Capítulo 2.

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FESTAAA NA TORRE CARAAAAI

POV Bianca Andrade

- Rafaella Kalimann. O prazer é todo meu. - seu sorriso aumentou. - Seu rosto me é familiar. Nós já nos conhecemos?

Nossas mãos ainda estavam em contato uma com a outra. Não conseguia desviar meu olhar de seus olhos. Tão verdes.

Hipnotizantes.

A voz dela era carregada de um tom rouco, mas delicado.

Senti minha garganta secar e rapidamente tratei de engolir mais saliva em uma tentativa falha de trazer alívio para a sensação cortante.

O que está acontecendo, Bianca? Concentre-se e responda a pergunta da mulher.

- Creio que esta seja a primeira vez, mas talvez tenhamos nos esbarrado na rua ou algo assim. O Rio de Janeiro é uma loucura, não? - respondi, quebrando o contato entre nossas mãos.

A mulher na minha frente soltou um riso baixo, sorrindo, o que fez com que seus olhos se fechassem um pouco e, como se lembrasse de algo, disse:

- É bem provável que isso tenha acontecido.

Genilda observava a cena atentamente e percebendo o silêncio se formando no ambiente, resolveu se pronunciar.

- Então filha, estava mostrando para Bianca os seus últimos modelos. Ainda não chegamos a uma decisão. Quer nos ajudar?

- Você é estilista? - perguntei interessada, não deixando com que ela respondesse a pergunta da mãe.

- Sim, todos os modelos da loja são criações minhas. - foi a vez de Rafaella responder.

- Você tem um talento impressionante, Rafaella! Sua mãe me mostrou alguns e, sinceramente, um é mais lindo que o outro! Vai ser difícil escolher.

- É o vestido que escolhe você, Bianca. - minha mãe entrou na sala, acompanhada de Marcela. - Rafaella, querida! Como você está?

- Mônica! Eu estou ótima e a senhora? - as duas se abraçaram.

Foi impossível esconder meu semblante confuso.

De onde elas se conhecem?

A pergunta ecoava pela minha cabeça.

- Vocês se conhecem? - não consegui conter a curiosidade.

- Sim, querida. A Rafaella é umas das clientes mais especiais da cafeteria, passa lá todos os dias.

Então Rafaella era cliente da cafeteria da minha mãe.

Interessante.

- Já experimentou algum vestido? - Rafaella perguntou.

- Ainda não.

A loira olhou para o visor de seu celular e em seguida voltou a me olhar.

- Ainda tenho alguns minutos antes de ir. Acho que tenho algo que vai ficar perfeito em você. Irei buscar, com licença.

Dito isso, a mulher de olhos verdes saiu acompanhada de uma das funcionárias em direção à uma escadaria.

[...]

Não demorou muito para que Rafaella e a funcionária voltassem para a sala onde estavam eu, Genilda, mamãe e Marcela. Dessa vez, ela estava com o que julguei ser um vestido, coberto por uma capa preta.

- Olha... - ela fez uma pausa, enquanto abria o zíper da capa que cobria o vestido. - Ainda não está pronto, faltam algumas pedrarias na parte de cima, mais alguns detalhes com a renda e mais umas outras coisinhas. Acho que foi uma das peças mais trabalhosas que eu já fiz. E uma das mais bonitas também. Vai ficar perfeito em você. - ela fez contato visual comigo e percebi que rapidamente passou os olhos pelo meu corpo.

A CHUVATahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon