𝟠 - 𝔸 𝕖𝕝𝕖𝕥𝕣𝕚𝕔𝕚𝕕𝕒𝕕𝕖 𝕢𝕦𝕖 𝕗𝕒𝕚𝕤𝕔𝕒 𝕖𝕟𝕥𝕣𝕖 𝕟𝕠𝕤

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- HATHAWAY -

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O CÍRCULO

CAPÍTULO OITO

A eletricidade que faísca entre nós

"Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo. Quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação."

Clarisse Lispector

O treino com Ianthe foi destrutivo. Eu sabia que teria dificuldades no começo, mas nenhum dos meus pensamentos ou expectativas se comparava ao treino em si.

Minhas pernas e braços estavam todos cortados, tal como no dia anterior. Conseguir lidar com o controle do chicote é praticamente impossível, até agora eu não havia conseguido acertar nenhuma vez o enorme saco de areia que Ianthe colocou no meio da tenda.

Guardamos as armas e Ianthe se despediu de mim para voltar ao sexto céu, em algumas das palavras que trocavamos durante o treino, fiquei sabendo que os guardiões do sexto céu têm o próprio alojamento lá, na parte de dentro dos portões. Isso explica o motivo de eu quase nunca ver alguém com a pulseira roxa das divisões especiais por aqui.

É como se eles vivessem em uma realidade totalmente diferente da nossa.

Depois de me alimentar e curar meus cortes, me arrumei pra sair com Jimin. Nós treinamos juntos antes das missões de hoje, essa seria minha rotina durante os dias. Treinar com espadas antes das missões e treinar com os chicotes depois.

Ele não fez questão de me esperar em nenhum lugar, apenas me mandou uma mensagem pedindo pra que eu passasse em seu quarto quando estivesse pronta.

E foi o que eu fiz.

Jimin estava em frente a janela olhando para o lado de fora, seus músculos fortes marcavam o tecido da camisa preta que ele usava, e duas espadas grandes estavam embainhadas em formato de X em suas costas.

Caminhei com passadas fortes o sufuciente pra avisar que eu estava ali, mas pelo treinamento de combate de Jimin, acredito que ele me ouviu chegar assim que pisei no corredor.

— Podemos ir, Wilson? — Jimin virou um pouco, apenas para que pudesse olhar pra mim enquanto falava. Ele deu um sorriso torto, mas detectei uma pontada de tristeza e cansaço, então nem reclamei com ele por ter usado meu sobrenome.

— O que vamos fazer ao chegar lá? — Ele saiu da frente da janela e pegou dois pares de luvas de couro na primeira gaveta da cômoda. Jogou um pra mim e vestiu o outro.

— Vou te mostrar um lugar. — Jimin me entregou minha espada, que sempre ficava com ele quando voltavamos das missões. Apenas a prendi no corpo sem questionar.

O Círculo - Park JiminOnde as histórias ganham vida. Descobre agora