𝟙𝟙 - 𝔸 𝕠𝕤𝕥𝕣𝕒 𝕕𝕖𝕡𝕣𝕒𝕧𝕒𝕕𝕒

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- HATHAWAY -

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O CÍRCULO

CAPÍTULO ONZE

A ostra depravada

"O que a memória ama, fica eterno.
Te amo com a memória, imperecível"

Adélia Prado

Jimin fez questão de ir até a porta do meu quarto, mas eu entrei sozinha. As cortinas roxas da janela me saudaram se balançando pela brisa fria que entrava dentro do quarto, deitei na cama e estendi minha mão direita na minha frente, olhando a singela aliança que eu havia recuperado na minha casa. Tirei o anel com a pedrinha roxa do dedo pra admirar minha mão apenas com a aliança.

Uma lágrima rebelde escorreu pelo meu rosto e meu coração se apertou, Jungkook estava tão lindo, era tão familiar, tão ele, que senti falta da minha vida como humana como nunca antes. Mas quando o abracei naquela despedida, senti no abraço dele que eu era livre pra ser quem eu quisesse. Jungkook me diria pra ser forte, pra abraçar a oportunidade nova que a vida me deu e pra me lembrar dia após dia que ele me amava e sempre estaria no meu coração, assim como eu sempre estarei no dele.

Eu sei disso, tenho absoluta certeza. Então quando acompanhei com o olhar ele entrar no carro e ir embora eu me senti em paz, meu peito ainda dói com a saudade e arde ao me lembrar dele, mas era hora de agradecer por todo o tempo que eu tive com ele e lembrar desses momentos com felicidade no coração. JK está vivendo, ele se permitiu sentir o luto e agora seguiu com uma parte de mim sempre guardada com ele, então vou fazer o mesmo.

Levantei da cama e saí do quarto, bati na porta ao lado da minha e Elentiya a abriu com o cabelo bagunçado.

— Ava, aconteceu algo? — Eu sorri, um sorriso triste, mas restaurador.

— Preciso que você desça comigo, se não for incomodar. — Ela curvou a cabeça levemente pra esquerda enquanto pensava em minhas palavras.

­— Descer pra onde? — Devolvi o anelzinho roxo pro meu dedo enquanto encarava Elentiya convicta da minha decisão.

— Pra Terra, preciso comprar um colar e não quero ir sozinha. ­— Pouco a pouco o sorriso da guardiã foi se abrindo e ela correu pra dentro doo quarto, deixando a porta aberta para que eu pudesse entrar atrás.

­— Fechou! Deixa só eu me trocar.

Elentiya vestiu calça preta com camisa de botões e um sobretudo felpudo enorme, depois jogou uma echarpe em cima de mim enquanto calçava suas botas. Enrolei o pano no meu pescoço e entrelacei meu braço no de Elentiya quando saímos do quarto dela.

Eu não tenho dinheiro nenhum pra comprar o colar, mas lembro que os garotos foram pedir dinheiro pro Vincent quando desceram, então voltei no hotel que ele estava hospedado junto com Elentiya pra entender como esse lance do dinheiro funcionava.

O Círculo - Park JiminOnde as histórias ganham vida. Descobre agora