Capítulo 23

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CAMILA

As coisas estavam indo tão bem que parecia um sonho.

Daniel e eu estávamos... como especificar? Tendo um caso? Estávamos ficando? Isso parecia tão coisa adolescente para uma mãe e um CEO. Mas era isso, estávamos ficando há uma semana, e as coisas só melhoravam.

Trabalhávamos normalmente durante o dia e a noite ele aparecia na minha casa.

Ele se dava tão bem com a minha filha, era carinhoso, amoroso e paciente. Era lindo de ver como ele conseguia dar o amor a uma criança que nem mesmo o pai biológico se dignou a fazer.

Apesar de não termos estabelecido um relacionamento e nos encontrarmos escondidos, eu estava feliz.

Realmente feliz, e isso naquele momento me bastava.

Naquele dia, Daniel havia participado de uma reunião que tomara a manhã inteira. Depois do almoço quando retornou, trancou-se em sua sala, com persianas fechadas e tudo.

Às vezes ele entrava em seu modo recluso, quieto e pensativo demais. Mas não se mantinha por muito tempo assim, e eu respeitava seu espaço. Sabia que seus monstros ainda o assombravam.

Mas depois de algumas horas que ele havia chegado, meu telefone tocou.

— Pois não? — atendi vendo que era o ramal de Daniel.

— Pode vir na minha sala? — Sim, ele havia perguntado. E eu conseguia ver essas pequenas mudanças no comportamento dele.

Não era apenas comigo, por compartilharmos a cama algumas vezes, eu já podia vê-lo se esforçando cada vez mais em seus comportamentos e ações.

Assim que desliguei, arrumei algumas coisas sobre minha mesa, dando um pequeno espaço de tempo para preparar meu psicológico, já que não sabia muito bem como estaria seu humor, e fui para sua sala.

Ainda estava tudo fechado, então não conseguia ver nada do que acontecia lá dentro. Bati na porta três vezes e abri.

A luz estava acesa iluminando muito bem todo o ambiente, mas Daniel não estava em sua cadeira, então entrei para procurá-lo, talvez estivesse no banheiro que havia ali.

Quando entrei totalmente no local, meu braço foi girado, fazendo-me ficar contra a parede ao lado da porta.

Sobre meu corpo, imprensando-me contra a parede, Daniel pairava sobre mim, com sua respiração calma e decadente sobre a minha acelerada.

— Te assustei? — ele perguntou com uma voz baixa e rouca, muito próxima ao meu rosto.

— Um pouco.

— Não era a intenção. — Com uma das mãos que estava livre ele espalmou a porta, fechando-a.

Eu realmente havia levado um susto, mas pela reação espontânea do meu corpo com a surpresa do ato, já que Daniel não me transmita medo, muito pelo contrário, ele me transmitia paz e segurança quando estava ao meu lado.

— E qual era a intenção? — perguntei em um sussurro, entrando em seu jogo de provocação.

— Te ter assim, perto de mim o mais rápido possível.

Ele depositou um beijo no canto da minha boca, roçando alguns pelos de uma barba que começava a crescer. Ele sabia provocar.

Ohh, e como sabia.

— Pelo visto conseguiu o que queria. — Assim que terminei de falar, deixei minha boca meio aberta, para ele entender que eu receberia o beijo, que eu o queria.

Um CEO ConquistadoWhere stories live. Discover now