Capítulo 38.

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POV Rafaella Kalimann

Domingo, 12 de julho de 2021, Malibu - Califórnia, 02:15 P.M.

Paz.

Essa era a melhor palavra para descrever o que eu sentia quando estava ao lado de Bianca.

Depois de termos brincado na areia da praia durante a noite, nós retornamos para a festa de casamento no salão enorme e movimentado, onde nos reencontramos com nosso grupo de amigas e ficamos juntas por toda a madrugada, gritando, pulando e nos divertindo como não fazíamos há meses.

Agora, horas mais tarde, Bianca e eu estávamos deitadas na cama do quarto que havia sido reservado para nós pela mãe de Marcela.

Meu corpo estava completamente colado ao colchão macio enquanto Bianca estava deitada sobre meu peito.

Minhas mãos estavam entrelaçando os fios castanhos do cabelo da carioca enquanto as mãos dela percorriam a extensão do meu busto até o cós do shorts que eu usava, ora ou outra parando sobre meu peito e contornando-o, para logo em seguida apertá-lo.

Estávamos conversando sobre a festa e o quão divertido havia sido esse final de semana.

Eu tentava arduamente me concentrar nas palavras que saíam de seus lábios, mas o cheiro adocicado do seu perfume misturado com o cheiro de chiclete do seu cabelo me roubavam completamente a atenção.

Parei de fazer carinho no cabelo da mulher deitada em meu peito e recebi um gemido de reprovação em troca.

— Eu quero carinho, Rafaella. — ela falou com a voz manhosa enquanto tocava minha mão.

— Você é muito dengosa, sabia? — perguntei rindo da situação, voltando a mexer meus dedos entre os fios de seu cabelo.

Uhum. — ela ronronou, esfregando a cabeça em meu peito até encontrar uma posição confortável novamente.

— O que você quer fazer hoje?

— Eu não sei. — ela respondeu. — O que acha de assistirmos a algum filme?

— Você sabe que vamos acabar não vendo o filme. — brinquei.

— Isso é verdade. — ela riu. — Eu só quero ficar assim... — sua perna direita passou por cima das minhas que estavam esticadas. — Pertinho.

Apertei Bianca contra meu corpo o mais forte que consegui, sentindo-a me apertar de volta.

— Eu também quero, gatinha. — falei.

Ficamos mais alguns segundos em silêncio, até ouvirmos o barulho da porta da sacada abrindo com a força do vento, o que fez com que Bianca literalmente pulasse sobre meu corpo, assustada.

— Porra! — ela falou já sentada na cama, levando a mão ao peito. — Que susto!

Comecei a rir e me aproximei dela.

— Está tudo bem, ok? Foi só o vento. — toquei seu rosto.

— Sente isso. — ela falou pegando em minha mão e colocando-a sobre seu peito esquerdo.

Assim que minha mão tocou em seu peito pude sentir o pulsar descompassado de seu coração.

Meu olhar encontrou o seu e nós duas sorrimos.

Ela era tão linda.

Ainda com a mão sobre seu peito, envolvi seu seio com a minha palma e o apertei levemente, o que fez com que Bianca desse um tapinha em minha coxa.

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