Capítulo 5- Paraty 33

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Meu primeiro dia em Paraty foi foda. Mergulhei, me afoguei, um bando de macho gostoso me salvou, enchi a cara, beijei um deles, provei um pirulito que me disseram ser alcoólico, mas tenho quase certeza que tinha drogas ali. Não são nem cinco da tarde e eu to mais louca que o batman. Foi um dia muito louco.

Logico que como a grande gostosa que eu tava no meu biquíni asa delta preto, fiz varias fotinhos pro insta, porque não sou blogueira, mas também não sou de ferro e sou infantil ao ponto de querer mostrar pra Felipe que eu estou na viagem que era pra ser nossa e que estou bem.

Lagoa Azul agora é um dos meus lugares favoritos no mundo, e o primeiro lugar que eu vou ir quando e se um dia voltar a Paraty. O lugar é surreal de lindo, Deus usou toda a animação que ele tinha lá, porque não tem condições aquele lugar, Maldivas who?

Eu não to tão louca quanto parece, até porque tudo o que eu bebi foi umas quatro latinhas de Skol, e um copão de whisky com energético e o pirulito alcoólico, que to me questionando se tava batizado ou não. A se minha mãe me vê aceitando doce de estranho, ela me estrangula ali mesmo e ainda falando a seguinte frase "Nunca aprende né Lorena, tem que ta envenenado pra você entender que não se pode aceitar nada de gente estranha", dona Malu é doida quando quer!

Saio do banho enrolada na toalha e balançando a outra entre as mechas loiras do meu cabelo. Encaro o top cropped ciganinha amarelo e a saia longa branca sobre a minha cama.

Lá vou eu me embebedar mais...

Eu e Ju, decidimos por unanimidade que durante esses três dias, todas as noites vamos ir conhecer um point diferente de Paraty, e o de hoje é o Paraty 33, não se onde ela ouviu que o lugar é ótimo, então é claro que vamos lá beber mais um pouquinho.

Nem vou me preocupar de me maquiar tanto, eu sei que no final da noite eu vou estar borrada independente de como ela termine. As hipóteses são: 1. Chorando pelo Felipe 2. Na cama de algum desconhecido, gostoso eu espero. 3. Bêbada demais pra saber meu nome.

Façam suas apostas, e vamos ver qual vai ser a hipótese que leva o troféu. O que me conforta é saber que independente dos três, eu não conheço ninguém além de Juliana, ou seja, vergonha só para desconhecidos, igual a xuxa é só para baixinhos.

Passo o batom nude nos lábios e me viro indo a minha roupa, me visto mais rápido que flash e calço uma rasteirinha de fitinhas coloridas. Pego minha bolsa com meus pertences, incluindo o celular que eu não mecho desde ontem, espero que não esteja cheio de mensagens pipocando, porque só tende a piorar.

Com o cabelo molhado mesmo, saio do quarto ouvindo o barulho de secador. A MEU DEUS, PUTA QUE PARIU, A JULIANA TROUXE UM SECADOR. Entro rapidamente no quarto dela e me sento na cama, com um sorriso amigável e balançando as minhas pernas, enquanto espero a minha melhor amiga terminar de secar seu cabelo, pra eu secar o meu.

Assim que ela termina e se vira pra mim, também da maquiada e pronta, ela revira os olhos.

- Pronto, pode usar.- Diz me entregando o secador.

Rapidinho meu cabelo ta pronto, seco e escovado.

Mais uma vez, pra evitar acidentes de carro em Paraty vamos de Uber, a gente não quer enfiar o Jeep da Juliana num poste assim do nada.

Em poucos minutos, estou passando meu cartão na maquininha do motorista e pagando pela corrida, enquanto os olhos da minha melhor amiga brilham olhando a fachada do lugar, que assim que saio do carro, posso ver lotada. Entro feliz da vida na casa de festas, e vou direto para o bar. Olho em volta, vendo alguns grupos de pessoas conversando amistosamente, outros aproveitando a musica ao vivo e outras focadas nos copos em suas mãos.

ParatyWhere stories live. Discover now