar meu desconforto. Acabara de conhecer Jamie e de repente fui parar em sua casa de infância, e com bônus de conhecer duas tias que o tratavam como mães.

Iniciou-se uma conversa entre os três, um papo familiar, e aproveitei o momento para abstrair a estranheza da situação. Caminhei até a porta aberta que dava para os fundos da casa, observando se havia para onde fugir. Encontrei uma enorme horta muito bem cuidada e mais adiante uma mata fechada. Notei a trilha que levava para dentro do amontoado sinistro de árvores. Desci dois degraus e caminhei poucos passos até o cercado da horta, e no meio de algumas hortaliças havia uma leira repleta de morangos. Verifiquei se alguém me observava e apanhei um, bastante suculento.

— Claire. ‒ A voz de Jamie na porta anunciava que eu não estava mais sozinha.

Ele se aproximou, sorrindo.

— Você está bem?

— Sim, só fiquei curiosa, aquela trilha leva para onde?

— Leva para a minha cabana.