CAMILA
· SEMPRE DE CABELOS PRESOS
· NUNCA SE ATRASAR
· ROUPAS FORMAIS
· SER DISCRETA
Essas foram algumas das regras que recebi por e-mail. Detalhes que a secretária de uma empresa renomada já deveria saber, mas já que me foram passadas, acreditei que deveriam ser mais rigorosos a respeito delas.
Mas a proposta de salário, seguros e plano de saúde eram muito compensatórios.
Saí de casa um pouco mais cedo que o necessário, deixando Lara com Mel, ainda adormecida depois de ser alimentada.
Entrei na Abigail, coloquei o endereço no GPS do celular para ter a certeza de que não iria me perder e dirigi evitando o trânsito, que naquele horário, ainda estava calmo.
Quando cheguei, estacionei em uma vaga qualquer, torcendo para que não fossem marcadas, saltei do carro e parando na lateral do mesmo, analisei minha roupa. Um vestido formal preto, com um terninho por cima, sapatos scarpin pretos de salto fino, mas não muito altos, o que acrescentava uma elegância ao meu visual. Meus cabelos estavam presos em um rabo-de-cavalo alto – o que era permitido nas regras – e sem nenhum fio fora do lugar, até porque estava duro com o tanto de laquê que eu havia passado. Mas mesmo assim, passei as mãos sobre eles, ajeitando qualquer um que estivesse rebelde e invisível e pudesse estar fora do lugar, e comecei a caminhar em direção ao prédio.
Parei na recepção, apresentando-me ,comunicando o que estava fazendo ali, e assim fui encaminhada para o RH.
— Bom dia. Camila, certo? — Uma mulher morena, do outro lado de uma mesa, em roupas tão formais quanto as minhas, me cumprimentou assim que adentrei a sala.
— Isso, eu mesma. — Estendi a mão, cumprimentando-a.
— Monica, muito prazer. Sou a responsável do RH.
Ela me apontou uma cadeira em frente à sua mesa, indicando para que eu me sentasse, e assim o fiz.
— O prazer é todo meu.
— Você leu as propostas? Tem alguma objeção a fazer? — ela questionou batendo algumas folhas de papel sobre a mesa, para alinhá-las.
— Sim, me pareceu tudo de acordo, até melhor.
O que era verdade, o salário era acima do que eu esperava em um primeiro emprego como mãe solteira, havia vale-alimentação, planos de saúde para mim e dependente, entre outros.
— Perfeito. — Ela se virou de costas, colocando os papéis sobre outra mesinha e pegando outros. — Vamos precisar que passe pelo médico, e todas as burocracias. Ah, já estava me esquecendo. Seu meio de locomoção. Temos vale-transporte, caso venha de ônibus e vale-combustível, caso tenha um automóvel. Só precisamos saber para calcular os valores.
Caraca, as coisas estavam cada vez melhores. Era até difícil de acreditar.
— Eu tenho um carro. — Estava me segurando para não começar a fazer uma dancinha da vitória ali na frente da mulher.
— Perfeito. De principio, só assine esses papeis, por favor, e eu te levarei até sua sala.
Ela me estendeu uma caneta e virou os papéis em minha direção. Assim que os li, vendo que se tratavam dos mesmos documentos que ela havia me enviado no dia anterior, assinei-os, e me levantei, acompanhando-a.
— Hoje você estará com a Natália, ela vai te apresentar a empresa. Mas infelizmente não vamos ter uma pessoa especifica para te passar as atividades.
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Um CEO Conquistado
RomanceAs coisas nunca foram fáceis para mim, sendo mãe solteira, desempregada e com um ex da pior espécie. Por isso, quando consegui um emprego na Preferitto, uma das maiores fábricas de chocolate do país, jurei que tinha tirado a sorte grande. E foi lá q...